31 janeiro 2018

A oração em comunidade

De um escrito

9 de novembro de 1949

E, se as pessoas se encontram e se unem em unidade verdadeira, ali está Deus. Caso contrário, não está. É inútil chamá-lo e esperá-lo. Assim, vejo claramente como deva ser a oração em comunidade (por exemplo, o terço a duas pessoas). Uma pessoa reza a Deus na outra e a outra na primeira, já que as duas pessoas são uma alma única e a Trindade é nela depositada, distinguindo-se em Pai e Filho. Então, o recolhimento é perfeito; e a oração, um abraço completo do Céu e da Terra, pois naquele irmão amo o Irmão e, portanto, todos os irmãos. E neles, como vimos, está toda a Criação.

30 janeiro 2018

De um escrito

22 de setembro de 1951

Não se pode expressar o amor porque é unidade . Desdobrar um leque significa abri-lo: eliminar as dobras. Não se pode desdobrar o amor porque é unidade. A Trindade é Deus “desdobrado” em Três. Mas cada um é unidade: Deus completo. Só Jesus podia “desdobrar” o amor, porque em cada Palavra Sua estava a unidade; é todo Deus: amor e verdade. Cada Palavra de Vida é Jesus.

29 janeiro 2018

Seremos palavras de Deus

De um escrito

20 de julho de 1949

Nós, no céu, seremos apenas Palavra de Deus e, na unidade entre nossas almas, haverá a harmonia do cântico novo que é o Evangelho formado pelo Corpo Místico de Cristo. Cada um de nós será uma Palavra, mas, como cada Palavra é o Verbo todo, cada um de nós será a Palavra, será uma harmonia = uma unidade . O cântico novo é a harmonia das harmonias! O cântico da Trindade.

28 janeiro 2018

Unidade

Loppiano, 22 de junho de 1981

Chiara, o que é para você escrever os temas sobre a unidade?

Quando dissemos que trataríamos sobre o tema da unidade no ano seguinte [...] parecia que os nossos professores – que me mandam material para ver um pouco como inserir na Igreja, no ensino do magistério da Igreja, no Novo e no Antigo Testamento o ponto da espiritualidade que Deus nos deu, – [encontrassem] pouco material sobre isso, que havia pouco ou nada [...]. E estávamos um tanto perplexos por isso. No entanto, eu dizia: esse é o nosso Ideal, é o carisma que Deus deu. [...] O fato é que, nesse ínterim, surgiram tantas e tantas coisas, não somente naquelas que se buscam, mas sobretudo pela vida do Ideal, pela vida do Movimento, que não bastará somente um ano, mas serão necessários pelo menos três anos, senão mais, para poder aprofundar esse tema. Ora, começando a aprofundar esse tema [...], vi que o carisma que Deus deu ao Movimento é um pouco particular, tenho a impressão de ter que dizer isso sinceramente. A unidade não é uma virtude como pode ser a pobreza [...], como pode ser a obediência [...], como pode ser a castidade, a humildade, etc.; a unidade é até mesmo o desígnio de Deus sobre a humanidade, desde quando a humanidade nasceu até o fim, quando Jesus voltar; é o desígnio de Deus sobre a humanidade. Portanto, é toda a vontade de Deus [...], e toda a vontade de Deus se concentra ali, na unidade.

27 janeiro 2018

A unidade é a Síntese da Revelação

De um discurso na Jornada Ecumênica com o título “Viver ‘juntos’ o Evangelho”

Zurique, 10 de setembro de 1994

A partir daquele momento [após a leitura da oração pela unidade], por meio deste novo carisma que mais tarde foi definido “carisma da unidade”, entendemos o Evangelho, todo o Evangelho, por um ângulo bem preciso, justamente o da unidade. De fato, a oração da unidade resume os desejos divinos de Cristo e, por isso, pode ser definida também como a “síntese do Evangelho”. O Evangelho e o Novo Testamento em geral foram vistos em função da unidade: Jesus viveu, falou, morreu e ressuscitou para que todos os cristãos fossem um Nele e por Ele no Pai; e unidos entre si.

