30 junho 2017

Cada relacionamento seja caridade

É preciso traduzir em caridade, transformar em caridade, os diversos contatos que mantemos com o próximo durante o dia.

Do momento em que nos levantamos de manhã, até à noite quando vamos dormir, cada relacionamento com os outros deve ser caridade. Na igreja, em casa, no escritório, na escola, na rua, devemos encontrar as várias ocasiões para viver a caridade.

É nossa tarefa ensinar, instruir, governar, dar de comer, vestir, acudir os familiares, servir os clientes, despachar? Devemos fazer tudo isso por Jesus nos irmãos, sem descuidar de ninguém, aliás, sendo os primeiros a amar a todos.

É uma ginástica, ao longo do dia, mas vale a pena, porque, assim, progredimos no amor de Deus.


29 junho 2017

Cada Palavra é amor

NO COMEÇO do nosso novo caminho, o Senhor fizera-nos intuir o valor do amor, ao preparar em nós o terreno para ler o Evangelho. Já o havia feito, mas agora, na leitura do Evangelho, punha em evidência máxima as Palavras que dizem respeito ao amor e impelia-nos com força a vivê-las.
      Portanto, podia-se dizer também de nós o que se dizia dos primeiros cristãos: o amor de caridade (amor a Deus e ao próximo) era a primeira coisa que um membro da comunidade aprendia a viver (cf. 1Jo 2,7).
      VIVENDO UMA PALAVRA, depois outra, e mais outra, tínhamos constatado que, pondo em prática qualquer Palavra de Deus, no final, os efeitos eram idênticos. Por exemplo, vivendo a Palavra: “Bem-aventurados os puros de coração…” (Mt 5,8), ou, “Bem-aventurados os pobres em espírito…” (Mt 5,3), ou, “Bem-aventurados os mansos…” (Mt 5,4), ou, “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22,39), ou, “Não faças a ninguém o que não queres que te façam” (Tb 4,15), chegávamos à mesma conclusão, obtínhamos os mesmos efeitos.
      O fato é que cada Palavra, embora sendo expressa em termos humanos e diferentes, é Palavra de Deus. Mas, como Deus é Amor, cada Palavra é caridade. Acreditamos ter descoberto, naquela época, sob cada Palavra, a caridade.
      E, quando uma dessas Palavras caía em nossa alma, tínhamos a impressão de que se transformava em fogo, em chamas, transformava-se em amor. Podíamos afirmar que a nossa vida interior era todo amor.
      SE PENETRAS no Evangelho – e esta é uma bela aventura para ti – te encontras, de repente, como se estivesses na crista de uma montanha. Portanto, já no alto, já em Deus, mesmo se, olhando para o lado, percebes que a montanha não é uma montanha, mas uma cadeia de montanhas, e a vida para ti é caminhar pelo divisor de águas até o fim.
      Cada Palavra de Deus é o mínimo e o máximo que Ele te pede. Por isso, quando lês: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 19,19), tens a medida máxima da lei fraterna.
      VIVAMOS A PALAVRA, que é o Amor Verdadeiro e o Verdadeiro Amor.


28 junho 2017

Cada momento tem a sua cruz

Pode-se notar, vivendo o presente, que — se o vivermos bem — é sempre possível pôr em prática as palavras de Cristo: “Toma a tua cruz”.
Quase todo momento tem a sua cruz: pequenas, insignificantes ou grandes dores espirituais ou físicas que acompanham a nossa vida no presente. É preciso “carregar” estas cruzes; não procurar esquecê-las, refugiando-se numa vida descomprometida.

E mesmo quando tudo falasse de saúde e alegria, é aconselhável, embora reconhecidos a Deus, viver desapegados e não nos voltarmos avidamente para os dons, esquecendo-nos do Doador e ficando depois tristes, com o vazio na alma.

27 junho 2017

A quem buscais?

Budapeste, 6 de abril 2003


«A quem buscais?»[1]
«Diálogo do povo»


