05 março 2020

A tentação

“O Espírito impeliu Jesus para o deserto e ele esteve no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás” (Mc 1,12).
      Jesus acaba de receber o batismo, início da sua missão, e antes de começar a percorrer as estradas da Palestina, o Espírito lhe faz experimentar um ensaio daquilo que será sua história. No deserto, sozinho, embate com Satanás, sozinho. São e serão os protagonistas do drama; os outros girarão ao redor deles, alinhando-se ou com um ou com outro: Deus ou Satanás, o Bem ou o Mal.
      Duas lógicas inconciliáveis, que significam duas maneiras de pensar o mundo, a história e o homem, que não pairam no alto, entre as nuvens, mas que penetram nas entranhas da matéria, nas fibras dos corpos, nas dobras do espírito, nas relações entre homem e mulher, na sociedade e entre as sociedades.
      Jesus embaterá com a lógica de Satanás sob mil rostos: os fariseus, os escribas, os saduceus, isto é, o poder religioso, dono do povo; Herodes e Pilatos, os zelotes, isto é, o poder político que, usa a violência e a esperteza; o povo, que quer transformá-lo num libertador dos invasores. Mas também entre os “seus” “O Espírito impeliu Jesus para o deserto e ele esteve no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás” (Mc 1,12).
      Jesus acaba de receber o batismo, início da sua missão, e antes de começar a percorrer as estradas da Palestina, o Espírito lhe faz experimentar um ensaio daquilo que será sua história. No deserto, sozinho, embate com Satanás, sozinho. São e serão os protagonistas do drama; os outros girarão ao redor deles, alinhando-se ou com um ou com outro: Deus ou Satanás, o Bem ou o Mal.
      Duas lógicas inconciliáveis, que significam duas maneiras de pensar o mundo, a história e o homem, que não pairam no alto, entre as nuvens, mas que penetram nas entranhas da matéria, nas fibras dos corpos, nas dobras do espírito, nas relações entre homem e mulher, na sociedade e entre as sociedades.
      Jesus embaterá com a lógica de Satanás sob mil rostos: os fariseus, os escribas, os saduceus, isto é, o poder religioso, dono do povo; Herodes e Pilatos, os zelotes, isto é, o poder político que, usa a violência e a esperteza; o povo, que quer transformá-lo num libertador dos invasores. Mas também entre os “seus”

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