26 janeiro 2018

A oração de Jesus pela unidade é universal

Das respostas preparadas para as perguntas de pessoas da Turquia que conheceram, de diversos modos, a espiritualidade da unidade

Rocca de Papa, 23 de maio de 1984 (comunicadas em Istambul, em 15 de junho de 1984)

Às vezes, pensa-se que, quando Jesus disse “Que todos sejam um”, tenha entendido a unidade do mundo. Não é assim. Não poderia ser assim inclusive porque, enquanto certas pessoas, até muitas, consumam-se em um, há quem morre e há quem nasce. O “ut omnes” de Jesus refere-se aos seus. Ele quer, pede, que todos os seus sejam um. Entretanto, o elemento universal está implícito também nessa oração, porque está na mente de Jesus. De fato, Ele disse: “Ide e pregai o Evangelho a todas as gentes...”. Portanto, quer que todas as gentes sejam suas e, então, quer a unidade de todas as gentes.

25 janeiro 2018

Caminhar na vontade de Deus produz a unidade

De um comentário à Palavra de Vida, Jo 15,5: “Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele produz muito fruto; porque, sem mim, nada podeis fazer”. 26 ou 27 de outubro de 1947 Olha o sol com os seus raios. O sol é símbolo da vontade divina, que é o próprio Deus. Os raios são essa divina vontade sobre cada um. Caminha para o sol na luz do teu raio, diverso, distinto de todos os outros, e realiza o desígnio maravilhoso, particular que Deus tem sobre ti. Infinito número de raios, todos provenientes do mesmo sol... única vontade, específica sobre cada um. Os raios, quanto mais se aproximam do sol, mais se aproximam entre si. Também nós, quanto mais nos aproximamos de Deus, pela observância sempre mais perfeita da vontade divina, mais nos aproximamos entre nós... Até sermos todos um.

24 janeiro 2018

Somente Deus com Deus faz unidade

Do artigo Solidão e unidade, para Città Nuova

Junho de 1975

A nossa solidão com Deus e a nossa vida de unidade com os irmãos são ambas essenciais, justamente para estarmos certos de uma verdadeira solidão com Deus e de uma verdadeira vida de unidade com os irmãos. A solidão, que é dobrar-se sobre si mesmo, embora com as mais santas intenções, não é solidão com Deus. Deus é Pai e ama a você como a todos os outros, e quer ver a Sua família sempre unida. Solidão com Deus significa deixar que Deus viva em você, de modo que também quando está sozinho com Ele, todos os outros estão presentes no amor que você traz em seu coração. Por outro lado, a vida de unidade entre os cristãos não é verdadeira se não for feita de muitos Jesus, de muitas pessoas que não são mais elas a viverem, mas Cristo nelas, Deus nelas. Não existe unidade de outras maneiras. Só Deus com Deus faz unidade.

23 janeiro 2018

Só dois Santos podem formar uma unidade perfeita

De uma carta à irmã Josefina e à irmã Fidente 3 de outubro (1946?)

Escrevo a essa unidade de duas almas já fundidas em um único desejo ardente. Quanta alegria! Em sua imensa bondade, Jesus faz que eu encontre não apenas um coração, mas dois corações, pois Ele sabe que uma unidade perfeita de dois corações só pode ser formada de santos e que somente dois santos podem formar uma unidade perfeita. Eis o meu conselho dividido em dois pontos: 1. Para chegar aonde vocês querem, devem mirar a uma coisa só, (cuja segunda é secundária e consequência): unirem-se a Jesus. 2. Unam seus dois corações com tal amor sobrenatural que supere toda divergência, toda dificuldade, todo empecilho, que poderiam nascer entre vocês. E ampliem isso a todas as suas irmãs.

22 janeiro 2018

Sem limites

Não limite o poder de sua vida!

Não pense que conseguirá tudo o que deseja, numa só existência.

Mas confie, porque a vida é eterna, infindável.

Não pense também que, depois desta, irá iniciar uma vida diferente: nada disso!

Esta mesma vida é que continuará sempre.

Portanto, procure aumentar seus conhecimentos e aperfeiçoar-se, verificando como é rápido o momento atual, comparado com a eternidade!