         Caríssimos, uma saudação, do fundo do coração, a todos vocês, jovens, reunidos neste encontro ecumênico.
Como vocês devem saber, no âmbito da Jornada de hoje, intitulada: «A quem buscais?», eu fui convidada a oferecer-lhes uma experiência singular de um povo, que encontrou realmente o que procurava; um povo que está surgindo em várias partes do mundo, composto por fiéis de 350 Igrejas diferentes. Todos esses cristãos são animados por um modo específico de viver, por uma espiritualidade chamada da "unidade", que alguns consideram ecumênica e que é um dom do Espírito Santo. A "espiritualidade da unidade" que, tendo florescido num Movimento (o Movimento dos Focolares) agora é patrimônio universal porque, por exemplo, João Paulo II já a propôs a toda Igreja católica sob o nome de "espiritualidade de comunhão".
Os principais pontos em que se fundamentam emergiram do Evangelho. Quem a vive, pode tornar-se um instrumento que colabora na realização do testamento de Jesus: «Pai, que todos sejam um» (cf Jo 17,21), isto é, a unidade, e com ela a fraternidade universal; unidade e fraternidade universal, tão necessárias também no nosso tempo. De fato, como vocês sabem, hoje mais do que nunca, com os ameaçadores ventos de guerra e o terrorismo, que realmente aterroriza, o nosso mundo precisa de coesão e de solidariedade. A guerra divide os homens, aliás, os massacra; e o terrorismo produz imensos danos, por rancor ou vingança, causados sobretudo pelo desequilíbrio que existe no mundo entre países ricos e países pobres. Portanto, mais do que nunca é necessário almejar a unidade e suscitar em toda a parte a fraternidade que pode gerar partilha, inclusive de bens.
Como é possível promover no mundo a fraternidade, para que ela faça da humanidade uma única família? Isso é possível, se descobrirmos quem é Deus.
Nós, cristãos, acreditamos em Deus, sabemos que ele existe, mas Deus, embora o vejamos perfeitíssimo, onisciente e todo-poderoso, muitas vezes é imaginado por nós muito distante, inacessível e por isso não temos um relacionamento com ele.
São João Evangelista nos diz quem é Deus: «Deus é amor» (1 Jo 4,8) e por isso é Pai nosso e de todos. Essa afirmação, bem compreendida, muda radicalmente as coisas. De fato, se Deus é Amor e é Pai, ele está muito perto de nós, de mim, de você, de vocês. Ele segue cada passo que vocês dão. Ele se esconde por trás de todas as circunstâncias da vida de vocês, alegres, tristes ou indiferentes. Conhece tudo de vocês e de nós. Por exemplo, é o que diz a seguinte frase de Jesus: «Também os cabelos da vossa cabeça estão contados» (Lc 12,7), contados pelo seu amor, pelo amor de um Pai. Portanto, devemos estar certos de que ele nos ama. Mas não basta: devemos colocar Deus no primeiro lugar do nosso coração, antes de nós mesmos, antes das nossas coisas, antes dos nossos sonhos, antes dos nossos parentes. Jesus disse claramente: «Quem ama o pai e a mãe mais do que a mim não é digno de mim» (Mt 10,37).
E nasce outra pergunta: se Deus é Amor, é nosso Pai, qual deve ser a nossa atitude em relação a Ele? É óbvio: se ele é Pai de todos nós, devemos nos comportar como seus filhos e irmãos entre nós; no fundo, devemos viver aquele amor que é a síntese do Evangelho, isto é, tudo aquilo que o Céu exige de nós.
O nosso amor para com o próximo, porém, não deve ser um amor comum, uma simples amizade ou só filantropia, mas aquele amor verdadeiro que foi derramado nos nossos corações, pelo Espírito Santo, desde o batismo, e é o mesmo amor que vive em Deus. Esse amor tem qualidades especiais.
Agora, peço uma atenção particular, a todos vocês, jovens,!
Esse amor não é limitado, como o amor humano, dirigido quase que exclusivamente aos parentes e aos amigos. Ele é endereçado a todos: ao simpático e ao antipático, ao da nossa pátria e ao estrangeiro, da minha e de outra Igreja, da minha e de outra religião, amigo ou inimigo.
É um amor que impele a ser os primeiros a amar, a tomar sempre a iniciativa, sem esperar ser amado, como seria humano desejar.
Um amor, ainda, não feito de palavras ou de sentimentos. Sabendo sofrer com quem sofre, alegrar-se com quem se alegra, ajudar a todos concretamente.
Um amor que, embora dirigido a um homem ou a uma mulher, deseja amar Jesus neles, aquele Jesus que considera feito a si o bem ou o mal que se faz aos próximos (cf Mt 25,40.45), como nos será dito no dia do Juízo Universal.
E ainda, se somos vários a viver este amor, estabelecemos então o amor recíproco, realiza-se o mandamento de Jesus que diz: «Amai-vos uns aos outros como eu vos amei» (Jo 13,34). Amai-vos reciprocamente é – pode dizer quem o viveu – o Paraíso na Terra. É mesmo assim.
Caríssimos jovens, voltando para as nossas famílias ou comunidades, na escola ou no escritório, tentemos amar a todos desse modo, senão não somos autênticos cristãos. Ao passo que este amor, vivido, pode suscitar no mundo uma revolução, em nós e ao nosso redor: é a revolução cristã.
Este amor, porém, nem sempre é fácil. Dificuldades próprias ou dos outros muitas vezes o abalam e isso causa sofrimento. O que fazer? Parar na dor? Não. O sofrimento tem, para o cristão um nome: chama-se cruz. E Jesus nos disse como nos devemos comportar com as cruzes: «Quem quer vir após mim, (...) tome a sua cruz todo dia (...)» (Lc 9,23). É preciso tomar a cruz, não arrastá-la. É preciso empunhá-la como uma arma, aceitá-la, ir em frente e continuar a amar.
Vamos nos deter um pouco para compreender e acolher no coração uma maravilhosa conseqüência do amor recíproco vivido. Se nós vivermos assim, acontecerá um fato extraordinário: florescerá entre nós a presença espiritual de Jesus no meio. Ele prometeu: «Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome (isso quer dizer: no meu amor), eu estou no meio deles» (Mt 18,20).
Jesus conosco! Vocês já pensaram nisso? Já experimentaram? Talvez não! Pois bem, eu lhes asseguro que, quem viveu assim, experimentou no seu coração um amor novíssimo, uma força nova, luz, alegria, coragem, ardor, e são todos efeitos da sua presença. E se ele está presente, tudo é possível!
Caríssimos jovens, no início eu lhes prometi contar a experiência de um povo novo. Pois bem, é a espiritualidade, o modo de viver, de que tenho falado até agora, que suscitou esta realidade.
Alguns anos depois do nascimento do Movimento dos Focolares na Igreja católica, a espiritualidade da unidade, vivida, teve o grande privilégio de despertar o interesse, tocar e impressionar, sob um aspecto ou outro, fiéis de Igrejas diferentes. Os evangélicos luteranos, por exemplo, em contato conosco, católicos, ficaram admirados, porque não só se falava, mas se vivia com grande intensidade o Evangelho. Eles nos pediram para ajudá-los a difundir esta vida em suas paróquias e comunidades. Os anglicanos, na Inglaterra, foram atraídos pela idéia e pela praxe da unidade e nos convidaram a fazer o mesmo. Os ortodoxos ficaram interessados pelo fato de que sublinhamos a vida e o amor. E os reformados, gostaram da idéia de Jesus em meio, que tanto desejam em seus pequenos grupos. Aos metodistas agradou a tensão à santidade que esta espiritualidade suscita.
E, embora fossem cristãos de Igrejas diferentes, todos foram irmanados por este estilo de vida. Agora, aderem ao Movimento, como já disse, fiéis de 350 Igrejas ou Comunidades eclesiais! E a nossa vida em comum sempre foi abençoada e encorajada pelas autoridades católicas, mas também por autoridades das outras Igrejas. Os efeitos desse modo de viver nas várias Igrejas são os mesmos: conversões a Deus, novas vocações, renovação nas paróquias, nas comunidades, recomposição dos matrimônios, unidade entre as gerações, etc.
Com todos esses irmãos e irmãs das diversas Igrejas, conhecendo-nos e amando-nos, descobrimos também, como que pela primeira vez, quantas grandes riquezas já tínhamos em comum: em primeiro lugar, o batismo, depois o Antigo e o Novo Testamento, os dogmas dos primeiros Concílios, o Credo, os padres da Igreja gregos e latinos, os mártires e outras coisas, como a vida da graça, por exemplo, a fé, a esperança, a caridade, e muitos outros dons do Espírito Santo.
Antes vivíamos quase como se este patrimônio não existisse, agora nos damos conta de que tudo isso, junto com a nova espiritualidade que temos em comum, nas faz sentir de alguma forma "todos um". De fato, apesar de termos que trabalhar muito para recompor a unidade visível entre as nossas Igrejas, sentimos que já formamos "um povo cristão" de leigos, sacerdotes, religiosos, pastores, bispos.
Esta espiritualidade da unidade, ainda, é de luz no caminho para a plena comunhão visível, porque Jesus, se assim desejarmos e se o amarmos, pode estar presente espiritualmente, pelo batismo, entre católicos e evangélicos, assim como entre reformados e ortodoxos, entre metodistas e armênios, entre todos. Este é um vínculo tão forte que nos faz dizer: ninguém poderá nos separar, porque é Cristo mesmo que nos une, nos une naquilo que chamamos "diálogo do povo". Aliás, esperamos que outras formas de diálogo, como aquele da caridade, que era muito vivo, por exemplo, entre Paulo VI e Atenágoras, o diálogo da oração, que é vivido de modo especial na Semana de Oração pela Unidade dos cristãos, além do diálogo teológico, possam ser potencializados por este diálogo: Jesus em meio a pessoas que se amam, pode iluminar sempre.
Caríssimos jovens, o tempo em que vivemos pede a todos nós que façamos todo o esforço e realizar no mundo a fraternidade universal e pede a cada um de nós para recompor a unidade da Igreja, dilacerada há séculos. Deus deseja isso e repete e grita também com as presentes circunstâncias dolorosas que ele permite[2].
Eu mencionei, no início, os ventos de guerra e o terrorismo difundido no nosso planeta. Acreditem: nem tudo é culpa dos terroristas, se estamos vivendo um momento de tamanha emergência. E nem se deve unicamente ao fato de que as nações mais ricas não tenham ajudado e não ajudem outras nações em grande e extrema pobreza, suscitando pensamento de vingança; se bem que ambos os fatores sejam certamente as causas mais graves pelas quais a humanidade sofre hoje. Contudo, há mais alguma coisa: a culpa também é nossa.
Nós sabemos que os cristãos são muito numerosos no mundo. De fato, as estatísticas de 2003 indicam que os católicos atualmente no mundo são 61 milhões. Quantos seremos todos juntos? Um número enorme! Mesmo assim, como vocês sabem, em setembro de 2001, logo depois do atentado às Torres Gêmeas, houve alguém, no mundo hostil a nós, que qualificou os cristãos até de "ateus" e de "infiéis": uma mentira cósmica, certamente, com um fundo de verdade. Jesus, de fato, nos disse que o mundo nos teria reconhecido como seus discípulos e, por nosso intermédio, iria reconhecer a ele como o verdadeiro Deus, graças ao amor recíproco. «Nisso conhecerão que sois meus discípulos, se tiverem amor uns pelos outros» (Jo 13,35). Mas a unidade, como sabem, não foi mantida por nós e ainda não existe plenamente.
Que testemunho de Cristo, da sua verdade e do seu amor, nós demos e podemos dar? Infelizmente, já não somos como os primeiros cristãos, que eram um só coração e uma só alma e, portanto, tinham todos os bens em comum!
Então, o que fazer? Penso que só nos resta formular no coração um sincero propósito: começar amando – como eu disse – a todos, sendo os primeiros, amando concretamente, reconhecendo Jesus em todos, e amando-nos reciprocamente, a fim de que ele esteja presente entre nós, e ele saberá, com certeza, repetir o milagre dos primeiros cristãos.
Coragem, portanto, caríssimos jovens, coragem! Jesus disse: «Eu venci o mundo!» Se nos propusermos a amar, ele nos dará a vitória.


