14 dezembro 2009

Martin Luther King


"Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele."


Luther King foi um líder negro pacifista e pastor norte-americano (1929-1968). Nasceu em Atlanta, na Georgia e formou-se em Teologia na Universidade de Boston. Sua primeira função foi a de pastor em 1954 e no ano seguinte liderou um boicote contra a discriminação racial que durou 381 dias. Sua filosofia de não-violência é baseada em Gandhi e nos princípios cristãos. Em 1960 conseguiu liberar aos negros o acesso aos lugares públicos. Em Washington dirigiu uma Marcha com 250 mil pessoas e proferiu um discurso contando seu sonho de ver os brancos e negros juntos. Desta Marcha resultou a Lei dos Direitos Civis (1964) e a Lei dos direitos de Voto (1965). Em 1968 ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Morreu assassinado em Memphis por um homem branco.

Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos.

A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio.

Sonho com o dia em que a justiça correrá como a água e a retidão, como um caudaloso rio. Eu tenho um sonho de que um dia meus quatro filhos vivam em uma nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter.

Nossa geração não lamenta tanto os crimes dos perversos quanto o estarrecedor silêncio dos bondosos.

É melhor tentar e falhar que ocupar-se em ver a vida passar. É melhor tentar ainda que em vão, que nada fazer.

Eu prefiro caminhar na chuva a, em dias tristes, me esconder em casa. Prefiro ser feliz, embora louco, a viver em conformidade.

Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização.

Mesmo se eu soubesse que amanhã o mundo se partiria em pedaços, eu ainda plantaria a minha macieira.

O ódio paralisa a vida; o amor a desata. O ódio confunde a vida; o amor a harmoniza. O ódio escurece a vida; o amor a ilumina. O amor é a única força capaz de transformar um inimigo num amigo.

O perdão é um catalisador que cria a ambiência necessária para uma nova partida, para um reinício.

Nossa eterna mensagem de esperança é que a aurora chegará.

Trechos do famoso discurso pronunciado por Martin Luther King pouco antes de ser assassinado

17 outubro 2009

Streets of Philadelphia (Ruas da Filadélfia)

I was bruised and battered
Eu estava machucado e surrado

And I couldn't tell what I felt
E não conseguiria dizer o que sentia

I was unrecognizable to myself
Eu estava irreconhecível para mim mesmo

Saw my reflection in a window
Vi meu reflexo numa janela

I didn't know my own face
Eu não conheci meu próprio rosto

Oh brother are you gonna leave me wasting away
Irmão, você vai me abandonar definhando

On the streets of Philadelphia
Nas ruas da Filadélfia?

I walked the avenue till my legs felt like stone
Eu caminhei pela avenida até que minhas pernas pareciam pedra

I heard the voices of friends vanished and gone
Eu ouvi as vozes de amigos desaparecidos e mortos...

At night I could hear the blood in my veins
À noite eu podia ouvir o sangue em minhas veias

Just as black and whispering as the rain
Exatamente tão escuro e sussurrante como a chuva

On the streets of Philadelphia
Nas ruas da Filadélfia

Ain't no angel gonna greet me
Nenhum anjo vai me acolher?

It's just you and I my friend
É apenas você e eu, meu amigo

And my clothes don't fit me no more
E minhas roupas não me servem mais

I walked a thousand miles just to slip this skin
Eu caminhei mil milhas apenas para livrar-me dessa pele

The night has fallen, I'm lyin' awake
A noite caiu, estou deitado [mas] acordado

I can feel myself fading away
Eu posso sentir a mim mesmo desfalecendo

On the streets of Philadelphia
Nas ruas da Filadélfia?

14 setembro 2009

Nos Bosques, Perdido

Nos bosques, perdido, cortei um ramo escuro
E aos labios, sedento, levante seu sussurro:
era talvez a voz da chuva chorando,
um sino quebrado ou um coração partido.
Algo que de tão longe me parecia
oculto gravemente, coberto pela terra,
um grito ensurdecido por imensos outonos,
pela entreaberta e úmida treva das folhas.
Porém ali, despertando dos sonhos do bosque,
o ramo de avelã cantou sob minha boca
E seu odor errante subiu para o meu entendimento
como se, repentinamente, estivessem me procurando as raízes
que abandonei, a terra perdida com minha infância,
e parei ferido pelo aroma errante.
Não o quero, amada.
Para que nada nos prenda
para que não nos una nada.
Nem a palavra que perfumou tua boca
nem o que não disseram as palavras.
Nem a festa de amor que não tivemos
nem teus soluços junto à janela...

12 setembro 2009

Tenho tanto a fazer

Tenho tanto a fazer -
O tempo escapa entre meus dedos.
Tenho tanto a fazer -
Não sei pra onde ir.
Tenho tanto a fazer -
Mas minhas passadas são pequenas.
O que quero do mundo?
O que espero de mim?
Não sei se grito ou espero;
Não sei se vou ou se fico.
Tenho tanto a fazer -
Mas meus medos impedem.
Se com uma caminhada vacilante
Eu ando pouco, correndo posso fazer... o "tanto a fazer"...
Quando relembro meu passado, percebo que muito eu caminhei.
Cheguei aonde não pensei; fui aonde não imaginei.
Se ganhei ou perdi, com certeza eu ganhei.
Se sonhei eu criei e se fiz eu ganhei.
Não posso parar:
Tenho tanto a fazer -
O tempo escapa entre meus dedos.

23 agosto 2009

Poema da Solidão

Espero a hora da tua chegada
Mas o relógio bates horas erradas
Deixo rolar uma lágrima incerta
Na certeza da tua ausência
Chamo por ti na escuridão
Mas os meus gritos são mudos.

Entrego-me a ti
Mas sofro um abandono imcompreensível
Sonho com um sorriso
Que outrora me fez feliz
Anseio por um olhar
Que no passado me dizia "Amo-te" em cada pestanejar
Desejo o teu toque
Que me elevava ao limite da vida e da morte
Mas tu não vens...

Olho o horizonte em busca de um sinal
De uma sombra
Uma rasto
Algo que te pertença
Mas depressa entendo
Que não virás
Pois o coração que antes me pertencia
Partiu
E já não volta atrás...

E no mais pesado desespero
Desejo
Não ter de te dedicar este poema...

Baila comigo

Dance comigo...

04 junho 2009

SONETO LXXXVIII

Quando me tratas mau e, desprezado,
Sinto que o meu valor vês com desdém,
Lutando contra mim, fico a teu lado
E, inda perjuro, provo que és um bem.

Conhecendo melhor meus próprios erros,
A te apoiar te ponho a par da história
De ocultas faltas, onde estou enfermo;
Então, ao me perder, tens toda a glória.

Mas lucro também tiro desse ofício:
Curvando sobre ti amor tamanho,
Mal que me faço me traz benefício,

Pois o que ganhas duas vezes ganho.
Assim é o meu amor e a ti o reporto:
Por ti todas as culpas eu suporto.