21 janeiro 2018

Um coração repleto de amor humano-divino

Chiara comenta o versículo 13 de Jo 17:

“Agora, porém, vou para junto de ti e digo isso no mundo, a fim de que tenham em si minha plena alegria”. 13 de julho de 1970 [...] Que insistência amorosa, que plenitude, que riqueza de afeto pessoal, verdadeiro, vivo em Teu coração, Jesus, pelos que são Teus! Oh! Aquele coração, aquele coração! Jamais teremos falado o bastante do Teu coração que, assim como era dois mil anos atrás, assim é ainda hoje no Céu. Aquele coração te faz cometer loucuras. Não sabes mais que motivos alegar para atrair o olhar benévolo do Pai sobre os Teus. [...] Onde, além de tudo, parece perceberes que outros te ouvem e que, ouvindo-te, permanecerão confortados por essa oração onipotente e sentirão novamente, desde já, o coração pleno, como se tivessem participado de Tua comunhão com o Pai, onde existe a alegria em plenitude.

20 janeiro 2018

Ajuda divina mútua

Do Diário

Chiara comenta o primeiro versículo de Jo 17: “Assim falou Jesus, e, erguendo os olhos ao céu, disse: ‘Pai, chegou a hora: glorifica teu Filho, para que teu Filho te glorifique’”. 29 de junho de 1970 [...] É magnífica essa ajuda divina mútua entre Filho e Pai para levar adiante a causa Deles, que é a da verdade, do amor, da liberdade, de tudo. Enquanto Jesus reza com boca humana, apercebemo-nos que Ele é Deus, outra pessoa da Trindade: está para se cumprir a apoteose, o desígnio da salvação. Está para eclodir a unidade entre céu e terra, e para iniciar a reconciliação do gênero humano com Deus. Grande hora! Solene, solene. Essa prece só podia ser feita em voz alta: aquilo que é solene é aberto, glorioso, poderoso! E que seja verdadeiro que a glorificação que o Filho dá ao Pai acontecerá assim, está expresso nas seguintes palavras: “Conforme o poder que lhe deste acima de toda carne [todo homem], a fim de que Ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe deste”. Portanto, à medida que Cristo é anunciado no mundo, e com Ele o Pai, cresce a glória. E “agora a vida eterna consiste nisto: que conheçam a ti, o único verdadeiro Deus, e Aquele que enviaste, Jesus Cristo”.

19 janeiro 2018

A Obra é um corpo

18 de agosto de 1970

Nestes tempos, inclusive independentemente de nós, a própria humanidade é considerada como uma unidade, como um corpo. [...] O que um irmão distante faz [devemos] sentir feito por [nós] mesmos. Quando os meus olhos olham, sou eu que olho; quando a minha mão pega um objeto, sou eu que o pego; quando a minha mente medita um pensamento, sou eu que o medito. Mas isso vale porque as partes do meu corpo formam uma unidade para a alma que o mantém vivo. [...] A Obra é um corpo, um Cristo que tem todas as principais prerrogativas exigidas pelo Evangelho.

18 janeiro 2018

O alto da montanha

Sem esforço de nossa parte, jamais atingiremos o alto da montanha.

Não desanime no meio da estrada: siga à frente, porque os horizontes se tornarão amplos e maravilhosos à medida que for subindo.

Mas não se iluda, pois só atingirá o cimo da montanha se estiver decidido a enfrentar o esforço da caminhada.

17 janeiro 2018

Estudo

Grottaferrata, 12 de junho de 1960 

Para nós, o estudo não vale nada se não for fruto do nosso amor [...]. Pois bem, por que queremos estudar? Por que não queremos nunca deixar de estudar? Porque amamos a Deus, e quando uma pessoa ama alguém e se apaixona, quer saber desse alguém tudo o que pode saber. Queremos saber tudo o que podemos saber sobre Deus para nos enamorarmos cada vez mais de Deus, então os livros não serão um obstáculo para a nossa alma, algo que apague o espírito de oração, mas os livros serão como palha no fogo que o fará cada vez maior. 