[1].            (Jo 18,7)
[2].            A guerra no Iraque (n.d.t.);

26 junho 2017

A RESSURREIÇÃO E O COSMO

Falando ainda da ressurreição, no Movimento às vezes se apresenta este singular modo de pensar a respeito do hábitat do homem, isto é, o cosmo.
Jesus que morre e ressuscita é certamente a causa verdadeira da transformação também do cosmo. Mas, dado que São Paulo nos revelou que nós, homens, completamos a paixão de Cristo e que a natureza anseia pela revelação dos filhos de Deus, pode ser também que Jesus espere a contribuição dos homens, cristificados pela Eucaristia, para realizar a renovação do cosmo.
Se a Eucaristia é causa da ressurreição do homem, não será possível que o corpo do homem, divinizado pela Eucaristia, está destinado a corromper-se debaixo da terra para ajudar a realizar a ressurreição do cosmo? Portanto, poderíamos dizer que em força do pão eucarístico o homem se torna “Eucaristia” para o universo, no sentido de que é, com Cristo, germe de transfiguração do universo.
A terra nos comeria, portanto, como nós comemos a Eucaristia, não para nos transformar em terra, mas a terra em «céus novos e terra nova».
É um nosso pensamento.
No Movimento cuidamos com dedicação dos lugares onde foram depositados os corpos de seus membros, destinados à Ressurreição. As Palavras de Vida, que iluminaram as suas existências, são inscritas nas suas sepulturas. E as pessoas do Movimento, visitando o cemitério e lendo-as, se edificam.
Queremos ainda que os nossos cemitérios sejam belos como jardins. Assim, também as sepulturas “falam”. Sabemos de alguém que, passando de uma a uma, e vendo nelas o amor que continua, a certa altura chorou.
O cosmo vai perdurar, sofrerá uma transformação, mas vai durar (...). Portanto, esta deve ser a nossa visão desde já: as galáxias, o crepúsculo, as flores, os pinheiros, os prados, o céu devem ser admirados com a idéia de que tudo isso permanecerá. Inclusive todas as obras do homem permanecerão, ainda mais se foram feitas por amor, pois assim já estão purificadas, se foram feitas por Jesus dentro de nós e entre nós. E as coisas feitas por Jesus perduram.
E como será o Paraíso? Será como a terra, porém transformada: não se sabe se acontecerá uma espécie de catástrofe, que vai originar uma nova terra e céus novos, ou se sofrerá apenas uma transformação. Temos a propensão de pensar numa transformação desta mesma terra, destes mesmos céus. É o que pensamos.
Estas idéias nos fazem valorizar também a ecologia que no Movimento é muito considerada. Temos que conservar bem a terra, por respeito, dado que também ela tem um papel no futuro.


25 junho 2017

A SAÚDE DA OBRA: SER UMA ÚNICA FAMÍLIA

No nosso Movimento se pensa que todos nós, que tivemos a graça de receber do Espírito Santo um carisma, que é como um sangue novo e comum que nos liga, somos e permaneceremos sempre uma única família, da qual alguns membros já partiram; uma família sempre à espera de reunir-se.
Concordamos, de fato, com o que escreveu padre Alberione, fundador dos paulinos:

Congregavit nos in unum Christi amor. Um único amor reuniu os nossos corações ao redor do Coração de Jesus Cristo. Assim acontece em cada Instituto secular, em cada família religiosa, que não se desfaz com a morte; portanto a Congregação pode ter membros na Igreja celeste gloriosa, outros em purificação, outros na Igreja peregrina. Todos com um único vínculo:
O amor (...)

Continua padre Alberione:

Os nossos irmãos da Igreja gloriosa ajudam os irmã os em purificação e os irmãos da Igreja peregrina. Os irmãos em purificação dão glória aos irmãos da Igreja gloriosa, enquanto rezam pelos irmãos da Igreja peregrina e esperam ajuda de ambos. Os irmãos da Igreja peregrina fazem sufrágios pelos irmãos em purificação e pedem ajuda aos irmãos da Igreja celeste gloriosa e em purificação. (...)

A frase seguinte é belíssima:

A Congregação se consolida — isto é, o nosso Movimento — se consolida e aperfeiçoa com a morte.

Pois esses aderentes já não podem deixar de amar. Quem estiver no Paraíso e no Purgatório não pode deixar de amar. Estão fixos na graça de Deus. Por isso, o nosso Movimento se consolida com a morte e não se enfraquece, como poderíamos pensar. Ele se consolida.

