Como se eu procurasse não aproveitar a vida imediatamente,
mas só a mais profunda, o que me dá dois modos de ser:
em vida, observo muito, sou "ativa" nas observações, tenho o
senso do ridículo, do bom humor, da ironia, e tomo um partido.
Escrevendo, tenho observações "passivas", tão interiores
que "se escrevem" ao mesmo tempo em que são sentidas quase
sem o que se chama de processo. É por isso que no escrever
eu não escolho, não posso me multiplicar em mil,
me sinto fatal a despeito de mim
Nenhum comentário:
Postar um comentário