16 janeiro 2018

Harmonia e ambiente


    De um discurso preparado para um grupo numeroso de pessoas reunidas em um congresso, uma Mariápolis

    1964

    Também aqui, como em todo o resto da nossa vida, o que nos deve guiar é o amor. Inclusive no que concerne ao ambiente que nos deve recolher, devemos ser guiados pelo amor, o qual leva a ‘fazer-se um’ com os outros. Então, nossa casa não será uma casa pobre ou uma casa rica: podemos morar num palácio, como num mocambo; num arranha-céu, como numa casinha de campo, onde quer que

    seja, contanto que o ambiente que nos acolhe seja caridade para os nossos irmãos. Se assim for, os ricos, vindo, não se sentirão humilhados e os pobres não ficarão no limiar da porta. [...]

    Em qualquer ambiente em que moremos, devemos nos lembrar de que aquela casa acolhe uma família de verdadeiros irmãos, que, por estarem unidos em seu nome, têm Jesus entre eles: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles” (Mt. 18,20). Essa é a palavra evangélica que Deus nos sugeriu para iluminar esse aspecto da nossa vida. Se a nossa é casa de verdadeiros irmãos unidos em nome de Jesus, se é um ambiente que hospeda uma família, e cada irmão é um outro Cristo, poderíamos dizer que a casa que nos hospeda é a Casa. Hospedando irmãos verdadeiros no sentido sobrenatural, irmãos que se tornaram tais após a revolução cristã em ação, ela acolhe uma célula do Corpo Místico de Cristo. A realidade de irmãos unidos no nome de Jesus é algo tão harmonioso, que não pode deixar de ter o seu reflexo na casa que os circunda: esse reflexo harmônico unitário é a característica das nossas casas. [...]

    Naturalmente, se a característica de nossas casas deve ser o reflexo harmônico da vida de unidade que os moradores vivenciam ali, não importará tanto que tenhamos poucos ou muitos objetos para colocar nelas, mas que eles estejam dispostos de tal maneira que vão ao encontro do gosto de todos e concorram, dessa forma, para fazer de nossas casas um reflexo da obra de Deus.

    E como a caridade deve guiar-nos sempre, a casa deve ser acolhedora; e, dado que devemos ‘fazer-nos um’ com o tempo em que vivemos, ela deve ser moderna.

15 janeiro 2018

Viver a vida

O cristão é chamado a viver a vida, a nadar na luz, a abismar-se nas cruzes, mas não a enlanguescer. Nossa vida, ao contrário, às vezes é apagada; a inteligência, obscurecida; à vontade, indecisa. É que, educados neste mundo, fomos acostumados a viver uma vida individualista, que está em contradição com a vida cristã.
Cristo é amor e o cristão não pode deixar de sê-lo. E o amor gera a comunhão, a comunhão como base da vida cristã e como vértice.
Nesta comunhão, o homem não vai mais sozinho até Deus, mas caminha para Ele em companhia. Isto é um fato de incomparável beleza, que faz ressoar dentro da alma o versículo da Escritura: <Como é bom, como é agradável habitar todos juntos, como irmãos! (Sl 133[132],1).
A comunhão fraterna é uma conquista perene, com o resultado contínuo não só de manter esta comunhão, como de propagá-la entre muitos, porque a comunhão é amor, é caridade, e a caridade é difusível por natureza.
Quantas vezes, entre irmãos que decidiram caminhar unidos para Deus, a unidade enlanguesce, uma poeira se interpõe entre alma e alma, e cai o encanto, porque a luz que surgira entre todos lentamente se apaga!
Esta poeira é um pensamento ou um apego do coração a si mesmo ou aos outros; é amar a si mesmo por si mesmo e não por Deus; ou ao irmão ou aos irmãos por si mesmo e não por Deus; outras vezes, é o retrair a alma que se lançara pelos outros; é concentrar-se no próprio eu, na própria vontade, e não em Deus, no irmão por Deus, na vontade de Deus.
É amiúde um juízo incorreto sobre quem vive conosco.
Havíamos dito que queríamos ver somente Jesus no irmão, que trataríamos com Jesus no irmão, que amaríamos a Jesus no irmão, mas agora vem à mente a lembrança de que aquele irmão tem este ou aquele defeito, tem esta ou aquela imperfeição.
O nosso olhar se complica e o nosso ser não está mais iluminado. Conseqüentemente, rompemos a unidade, errando.
Talvez aquele irmão, como todos nós, tenha cometido erros; mas como Deus o vê? Qual é, na realidade, a sua condição, a verdade do seu estado? Se está em ordem diante de Deus, Deus não se lembra de mais nada, já cancelou tudo com o seu sangue. E nós, por que lembramos?
Quem está errado naquele momento? Eu, que julgo, ou o irmão? Eu.
Devo, pois, dispor-me a ver as coisas na perspectiva de Deus, na verdade, e tratar de igual modo com o irmão, pois, se por infelicidade, ele ainda não se tivesse reconciliado com o Senhor, o calor de meu amor, que é Cristo em mim, poderia induzi-lo ao arrependimento, assim como o sol absorve e cicatriza tantas chagas.
A caridade mantém-se com a verdade e a verdade é misericórdia pura com a qual devemos estar revestidos dos pés à cabeça, para podermos nos dizer cristãos.
O meu irmão retorna?
Devo vê-lo novo, como se nada houvesse acontecido e reiniciar a vida junto com ele, na unidade de Cristo, como da primeira vez, porque nada mais existe. Esta confiança o salvaguardará de outras quedas. E eu também, se com ele tiver usado tal medida, poderei ter esperança de ser, um dia, por Deus assim julgado.