Ele se consolida e aperfeiçoa com a morte. Como irmãos em diversas condições, mas ainda unidos pelo mesmo fim: glória a Deus, paz aos homens»[1]

Escrevi no dia 25 de dezembro de 1973 aos focolarinos este trecho muito atual:

Se hoje eu tivesse que deixar esta terra e me fosse pedida uma palavra, como última que exprimisse o nosso Ideal, eu lhes diria (certa de que seria entendida no sentido mais exato):
“Sejam uma família”.
Existe entre vocês quem sofre em virtude de provações espirituais ou morais? Compreendam-no como e mais do que uma mãe! Iluminem-no com a palavra e com o exemplo. Não lhe deixem faltar, pelo contrário, aumentem ao redor dele o aconchego da família. Existe entre vocês quem sofre fisicamente? Seja o irmão predileto. Sofram com ele. Procurem entender profundamente as suas dores. Façamno participar dos frutos do apostolado de vocês para que saiba que mais do que os outros foi ele que contribuiu para isso.
Alguém está morrendo? Imaginem estar no lugar dele e façam o que gostariam que fosse feito a vocês até o último instante.
Existe alguém que se regozija por uma conquista ou por qualquer outra razão? Alegrem-se com ele, para que a sua consolação não seja diminuída e a alma não se feche, mas a alegria seja de todos.
Existe alguém que parte? Não o deixem partir sem lhe terem preenchido o coração de uma única herança: o sentido da família, para que o leve para onde está destinado.
Não anteponham jamais qualquer atividade de qualquer tipo, nem espiritual (por exemplo, orações e missa), nem apostólica ao espírito de família com aqueles irmãos com quem vocês vivem.
E por onde andarem para levar o Ideal de Cristo, para expandir a imensa família da Obra de Maria, não farão nada melhor do que procurar criar com discrição, com prudência, mas com decisão, o espírito de família. Este é um espírito humilde, deseja o bem dos outros, não se envaidece... (...), é a verdadeira caridade, completa.
Enfim, se eu tivesse que deixá-los, praticamente deixaria que Jesus em mim lhes repetisse:
“Amai-vos uns aos outros... para que todos sejam um”.

[1] Tiago Alberione. A tesse di esercizi spiriluali. Capo IX - Istruzione IX.

24 junho 2017

A felicidade

Talvez nunca como nestes últimos tempos sentimos a alegria de viver. E
uma alegria pura jamais experimentada e nasce do fato de que: conseguimos
encontrar!
Podemos até repetir uma frase que é a aspiração mais sincera de toda a
humanidade: encontramos a felicidade.
É preciso, porém, experimentar esta felicidade, para compreender o que ela
Esta alegria puríssima só pode ser Deus. Aquele Deus que encontramos a
cada instante, perdendo tudo no momento presente para sermos só a Sua
vontade viva.
Creio que é um estado da alma, talvez um pequeno degrau alcançado, do
qual, invocando o Senhor, com a esperança exclusivamente n’Ele, pedimos para
não descer mais.
Não, porque esta felicidade em nós, coincide com a glória de Deus, com a
extrínseca glória que a nossa alma pobre, porém tão amada por Deus, pode
oferecer-lhe.
Encontramos verdadeiramente a pérola preciosa pela qual vale a pena
vender tudo, perder tudo.
É Deus, o único que nos restará, daqui a pouco, ao passarmos para a
eternidade, onde a nossa Mãe nos espera, sem dúvida contente de nos ter
servido de “caminho” com a sua “desolação”.

23 junho 2017

NÃO COMPLICAR AS COISAS

As famílias estão imersas no mundo e geralmente vivem, com os filhos, em meio às angústias típicas da realidade social de hoje.
Como conviver melhor com essas condições (falta de valores, desorientação, consumismo etc.), que atingem a todos nós? 
Essas situações são todas aspectos de Jesus Abandonado. Um filho ateu é um aspecto daquele que se fez “ateísmo”. Um filho desorientado, um outro aspecto de Jesus que, em seu grito, se mostra desorientado. Um filho que perdeu o sentido dos valores é também um outro aspecto de Jesus Abandonado, que teve a impressão de inutilidade de tudo o que havia realizado...

Assim, eu diria que não devemos complicar as coisas, mas, vivendo essas situações como outras “faces” de Jesus, amá-lo e não perder a paz. E aceitar inclusive que essas cruzes possam se prolongar. Jesus nos apela: «Tome a sua cruz de cada dia e siga-me...” (cf. Mt 16,24).

Portanto, sempre teremos a cruz como companheira, até mesmo quando alcançarmos a união com Deus.

22 junho 2017

Estava enfermo



      Vi um homem numa enfermaria de hospital, engessado. Tinha o tórax e um braço, o direito, imobilizados. Com o esquerdo, defendia-se para fazer tudo… como podia. O gesso era uma tortura, mas o braço esquerdo, embora mais cansado à noite, fortalecia-se trabalhando por dois.

      Nós somos membros uns dos outros e o serviço recíproco é nosso dever. Jesus não só nos aconselhou isso, Ele mandou.

      Quando servimos alguém pela caridade, não pensemos que somos santos. Se o próximo está sem ação, devemos ajudá-lo, e ajudá-lo como ele mesmo se ajudaria, se pudesse. Do contrário, que cristãos somos nós?

      Se mais tarde, chegada a nossa vez, precisarmos da caridade do irmão, não nos sintamos humilhados.

      No dia do juízo final ouviremos Jesus repetir: “Estava doente e me visitaste” (Mt 25,36), estava preso, estava nu, estava com fome… Jesus gosta de se esconder justamente no sofredor, no necessitado.

      Portanto, sintamos também naquela hora a nossa dignidade e agradeçamos de todo o coração a quem nos ajuda; mas, reservemos o agradecimento mais profundo a Deus, que criou o coração humano caridoso; a Cristo que, proclamando com seu sangue a Boa Nova, sobretudo o “seu” mandamento, levou um número sem fim de corações a se desdobrarem em ajuda mútua.

      Com este mandamento, Jesus distinguiu os cristãos de todos os séculos daqueles que não entraram ainda em sua Igreja. Se nós, cristãos, não manifestamos essa característica, somos confundidos com o mundo e perdemos a honra de ser considerados “filhos de Deus”. E — como insensatos — deixamos de usar a arma, talvez mais forte, para testemunhar Deus em nosso ambiente, gélido em razão do ateísmo, paganizador, indiferente e supersticioso. Que o mundo, atônito, possa contemplar um espetáculo de concórdia fraterna e diga de nós — como dos que gloriosamente nos precederam: “Vede como se amam”.


Chiara LUBICH 

21 junho 2017

Carta de Chiara a Jesus Abandonado

Caro Jesus 

 Escolhi como minha herança o teu abandono, quando me sinto abandonada.
 Reconheço muitas vezes ao dia que Tu morreste pelos meus pecados e pelas 
minhas infidelidades; mas quando cometo algum pecado, perco a paz, como se não 
pudesse ser mais perdoada. 
 Iludo-me dizendo que é delicadeza de consciência a obsessão que minhas 
infidelidades provocam em mim, mas na verdade, trata-se de orgulho refinado.
 Ainda que tivesse cometido de olhos abertos, que importa Jesus? 
 Seria a prova de que não te amo, mas não deve ser motivo para não te amar 
no futuro, pelo contrário! 
 Acreditar no teu amor, mesmo se sou mesquinha, quer dizer ser fiel à tua 
herança. O teu Amor seria menos divino se me amasses por eu ser virtuosa. 
Reconhecer-te, abraçar-te nas humilhações que seguem minhas infidelidades 
agrada-te pois, então, só o amor te pode reconhecer. A inteligência não chega a 
tanto. 
“Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é Amor” (Jo 4,8).
 O Ideal da santidade não consiste na alegria que experimento depois de uma 
vitória sobre mim mesma e tampouco no me sacrificar pelos irmãos até a morte 
com a certeza de Te agradar; seria demasiado. 
 O Ideal da santidade consiste em Te procurar quando não te sinto, quanto 
por ter seguido minha natureza, Te sinto distante. 
 A santidade não consiste em ser sem defeitos, mas em acreditar no teu 
Amor, não obstante, e precisamente, pelos meus defeitos. 
 Faz, Jesus Abandonado, que eu seja fiel à tua herança que, num 
arrebatamento de amor, escolhi para mim. 

