"Eu daria tudo que tivesse pra voltar aos dias de criança. Eu não sei pra que a gente cresce se não sai da gente essa lembrança..." (Ataulpho Alves)
16 março 2008
09 março 2008
POEMA, CAZUZA
Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
De um tempo que eu era ainda criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço, um consolo
Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim
De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos ou anos atrás
Composição: Cazuza / Frejat
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
De um tempo que eu era ainda criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço, um consolo
Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim
De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos ou anos atrás
Composição: Cazuza / Frejat
04 março 2008
DE REPENTE (Vinícius de Morais)
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
SONETO DA FIDELIDADE (Vinícius de Morais)
E tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meus pensamentos
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meus pensamentos
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
02 março 2008
PREENCHENDO O CORAÇÃO
Desejo uma alegria
Como esta - estampada no rosto.
Palhaço sonhador... alegre criança.
Gravada para sempre em uma eterna festa.
Como tenho o rosto frio,
Derrame brilho e serpentina.
Deixe, palhaço, meus olhos sorrindo
Pois tenho ar de dor.
Não deixe saudade,
Deixe o coração.
No espaço que nele resta
Deixe inspiração.
Como esta - estampada no rosto.
Palhaço sonhador... alegre criança.
Gravada para sempre em uma eterna festa.
Como tenho o rosto frio,
Derrame brilho e serpentina.
Deixe, palhaço, meus olhos sorrindo
Pois tenho ar de dor.
Não deixe saudade,
Deixe o coração.
No espaço que nele resta
Deixe inspiração.
VERDADE
Quando o pensamento do homem
Entra em um vale sem regresso,
Transgride a imaginação devassa
De seres imaginários.
Apoiados em sentimentos de culpa,
Procuramos sustentar a realidade
Em sensações e emoções que encabulam
A existência do eu.
Buscamos sempre a verdade
Mesmo sem observar que ela anda ao nosso lado,
Pairando... flutuando.
Entra em um vale sem regresso,
Transgride a imaginação devassa
De seres imaginários.
Apoiados em sentimentos de culpa,
Procuramos sustentar a realidade
Em sensações e emoções que encabulam
A existência do eu.
Buscamos sempre a verdade
Mesmo sem observar que ela anda ao nosso lado,
Pairando... flutuando.
NOME E SOBRENOME
Da ponta do lápis,
Não consigo tirar
Seu nome.
Já rabisquei diversos planos,
Diversas retas,
Diversos muros.
Da ponta do lápis,
Não consigo tirar
Seu sobrenome.
Já rabisquei diversos muros,
Diversas retas,
Diversos planos.
Não consigo tirar
Seu nome.
Já rabisquei diversos planos,
Diversas retas,
Diversos muros.
Da ponta do lápis,
Não consigo tirar
Seu sobrenome.
Já rabisquei diversos muros,
Diversas retas,
Diversos planos.
O MENINO E A SOLIDÃO
Na estrada vai o menino...
Sozinho, solitário.
Doente do pensamento
Leva consigo
A chave do destino,
A chave do futuro.
Tem dó o menino do tempo passado.
Sabe das incertezas suas e dos outros.
Leva sozinho a solidão.
Da brincadeira de criança esqueceu...
Ficou maduro antes do tempo.
Leva consigo o sorriso da dor...
De levar consigo a solidão.
Sozinho, solitário.
Doente do pensamento
Leva consigo
A chave do destino,
A chave do futuro.
Tem dó o menino do tempo passado.
Sabe das incertezas suas e dos outros.
Leva sozinho a solidão.
Da brincadeira de criança esqueceu...
Ficou maduro antes do tempo.
Leva consigo o sorriso da dor...
De levar consigo a solidão.
MEU FIM
Não tenho medo da morte,...
Tenho medo do futuro.
Sei que a morte nunca foi fim,
E sim,... começo.
Do futuro não sei o que espero,
Na morte,... tudo me espera.
Preparo-me para a morte;
O futuro?... que espere.
Tenho medo do futuro.
Sei que a morte nunca foi fim,
E sim,... começo.
Do futuro não sei o que espero,
Na morte,... tudo me espera.
Preparo-me para a morte;
O futuro?... que espere.
AFASTADO
No momento do silêncio,
Busco inspiração.
Vou distante no meu branco
Pra fugir da sensação.
Semoto do mundo,
Ando buscando...
(Sugestão).
Gostaria de aliviar
O peso da imaginação.
Busco inspiração.
Vou distante no meu branco
Pra fugir da sensação.
Semoto do mundo,
Ando buscando...
(Sugestão).
Gostaria de aliviar
O peso da imaginação.
MEUS RASTROS
Não quero nada do mundo;
Só quero a oportunidade
De poder dizer
Que passei por aqui
E os meus rastros estão por aí.
Se alguém atrever-se em seguí-los,
Por momentos, perder-se-á,
Mas logo após,
Encontrará a verdade
Que acompanhou-me
Até aqui.
Só quero a oportunidade
De poder dizer
Que passei por aqui
E os meus rastros estão por aí.
Se alguém atrever-se em seguí-los,
Por momentos, perder-se-á,
Mas logo após,
Encontrará a verdade
Que acompanhou-me
Até aqui.
ÚLTIMO MOMENTO
Na mestria em seu ser
Só encontrei vestígio de dor.
Não sou versado,
Mas pude perceber,
O quanto padece,...
No seu sofrer.
És lídimo no seu sofrer,
Na sua dor.
Paciente, sofre no abandono.
No seu último alento,
Pede atento pela vida -
- Contrapondo ao seu mortiço.
Só encontrei vestígio de dor.
Não sou versado,
Mas pude perceber,
O quanto padece,...
No seu sofrer.
És lídimo no seu sofrer,
Na sua dor.
Paciente, sofre no abandono.
No seu último alento,
Pede atento pela vida -
- Contrapondo ao seu mortiço.
A MORDAÇA
Ando com um açaimo,
Impedido de falar,
Impedido de gritar.
Das palavras que se libertam,
Poucas são enternecidas.
Mais parecem um adejo
De um pássaro ferido.
Se essa minha mordaça
Por você for tirada,
gritarei pelos cantos da terra
E por seu amor...
Poderei clamar.
Impedido de falar,
Impedido de gritar.
Das palavras que se libertam,
Poucas são enternecidas.
Mais parecem um adejo
De um pássaro ferido.
Se essa minha mordaça
Por você for tirada,
gritarei pelos cantos da terra
E por seu amor...
Poderei clamar.
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