14 janeiro 2018

Vida trinitária


      No Movimento, desde os primórdios tínhamos entendido que a fidelidade ao amor mútuo, vivido segundo o modelo de Jesus crucificado e abandonado (eis aí o “como”!), desembocaria na unidade segundo a vida da Santíssima Trindade.

      “Sabe até que ponto nos devemos amar?” — perguntamo-nos um dia, sem que, até então, tivéssemos conhecido o Testamento de Jesus — “Até nos consumarmos em um.” Como Deus, que, sendo Amor, é Trino e Uno.

      É exatamente “a lei do Céu” — escrevi eu então — “que Jesus trouxe à terra. É a vida da Santíssima Trindade que nós devemos procurar imitar, amando-nos entre nós, com a graça de Deus, como as pessoas da Santíssima Trindade se amam entre si”.

      E o dinamismo da vida intratrinitária é o mútuo e incondicional dom de si, é a total e eterna comunhão (“Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu” [Jo 17,10]) entre Pai e Filho no Espírito.

      Portanto, percebemos que Deus imprimira no relacionamento entre os homens uma realidade análoga. “Senti” — escrevíamos ainda — “que fui criada como um dom para quem me estava próximo e quem me estava próximo foi criado por Deus como um dom para mim. Como o Pai na Trindade está todo para o Filho e o Filho está todo para o Pai.” E “a relação entre nós é o Espírito Santo, a mesma relação que existe entre as Pessoas da Trindade”.

13 janeiro 2018

Espaço, não revanche

Maria Voce: “Espaço, não revanche”