20 junho 2017

Tenha fé em si mesmo, porque Deus habita dentro de você. Portanto, ter fé em si mesmo é ter fé em Deus. Tenha confiança em suas capacidades, e caminhe sem temer os obstáculos. Você pode vencer! Você vai vencer! Corresponda a confiança que Deus depositou em você, quando lhe entregou as capacidades de que dispõe, para que você as desenvolvesse e pusesse em prática.

18 junho 2017

A Palavra contém Deus

JESUS É EXTRAORDINÁRIO! Pouco o conhecemos, se não lemos o 
Evangelho com amor.  
Muitas vezes, fizemos dele uma imagem nossa, a partir de alguma 
piedade tradicional medíocre. Mas, no Evangelho, Ele aparece como é: 
é Deus. Revela-se continuamente: Deus. Um Deus… que fala, que se 
cansa, que caminha, que tem discípulos… Um Deus-Homem!
 AS PALAVRAS DE JESUS! 
 Deve ter sido a sua maior… arte, se assim se pode dizer. O Verbo 
que fala com palavras humanas. Que conteúdo, que timbre, que voz, 
 Haveremos de reouvi-las no Paraíso. Ele me falará, Ele nos falará. 
Isso será o Céu amanhã, logo. 
 O EVANGELHO na Igreja é Jesus histórico explicado: a Revelação.
 AS EXPRESSÕES do Evangelho de João “a tua palavra”, “as 
palavras que me comunicaste”, “que saí de junto de ti” e “que me 
enviaste” (cf. Jo 17), de certo modo são sinônimas, ou melhor, as 
palavras que Jesus disse aos apóstolos são o próprio Verbo gerado 
pelo Pai, ou melhor, estão todas no Verbo gerado. 
 Essa interpretação me dá certa embriaguez espiritual porque, se
assim é, a Palavra de Deus que nós vivemos, a qual comungamos, é
justamente Jesus. Por isso, se vivemos a Palavra o dia inteiro, estamos 
em comunhão contínua. 
 QUE ABISMOS as Palavras de Deus encerram! Elas contêm o pró
 CADA PALAVRA de Vida é Jesus. 
 EM CADA PALAVRA está toda a Palavra, do mesmo modo que, na 
Palavra, está cada Palavra. 

15 junho 2017

A base do lar

A educação no lar é a base da felicidade de nossos filhos.

Dê toda a sua atenção para a formação do caráter de seus filhos, sobretudo por meio dos exemplos de sua própria vida.

Não discuta jamais com sua esposa.

Não dê jamais um passo errado.

Viva de tal forma, que seu filho possa orgulhar-se de você, vendo, em seu exemplo, o modelo que ele deve seguir, para ser um homem de bem.

14 junho 2017

Dinamismo

Tenha dinamismo em sua vida!

Não fique aí parado, de braços cruzados.

Não são as idéias bonitas que valem. São as ações práticas!

Os pés que não caminham criam raízes. A vida é luta!

Não espere que os necessitados o venham procurar: vá visitá-los em seus tugúrios. Leve uma palavra de conforto, um sorriso de compreensão, um pensamento de ternura.

A Cruz de cada dia

Vivendo o presente, podemos notar que — se for bem  vivido — é sempre possível pôr em prática as palavras de  Cristo: “Tome a sua cruz” (cf. Mt 16,24). Cada momento,  quase, tem a sua cruz: pequenas, insignificantes ou grandes  dores espirituais ou físicas, que acompanham a nossa vida no  presente. É preciso “tomar” estas cruzes, não procurar  esquecê-las, refugiando-se em uma vida sem compromisso. 

E, mesmo que tudo seja saúde e alegria, é aconselhável  vivermos isso desapegados, embora sendo gratos a Deus, e  não nos inclinarmos avidamente para o dom, em vez de para  o Doador, ficando depois tristes, com um vazio na alma. 

12 junho 2017

Ajude

Ajude, mesmo conversando!

Uma boa palavra, um sorriso de incentivo, um pensamento construtor são, muitas vezes, o ponto de partida para uma grande vitória daqueles que nos cercam.

Se observar tristeza ou preocupação, procure ajudar. Se não puder agir, fale.

Se não puder falar, ao menos pense firmemente, desejando a felicidade e esta atingirá seu objetivo. Mas, ajude sempre!

Caminhe resolutamente

Caminhe sempre resolutamente no sentido de seu progresso.

Se não quisermos acompanhar a evolução do universo, seremos arrastados a isso por meio da dor, e progrediremos de qualquer forma.

Então, siga à frente voluntariamente. E não dê ouvidos ao caluniador.

Siga à frente e deixe que os caluniadores fiquem falando sozinhos.

Caminhe resolutamente no sentido do seu progresso, e nenhuma voz malévola chegará a seus ouvidos.

11 junho 2017

Alegria e otimismo

Seja alegre e otimista: Deus está dentro de você. Não faça como os tolos, que pensam que Deus está muito longe, sentado num trono de ouro. Nada disso. Não o procure nas nuvens ou nas estrelas, tão alto que não o possa atingir. Ele está dentro de você, e lhe fala silenciosamente, pela voz de sua consciência. Procure descobri-lo, vivendo com pureza de coração e amando a todos como a si mesmo.

09 junho 2017

Aperfeiçoar-se


Se alguém lhe mostrasse uma semente escura e feia, dizendo que dentro dela havia bela e perfumada flor, você acreditaria, porque sabe que da semente nasce a planta que produz a flor.

Pois bem, acredite também que, dentro de você, por mais imperfeito que seja, nascerá, purificada e bela, a sua alma imortal que alcançará a felicidade!

Tenha fé em si mesmo, e busque aperfeiçoar-se.

A nossa resposta à noite coletiva e cultural de hoje

Ao Voluntarifest
Budapeste, 16 de setembro de 2006
(mensagem lida por Vale Ronchetti)

