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14 janeiro 2017

A despeito de mim

Como se eu procurasse não aproveitar a vida imediatamente, 
mas só a mais profunda, o que me dá dois modos de ser: 
em vida, observo muito, sou "ativa" nas observações, tenho o 
senso do ridículo, do bom humor, da ironia, e tomo um partido. 
Escrevendo, tenho observações "passivas", tão interiores 
que "se escrevem" ao mesmo tempo em que são sentidas quase 
sem o que se chama de processo. É por isso que no escrever 
eu não escolho, não posso me multiplicar em mil, 
me sinto fatal a despeito de mim

29 outubro 2016

Sábado

E sou rancorosa. Um dia um casal me convidou para almoçar no domingo. E no sábado de tarde, assim, à última hora, me avisaram que o almoço não podia ser porque tinham
que almoçar com um homem estrangeiro muito importante. Por que não me convidaram também? por que me deixaram sozinha no domingo? Então me vinguei.
Não sou boazinha. Não os procurei mais. E não aceitarei mais convite deles. Pão pão, queijo queijo.


23 julho 2016

Perto do coração selvagem

Viver em sociedade é um desafio porque às vezes ficamos presos a determinadas normas que nos obrigam a seguir regras limitadoras do nosso ser ou do nosso não-ser... 
Quero dizer com isso que nós temos, no mínimo, duas personalidades: a objetiva, que todos ao nosso redor conhece; e a subjetiva... Em alguns momentos, esta se mostra tão misteriosa que se perguntarmos - Quem somos? Não saberemos dizer ao certo!!!
Agora de uma coisa eu tenho certeza: sempre devemos ser autênticos, as pessoas precisam nos aceitar pelo que somos e não pelo que parecemos ser... Aqui reside o eterno conflito da aparência x essência. E você... O que pensa disso? 


Que desafio, hein?
"... Nunca sofra por não ser uma coisa ou por sê-la..."