12 Janeiro 2018
Entrevistada pelo famoso semanal católico italiano “Famiglia Cristiana”, Maria Voce, presidente dos Focolares, responde sobre os temas do papel da mulher e dos desafios atuais da Igreja.
“As mulheres, o futuro da Igreja?” é o título do artigo-entrevista de Alberto Chiara, em página dupla, ilustrado por amplas fotos, na edição especial de fim de ano da revista publicada pela San Paolo. Mas no decorrer da entrevista o tema se alarga, passando do papel da mulher na Igreja aos desafios abertos pelo pontificado de Francisco para ir ao encontro dos pobres e dos marginalizados, até o empenho de diálogo com as novas gerações, ao qual em outubro será dedicado um Sínodo dos bispos, precedido por uma série de eventos pré-sinodais de grande relevo.
As mulheres salvarão a Igreja? «Ela já foi salva por Jesus Cristo» responde sinteticamente Maria Voce. «Vale aquilo que fazem, juntos, os homens e as mulheres das várias comunidades». O jornalista pressiona, recordando as recentes nomeações do Papa Francisco, em dois Dicastérios chave – aquele para os leigos e aquele para a família e a vida – de duas mulheres, ambas casadas e com filhos, Linda Ghisoni e Gabriella Gambino (docente universitária e Juíza instrutora do Tribunal para as causas de nulidade de matrimônio no Lácio, a primeira; professora de Bioética e Filosofia do Direito na Universidade romana de Tor Vergata e de Ciências do Matrimônio e da Família no Pontifício Instituto Teológico João Paulo II, a segunda). «Tenho a impressão de que no Papa Francisco haja a intenção de afirmar uma relação autêntica, verdadeira, de complementariedade entre a mulher e o homem» rebate Maria Voce. «Naturalmente esta relação sempre existiu. No início “Deus criou o homem, homem e mulher”. Criou dois seres diferenciados os quais, juntos, constituem a humanidade».
Depois de tanto machismo, é tempo de revanche para as mulheres? «O Papa Francisco quer que a mulher tenha, como o homem, a possibilidade de se manifestar dentro da Igreja, assumindo inclusive papéis de responsabilidade crescente, mas sem esmagar o homem, quando muito evidenciando os próprios dotes, aquela particular capacidade geradora e de maternidade. Portanto, nenhuma revanche, mesmo se as mulheres até aqui não tiveram espaço adequado. Na Igreja como na sociedade».
Sobre o estado de saúde da Igreja nesta época, Maria Voce comenta: «Estou muito feliz por viver nesta época, com esta Igreja». «Não poderíamos ter momento melhor». E acrescenta: o traço característico que mais me convence é «a serenidade de fundo que marca a relação entre o Pontífice e o povo de Deus. Francisco é um Papa sempre generoso em acolher, pronto a abrir, atento a compreender as dificuldades da humanidade». Não esconde as dificuldades do momento, inclusive internas da Igreja, mas «cada tempo tem as suas dificuldades. Os nossos dias não fogem à regra. Muitas vezes penso no quanto deve sofrer o papa Bergoglio por não se sentir compreendido, bombardeado com julgamentos severos por palavras reportadas fora de contexto…». Devendo escolher primeiro uma, depois duas palavras que definam o atual pontífice, a presidente dos Focolares indica “caridade” e “verdade”, mas especifica: «Uma não exclui a outra. Bergoglio sabe que algumas coisas que ele diz ou que ele faz podem causar incômodo, podem não ser entendidas completamente por todos. Mas continua, movido por amor, para melhorar, corrigindo certas situações». Sobre os setores de predileção do atual Pontífice, Emmaus observa: «A atenção insistente do Papa para com os pobres, os doentes, os marginalizados, a sua capacidade de se inclinar sobre quem erra, não lhe faz esquecer outras categorias».
Diante de uma Igreja cada vez mais aberta ao diálogo em paridade com todos, Maria Voce exprime um sonho: «Que o Papa promova um dia de oração em comum e convide os chefes das outras Igrejas, ortodoxos, anglicanos, luteranos, metodistas, batistas… para rezarem juntos uma vez por ano, durante a Semana de oração pela unidade dos cristãos ou em outro momento. Creio que se os fiéis vissem os seus chefes rezarem juntos habitualmente, descobririam possível a unidade na diversidade». A conclusão da entrevista é dedicada, com uma frase de efeito, aos jovens, aos quais a Igreja pretende se dedicar este ano com atenção especial: «Nós, adultos, deveríamos ouvi-los».

12 janeiro 2018

A moeda em circulação hoje

Das respostas aos religiosos e sacerdotes de Loppiano

Você ressalta muito o amor mútuo e nos convida insistentemente a vivê-lo. Por quê?

 Porque prezo muito isso. Penso que o Mandamento Novo é o coração da espiritualidade do Movimento dos Focolares, porque tenho a impressão de que tudo converge para o Mandamento Novo. Inclusive o restante da espiritualidade, tudo existe para poder realizar bem o Mandamento Novo. Passemos brevemente em revista os pontos da espiritualidade: os senhores verão que é assim.
 Deus Amor, porque é amor, é Trindade, é amor mútuo: Deus é o modelo do amor mútuo.
 Depois, o segundo ponto é a vontade de Deus. Nós descobrimos – mas porque o Espírito Santo fez com que descobríssemos – que existe alguma coisa que é particularmente querida a Deus, a Jesus e, portanto, lhe importa, é justamente o Mandamento Novo, seu e novo.

 Depois, o amor pelo próximo: é o caminho para chegar ao amor mútuo.
 Outro ponto é o amor mútuo: é o amor mútuo.
 A unidade é o efeito do amor mútuo.
 Jesus no meio é o fruto do amor mútuo.
 Jesus Abandonado é o meio para ter o amor mútuo.
 Jesus Eucaristia é o vínculo da unidade.
 A Igreja é o ambiente do amor mútuo.