Senhores bispos, autoridades religiosas e civis, queridos amigos, Saúdo, um por um, todos os participantes deste encontro, que deseja recordar o nascimento, há 50 anos, dos Voluntários de Deus: pessoas que, mesmo permanecendo no mundo, não são do mundo, porque o coração delas está unido a Deus.
E, seguindo os planos de Deus, hoje, estes voluntários e voluntárias estão presentes nos cinco continentes e testemunham que Ele é um Deus-Amor, que acompanha cada um de nós e é nosso Pai. Por isso, temos que nos ver, nos amar como irmãos e difundir a fraternidade universal “para que todos sejam uma coisa só” (Jo 17,21).
Mas como é o mundo em que vivemos?
De fato, se considerarmos como o mundo é hoje, vemos que se apresenta realmente como foi descrito pelo Papa Bento XVI, especialmente preparado para fazer esta análise, quando ainda era cardeal.
Ele assim se exprime: "Quantos ventos de doutrina conhecemos nestes últimos decênios: (...) do marxismo ao liberalismo, até à libertinagem, do coletivismo ao individualismo radical; do ateísmo a um vago misticismo religioso, do agnosticismo ao sincretismo e por aí adiante. (...). Enquanto o relativismo, isto é, deixar-se levar “aqui e além por qualquer vento de doutrina”, aparece como a única atitude à altura dos tempos hodiernos."1
João Paulo II, além disso, não hesitou em fazer um paralelo entre a “noite escura” de São João da Cruz e as trevas do nosso tempo, que, como uma espécie de noite coletiva, desceram cada vez mais sobre a humanidade, sobretudo no Ocidente.2
Constatava, com preocupação, que os valores cristãos estão perdendo sempre mais a sua incidência.
Depois, nos dias de hoje, o aumento das descobertas científicas e tecnológicas, veloz e sem limites, é tamanho que a ética já não consegue acompanhar o passo, abrindo-se assim uma fenda entre bom senso e sabedoria, entre cérebro e coração, como no caso da invenção da bomba atômica ou das manipulações genéticas, de modo que a humanidade corre o risco de perder o seu controle.
Por isso, persiste a dolorosa verdade expressa no lamento da filósofa Maria Zambrano: estamos vivendo "uma das noites mais escuras que jamais vimos".3
É assim o mundo que se apresenta a nós hoje. 
Mas o Espírito, exatamente nesta época, foi generoso, irrompendo na família humana com vários carismas, dos quais nasceram movimentos, correntes espirituais, novas comunidades, novas obras.
É claro para todos que são necessárias ideias fortes, um ideal que abra um caminho para dar uma resposta às numerosas e angustiadas perguntas, que indique uma luz a seguir, até poder afirmar com o diácono São Lourenço: «A minha noite não conhece escuridão, mas todas as coisas resplandecem na luz"4.
Na Carta Apostólica Novo Millenio Ineunte, João Paulo II nos anunciou a estrela para este caminho, Jesus crucificado e abandonado: "Nunca terminaremos de indagar o abismo desse mistério (...): “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mc 15,34)'5"
Portanto, Jesus abandonado é proposto por João Paulo II a toda a Igreja, mas não é só ele que o faz. Santos antigos e alguns teólogos modernos já o apresentaram ao povo cristão. E também o nosso Movimento, para o qual Jesus abandonado é um elemento central.
E é exatamente por isso que hoje gostaríamos de propor a todos nós, Jesus que grita forte: «Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?» (Mc 15,34).
É a sua paixão interior, é a sua noite mais tenebrosa, é o vértice dos seus sofrimentos. É o drama de um Deus que grita: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”.
Mistério infinito. Dor abissal, que Jesus experimentou como homem e que revela a medida do Seu amor pelos homens, pois quis tomar sobre Si a separação que os mantinha afastados do Pai e entre eles, anulando-a.
O Movimento é portador de uma experiência riquíssima, com a qual demonstra que os sofrimentos humanos, sobretudo os espirituais, estão resumidos neste sofrimento particular de Jesus.
Não é semelhante a Ele o angustiado, o só, o árido, o decepcionado, o fracassado, o fraco...? Não o espelha cada divisão dolorosa entre irmãos, entre Igrejas, entre porções de humanidade com ideologias contrastantes? Não é imagem de Jesus que perde, por assim dizer, a noção de Deus, que se fez "pecado" por nós – como diz São Paulo (cf. 2 Cor 5, 21) –, o mundo ateizante, laicista, decaído em todo tipo de aberração?
Amando Jesus Abandonado, encontramos o motivo e a força não para fugir destes males, destas divisões, mas para aceitá-los, absorvê-los, contribuindo pessoal e coletivamente para repará-los.
Se conseguirmos encontrá-Lo em cada sofrimento, se O amarmos, dirigindo-nos ao Pai como Jesus na cruz: «Em tuas mãos, Senhor, entrego o meu espírito» (Lc 23,46), então com Ele a noite será um passado, a luz nos iluminará.

Às vezes, pensa-se que o Evangelho traz somente o Reino de Deus entendido num sentido religioso e não resolve os problemas humanos. Mas não é assim.
Certamente não é o Jesus histórico ou como Cabeça do Corpo místico, que resolve os problemas. É Jesus-nós, o Jesus-eu, o Jesus-tu que o faz…
Jesus no homem, naquele determinado homem — quando a sua graça está nele —, é que constrói uma ponte, abre um caminho...
Jesus é a personalidade verdadeira, mais profunda, de cada pessoa.
De fato, cada ser humano (cada cristão) é mais filho de Deus (= outro Jesus) que filho de seu pai. É como outro Cristo, membro do seu Corpo místico, que cada homem dá uma sua contribuição típica em todos os campos: na ciência, na arte, na política, nas comunicações, etc. E a eficácia da sua ação será maior, se trabalhar com outros homens unidos no nome de Cristo.
É a Encarnação que continua, encarnação completa, que diz respeito a todos os Jesus do Corpo místico de Cristo.
O Movimento dos Focolares é uma realidade espiritual que ilumina o mundo ao seu redor por meio dos seus membros, mas também no seu conjunto.
Faz isto através das “inundações” de luz, para usar um termo de João Crisóstomo, grande Padre da Igreja6, com as quais ilumina a cultura de hoje nos seus vários aspectos.
As “inundações” são um produto de um diálogo especial: o diálogo com a cultura, que o Movimento dos Focolares, há algum tempo, vem entabulando entre a sabedoria, que o carisma da unidade oferece, e os diversos âmbitos do saber e da vivência humana, como o da política, da economia, da sociologia, das ciências humanas e naturais, da comunicação, da educação, da filosofia, da arte, da saúde e da ecologia, do direito e outros mais.
“Inundações” que, não é difícil compreender, permanecem como devem ser, somente se forem constantemente animadas, inundadas pela luz que jorra do dom de Deus, sob pena de recair no pensamento e na ação simplesmente humanos.
No âmbito econômico, por exemplo, pelo amor recíproco que difunde entre todos, o nosso carisma suscita de modo espontâneo, entre os que o vivem, uma comunhão mundial de bens que imita aquela vivida entre os primeiros cristãos, sobre os quais se escreveu que “entre eles ninguém passava necessidade” (At 4,34).
É também com esse objetivo, que nasceu o nosso projeto de uma “Economia de Comunhão”, na liberdade, é claro, atuado por cerca de 800 empresas, nas quais um terço dos lucros é destinado aos pobres.
Quando Cristo tomar as rédeas do mundo econômico – e isso acontecerá à medida que se multiplicarem aqueles que, sapientemente, colocam a sua humanidade à sua disposição –, bem se poderá ter esperança de ver florescer a justiça e de assistir ao maciço deslocamento de bens, de que o mundo hoje precisa urgentemente.
Além disso, no campo das comunicações, sempre nos pareceu um sinal da providência de Deus o atual desenvolvimento dos poderosos meios de comunicação social, que favorecem a unidade da família humana.
Mas é evidente que esses meios, por si só, não bastam para unir povos e pessoas.
É preciso que sejam colocados a serviço do bem comum e que todos os que os utilizam sejam animados pelo amor.
E é aqui que o nosso carisma tem muito a dizer, a dar. Ele difunde o amor verdadeiro nos corações, ensina a arte de comunicar, que é a arte do “não ser”, para saber receber (acolher o outro, as notícias, tudo) e também para saber doar (falar, escrever no momento e nos modos mais oportunos), sendo amor.
E tudo isso suscita partilha, participação, comunhão.
Quando vários profissionais da comunicação fizerem emudecer o próprio eu para deixar espaço ao Espírito de Deus, a mídia demonstrará a sua capacidade de 6 São João Crisóstomo diz que os jorros de água viva, de que fala o evangelho, produzem inundações (cf. Jo 4,14). Cf. João Crisóstomo, In Johannem homilia, 51; PG 59,284.

