Tu, o homem livre,
pregado numa madeira,
pregado numa madeira,
sem escape.
“Libertou os outros”: os leprosos da exclusão,
os endemoninhados das correntes,
a adúltera das pedras,
Maria do pecado,
Lázaro da morte…
“Liberte a si mesmo,
Desça agora da cruz!”
A última tentação:
“é o milagre maior
por isso o Pai te enviou,
é a salvação dos homens.
Todos a teus pés,
Filho de Deus,
para te adorar.
para te adorar.
Desce!”
Embaixo, João levanta o olhar,
espera?
Tua mãe os olhos no chão,
“Seja feita”.
Aqueles pregos
não mais de ferro, mas de amor.
Você fica.
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