 A Palavra de Deus é essencial para um amor mútuo divino, destilado, como Deus o concebe, porque sem a humildade, sem a paciência… não existe amor verdadeiro.
 Depois, temos Maria, que é o exemplo típico do amor mútuo. […] Nossa Senhora fez a sua parte porque, para amar segundo o amor mútuo, é necessário amar com a medida de Jesus. E, aos pés da cruz, ela atingiu essa medida. Com a sua desolação, viveu o abandono. Perdendo Jesus, perdeu Deus, de certo modo. […]
 O Espírito Santo é justamente a expressão do amor mútuo em Deus.
 Além disso, vejo os efeitos. Se vivemos o amor mútuo, os efeitos são extraordinários; se não vivemos o amor mútuo, tudo esmorece.
 Tenho a impressão de que o amor mútuo é como a moeda corrente de hoje, e quem não vive o amor mútuo tem uma moeda fora de circulação, de outras épocas. […]
 Então, por que ressalto isso? Oh! Sou fixada no amor mútuo, sou fixada, mas me parece uma fixação do Espírito Santo: ͞Mira lá [ao amor mútuo], nele morrem todos os ͚homens velhos͛, com ele você renova a Igreja, com ele você reforma as estruturas͟. Sim, sim, absolutamente, sobre isso falarei ainda e falarei muito, até me certificar de que os cristãos estão resplandecentes, luminosos.

11 janeiro 2018

Oração milagrosa (rezar diariamente)

Senhor Jesus, eu venho diante de Ti, assim como eu sou, sinto muito pelos meus pecados, me arrependo dos meus pecados, por favor, me perdoe. No Teu Nome, eu perdoo todos os outros pelo que fizeram contra mim. Eu renuncio a Satanás, aos espíritos malignos e a todas as suas obras. Eu te dou todo meu senhor, Senhor Jesus, eu aceito você como meu Senhor, Deus e Salvador. Cure-me, mude-me, fortaleça-me no corpo, alma e espírito.

Venha, Senhor Jesus, cubra-me com o Seu precioso sangue, e me encha com o Teu Espírito Santo, amo-Te Senhor Jesus, louvo-Te, Senhor Jesus, agradeço-Te Jesus, eu te seguirei todos os dias da minha vida.

Amém 

Maria, minha mãe, rainha da paz, todos os anjos e santos, por favor me ajude.

Amém

10 janeiro 2018

A vida interior

Procure viver mais sua vida interior.
A agitação da vida não deve atingir nosso eu verdadeiro, nossa alma.
Não deve fazer esquecer a coisa mais importante.
A Centelha Divina é que é nosso eu real, do qual nosso corpo é apenas um reflexo.
Portando, procure viver mais intensamente sua vida interior, a vida de seu eu verdadeiro, de sua alma.

09 janeiro 2018

Tú és esplêndido

Oh, Jesus, como és Deus em teu falar. Entretanto, quão pouco te conhecemos – repito – se não lemos o Evangelho. O Evangelho libera luz a cada passo. Além disso, cada Palavra tua é um facho de luz incandescente, todo divino. Vem, vem a meu coração esta noite, e eu te adorarei. Não há outra coisa a fazer diante de tamanho esplendor e, fazendo isso, fizemos tudo. Sim, Senhor, Tu deves ser adorado. O resto, do resto cuida Tu por nós, como um irmão e uma coisa só com o Pai.

08 janeiro 2018

Pensar

O pensamento e a palavra têm poder curador.

O corpo é o veículo através do qual se manifestam, no plano terrestre, o espírito e a alma, da qual o corpo é apenas o reflexo materializado.

Por isso, espelha aquilo que pensamos, na saúde e na enfermidade, porque recebemos de acordo com os nossos pensamentos, e somos aquilo que pensamos.

Pense sempre certo para ter saúde perfeita!