multiplicar o bem ao infinito e os seus agentes desempenharão a sua vocação como instrumentos de unidade a serviço de toda a humanidade.
E ainda o âmbito da política. O carisma da unidade lança luz sobre esse campo como sobre nenhum outro.
Não é, talvez, função da política conseguir compor em unidade, na harmonia de um só desígnio, a multiplicidade, as legítimas aspirações dos diversos componentes da sociedade? E não deveria, talvez, o político, pela sua função de “mediador”, se sobressair na arte do diálogo e da identificação com todos?
A nossa espiritualidade, que é eminentemente coletiva, ensina essa arte que é a arte de amar a ponto de gerar a unidade.
Os políticos que a assumem, qualquer que seja o seu partido, decidem antepor o amor entre eles a qualquer compromisso e interesse pessoal e, por fazerem assim, sabem estabelecer, não sem sacrifício, a presença de Jesus entre eles.
E Jesus, que é luz para o mundo, valoriza todos os aspectos verdadeiros que possam existir nos vários pontos de vista e ilumina, evidencia o bem comum e dá a força para alcançá-lo.
A experiência do nosso “Movimento político pela unidade” testemunha isso, como está acontecendo na Europa e em vários países da América Latina.
Mas o bem que surgirá deste carisma será ainda maior quando muitos políticos tiverem a coragem de colocar as suas pessoas e os poderes que lhe foram conferidos a serviço do objetivo último que é Deus.
Aí sim é que se poderá esperar ver se tornar realidade o amor recíproco vivido entre os povos, que traz a paz e a solução para muitos dos problemas que ainda hoje martirizam a humanidade.
Esses são alguns exemplos que poderiam ser estendidos a outros campos.
Se seguirmos em frente por esses caminhos, poderemos realmente dizer: "A minha noite não conhece escuridão, mas todas as coisas resplandecem na luz".


1 J. Ratzinger, Homilia na Santa Missa pro eligendo romano pontefice, 18.4.2005.
2 Cf João Paulo II, Celebração da Palavra em honra de S. João da Cruz, Segóvia, 04.XI.1982;  
3 MARIA ZAMBRANO, Persona e democrazia, vers. It., Milano 2000, p. 2.
4 SAN LORENZO, diácono romano, morto como mártir em 258: “Mea nox obscurum non habet, sed omnia in luce
clarescunt”.
5 JOÃO PAULO II, Novo Millennio Ineunte, Nr. 25.

08 junho 2017

Positivamente

Pense positivamente!

Nossos pensamentos emitem ondas reais que se irradiam de nosso cérebro, formando uma atmosfera mental que é peculiar a cada pessoa.

De acordo com o tipo de vibração do pensamento, atrairemos a nós todas as ondas semelhantes.

Se você pensar negativamente, atrairá todos os pensamentos negativos, piorando seu estado.

Pense positivamente, para atrair apenas pensamentos positivos de paz e prosperidade.

07 junho 2017

Existe um desígnio de amor

Às comunidades das Filipinas, Coreia, Japão, Austrália, Hong Kong
Manila (Filipinas), 20 de janeiro de 1997 – resp. n.16


"Nas Filipinas, sofremos todos os anos destruições e calamidades naturais uma após a outra. Como podemos reconhecer e amar Jesus Abandonado nestas situações sem nos deixarmos abater pelo desânimo ou pela resignação, assumindo uma atitude Chiara: É uma pergunta que muitos me fazem e é compreensível.
Nós dizemos: "Deus é amor". E eles dizem: "Como podemos acreditar que Deus é amor quando ocorrem tantas desgraças, como aqui nas Filipinas, estes tufões, que vêm e destroem tudo, e às vezes são vinte ou trinta por ano. Como podemos acreditar que Deus é amor quando muita gente morre durante estas catástrofes? Como dizer que Deus é amor, quando as crianças vivem na rua, abandonadas por todos, talvez exploradas?
Como acreditar que Deus é amor?"
Pois bem, a mim é só um princípio sobrenatural que me faz acreditar. Eles dizem, praticamente: "Como você pode dizer que Deus os ama, se são assim tão desgraçados?"
Ora, se havia uma pessoa que Deus amava real, profunda e grandemente, mais do que todos, era o seu Filho, Jesus. No entanto permitiu que fosse pregado na cruz, sofresse a paixão e a morte. E isso por quê? Porque havia um plano de Deus sobre Jesus. Ele devia sofrer para salvar todo o gênero humano. Devia sofrer na terra, ressuscitar e depois chegar à glória no paraíso. Portanto existe um plano de Deus. Deus permite por vezes as desgraças porque delas extrai um bem. Assim como houve um desígnio de Deus sobre Jesus, assim existe um desígnio de Deus sobre cada um de nós.
Quando surge uma desgraça, devemos dizer: "Eu agora não entendo, porém existirá um por quê", um motivo de amor, e veremos isso mais tarde, talvez na outra vida. Por outro lado nós somos cristãos, devemos acreditar nesta vida e também na outra; não é que podemos prescindir da outra vida e só pensar nesta.
Por conseguinte, existe um plano de amor também para todas estas crianças, também para todas as pessoas; existe um desígnio de amor. Conhecerão na outra vida, se não o conhecem nesta, o prêmio daquilo que sofreram.

05 junho 2017

Levante todos aqueles caídos em seu redor

"Levante todos aqueles que estiverem caídos em seu redor. Você não sabe onde seus pés tropeçarão".

Estas palavras de André Luís nos alertam quanto ao dever de ajudar a todos os que caem, não só física, como moralmente.

Não critique quem cair.

Ajude-o a erguer-se, tal como você gostaria que fizessem com você, se estivesse no mesmo caso.

A minha noite não conhece escuridão

Aos focolarinos do IV curso de Loppiano
Rocca di Papa, 10 de junho de 1976 – resp. n.6


Como sinto muitas vezes dentro de mim uma grande dor por esta humanidade tão desorientada e sem luz, chego a imaginar o quanto você deve sofrer, Chiara.
Pode nos dizer alguma coisa?