07 janeiro 2018

A Palavra contém Deus

JESUS É EXTRAORDINÁRIO! Pouco o conhecemos, se não lemos o Evangelho com amor. Muitas vezes, fizemos dele uma imagem nossa, a partir de alguma piedade tradicional medíocre. Mas, no Evangelho, Ele aparece como é: é Deus. Revela-se continuamente: Deus . Um Deus… que fala, que se cansa, que caminha, que tem discípulos… Um Deus-Homem! AS PALAVRAS DE JESUS! Deve ter sido a sua maior… arte, se assim se pode dizer. O Verbo que fala com palavras humanas. Que conteúdo, que timbre, que voz, que intensidade! Haveremos de reouvi-las no Paraíso. Ele me falará, Ele nos falará. Isso será o Céu amanhã, logo. O EVANGELHO na Igreja é Jesus histórico explicado: a Revelação. AS EXPRESSÕES do Evangelho de João “a tua palavra”, “as palavras que me comunicaste”, “que saí de junto de ti” e “que me enviaste” (cf. Jo 17), de certo modo são sinônimas, ou melhor, as palavras que Jesus disse aos apóstolos são o próprio Verbo gerado pelo Pai, ou melhor, estão todas no Verbo gerado. Essa interpretação me dá certa embriaguez espiritual porque, se assim é, a Palavra de Deus que nós vivemos, a qual comungamos, é justamente Jesus. Por isso, se vivemos a Palavra o dia inteiro, estamos em comunhão contínua . QUE ABISMOS as Palavras de Deus encerram! Elas contêm o próprio Deus. CADA PALAVRA de Vida é Jesus. EM CADA PALAVRA está toda a Palavra, do mesmo modo que, na Palavra, está cada Palavra.

06 janeiro 2018

Socorro ao Alto

Quando a dúvida o assaltar, mantenha firme seu coração, no desejo sincero de perseverar até o fim.

Se a mágoa e a calúnia o ferirem, não fique a lamentar-se inutilmente: gaste seu tempo em trabalhos construtivos, auxiliando a todos os que necessitam de seu apoio.

Não se deixe desfalecer pelas dores! Ao contrário: eleve seu pensamento confiante, pedindo o socorro do Alto.

05 janeiro 2018

O que importa

"Não se escravize à opiniões da leviandade ou da ignorância."

Não importa o que os outros pensam ou dizem de nós.

O que verdadeiramente importa é aquilo que realmente somos.

Tenha sua consciência tranquila, mesmo que seja condenado.

Não se esqueça de que Jesus foi o condenado, e Herodes foi o vencedor momentâneo.

Mas responda: qual dos dois foi verdadeiramente o vencedor?

04 janeiro 2018

A morte não existe

A morte não existe.

Se você perdeu um ente querido, não se desespere: tenha a certeza de que ele não morreu.

Apenas mudou de estado e, mais cedo ou mais tarde, você o irá novamente encontrar.

Não dê a ele, pois, a decepção de querer fugir da luta.

Não pretenda ser superior a Deus: aceite o que Deus determinou em Sua sabedoria, e será imensamente feliz.

03 janeiro 2018

Seja misericordioso

Não seja cruel!

Aprenda a ter compaixão daqueles que estão em pior situação que você.

Lembre-se daquela máxima do maior dos filósofos: "felizes os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia".

Seja compassivo com os que erram, porque você não sabe quando poderá cometer erro semelhante, e gostará que o compreendam e lhe relevem.

Releve também e seja misericordioso com quem erra!

02 janeiro 2018

Acender a luz

Expulse de seu espírito todas as lembranças tristes.

Será que remoer os erros vai conseguir sarar o mal que já houve? Não!

Quanto mais revolver em seu coração as tristezas do passado, mais vai sofrer, sem resultado nenhum.

Dirija sua mente às recordações alegres, aos momentos felizes, aos fatos agradáveis do passado.

Acenda a luz, para que as trevas desapareçam.

01 janeiro 2018

Corpo saudável

Um corpo saudável reflete atitudes corretas e perfeitas da mente.

Alimente seu cérebro com pensamentos saudáveis, para que seu corpo possa refletir saúde.

Equilibre seus pensamentos num clima de bondade e compreensão, para que seus órgãos funcionem com regularidade.

Mantenha viva a sensação da presença de Deus dentro de você, para que seu corpo irradie otimismo e amor.