Vejam, realmente vocês têm razão. Eu sinto, como senti dias atrás, uma grande dor, agora não me lembro exatamente por qual motivo, porque todos os dias vemos todos esses massacres, todas estas coisas, e também a possibilidade de que o comunismo chegue na Itália, o que seria uma tragédia. Não me lembro o que tinha acontecido, mas era algo muito grave, e sentia como uma pedra aqui dentro de mim; não sabia o que fazer, parecia que tudo dependia de mim, de indicar uma direção para a Obra, para fazer alguma coisa, uma nova orientação, algo novo, enfim! que iniciássemos alguma coisa.
Mas estava vivendo a Palavra de Vida, aquela que vocês já sabem: "A minha noite não tem escuridão" e então, com grande esforço, eu disse: "Mas a minha noite não tem escuridão", amei Jesus abandonado, estreitado a mim, consumado em um, assumindo como minha aquela dor e consegui ir para frente e viver.
Mas não é que o que eu fiz teve consequências só em mim, que não sinto mais a dor. Sem dúvida este ato de amor repercute também no mundo, contribui para a comunhão dos santos. 
Por isso, a única coisa a ser feita, quando experimentam tudo isto, é: "A minha noite não tem escuridão", enfim; abraçar imediatamente e dizer: "Eu quero esta minha dor; a dor do mundo, da Igreja, são minhas, eu quero esta dor." Então somos Deus, somos o Amor.
E então, como já disse às focolarinas que estiveram aqui, quando também nos apresentamos... Vejam, todo este carregar-se, carregar-se, preencher-se de Jesus, amado desta maneira, de Jesus abandonado, amado desta maneira durante o dia inteiro, faz crescer, crescer, crescer a presença de Deus dentro, por isso, quando nos apresentamos num encontro, em outro lugar, a uma pessoa, agora entendo porque dizem de certas pessoas: "Assim que eu vi esta pessoa, me resolvi. Ela me disse poucas palavras na cruz e me passou tudo." E eu creio que seja justamente… como dissemos, pela realidade de Jesus no meio, porque a concórdia faz aumentar a caridade e a caridade… faz crescer entre nós a realidade de Deus, com Jesus abandonado cresce na alma a concórdia, o amor a Jesus abandonado, a ponto de sermos ele, faz crescer a realidade de Deus, e então o nosso ser cresce. Nós existimos, mas Deus é. Na nossa existência está presente o Ser, porque a Trindade habita na nossa alma em graça, quando vive em graça.
Esta plenitude de Deus aumenta, por isso diante das pessoas..., talvez nos vejam pelas costas, mas ficam tocadas e não sabemos o motivo, mas isso se verifica, se verifica. Então, podemos pensar - eu posso pensar - que, o fato de acumular esta concórdia com Jesus abandonado, faz crescer a caridade e a realidade de Deus dentro de nós.
Por isso devemos seguir em frente sempre sendo Deus, o Amor, porque Deus é Amor, e também agora Jesus, no Paraíso, é o Amor à direita do Pai: é Jesus triunfante.
Naturalmente ele passou pelo abandono, e nós devemos passar por todos os abandonos da nossa vida, de modo que a nossa noite, aquela noite que chega, não tenha escuridão e brilhe imediatamente o sol para ser o Amor, para ser Deus. Deste modo podemos servir a humanidade.
 […].


04 junho 2017

Harmonia Divina

Toda a natureza é uma harmonia divina, sinfonia maravilhosa que convida todas as criaturas a que acompanhem sua evolução e progresso.

Seja, em sua vida, um instrumento apto a captar as vibrações de paz e serenidade da natureza, e sua saúde encontrará o equilíbrio necessário a prosperar cada vez mais.

Viva de acordo com as leis da natureza, e com o espírito voltado para Deus.

03 junho 2017

O seu modo de pensar

Modifique seu modo de pensar, para que sua saúde se firme e estabeleça.

Pare de queixar-se de doenças!

A doença é aumentada pela nossa emissão mental negativa.

Expulse a enfermidade, confiando em sua cura! Você pode curar-se!

Você está melhorando cada dia mais, sob todos os pontos de vista.

01 junho 2017

Eis-me aqui!

Rocca di Papa, 15 de dezembro de 1983
[…]

Como vocês sabem, nestes dias estamos comemorando o 40° aniversário do
nascimento do Movimento dos Focolares e o nosso pensamento não pode deixar de
retroceder àqueles primeiros dias da nossa nova vida. Neste ano em que todo o
Movimento aprofunda a realidade de Jesus Abandonado como chave da unidade da
alma com Deus, não podemos deixar de lembrar, ainda uma vez, aquele fato bastante
conhecido, quando as primeiras focolarinas, removendo tudo o que possuíam e ficando
apenas com os colchões para dormir, mantiveram fixado na parede, um único objeto:
um quadro com a imagem de Jesus abandonado, para demonstrar-lhe, com este ato, o
seu amor prioritário, ou melhor, exclusivo. E todas as manhãs, rezavam diante Dele:
"Porque foste abandonado...".
Mas o que significavam aquelas três palavras? Exatamente isto: eu vivo porque
Tu foste abandonado e, por causa disso, quero ter, como motivo da minha vida, somente
Tu; com este gesto, quero dedicar-me a amar-Te nas dores, nos irmãos cujos
sofrimentos fazem com que recordemos de Ti, amar-Te naqueles objetivos da Obra que,
naquela época, por estarem germinando, podia-se apenas vislumbrar.
Mas o significado principal não era esse. Com aquela expressão desejava-se
dizer a Jesus: “Porque foste abandonado (e com isso tínhamos sido salvos, sendo, eu
também, morta e ressuscitada contigo), eis-me aqui Jesus, completamente renovada,
como Tu queres, também neste dia; a todo momento eu serei a resposta ao teu por que,
um fruto do teu abandono. Não um fruto qualquer, mas um fruto digno: belo, pleno,
saboroso, dourado. Portanto, não basta para mim o fato de ter recebido a fé, a vida, com
o batismo que tu obtiveste para mim com a tua cruz e o teu abandono, mas quero
corresponder plenamente a estes dons. "Eis-me aqui, Jesus!". Enfim, desejava-se dizer,
desejava-se declarar: "Porque foste abandonado, eis-me aqui!".
Caríssimos, justamente neste mês a Palavra de Vida diz: "Produzi, então, frutos
que provem a vossa conversão" (Mt 3, 8). Frutos que "provem a nossa conversão" são
todos os atos de amor que podem ser feitos ao próximo.
Mas com a oração acima convido também todos vocês a fazerem, por Ele, se
possível, alguma coisa a mais: serem, vocês mesmos, um fruto digno, repetir-lhe toda
manhã, reafirmar-lhe com a vida durante todo o dia: "Porque foste abandonado, eis-me
Atrás daquele quadro – como muitos de vocês sabem – estava escrito: "A minha
vinha está sempre diante de mim", como se estas palavras tivessem sido ditas por Jesus.
Nestes quinze dias esta frase deverá se concretizar perfeitamente: eu, os
setecentos focolarinos, todos nós, as cinquenta mil pessoas, ou mais, de todo o mundo
com as quais estamos ligados, faremos de tudo para estarmos diante Dele como um
fruto digno. Estou certa de que ninguém faltará a este apelo.
Ele nos amou. Nós devemos responder a esse amor.

Pessoas más?

Não existem pessoas realmente más.

Ou são enfermas ou não têm conhecimento da grande lei de que recebemos exatamente aquilo que damos.

Quem é enfermo precisa ser curado.

Quem pratica o mal precisa ser elucidado.

Mas de modo algum podemos agir com ódio e maldade.

Procure ensinar aos outros pelo seu próprio exemplo, compreendendo que a maldade é uma situação transitória do homem.