No Movimento, desde os primórdios tínhamos
entendido que a fidelidade ao amor mútuo, vivido segundo o modelo de Jesus
crucificado e abandonado (eis aí o “como”!), desembocaria na unidade segundo a
vida da Santíssima Trindade.
“Sabe até que ponto nos devemos amar?” — perguntamo-nos um dia, sem que,
até então, tivéssemos conhecido o Testamento de Jesus — “Até nos consumarmos em
um.” Como Deus, que, sendo Amor, é Trino e Uno.
É
exatamente “a lei do Céu” — escrevi eu então — “que Jesus trouxe à terra. É a
vida da Santíssima Trindade que nós devemos procurar imitar, amando-nos entre
nós, com a graça de Deus, como as pessoas da Santíssima Trindade se amam entre
si”.
E o
dinamismo da vida intratrinitária é o mútuo e incondicional dom de si, é a
total e eterna comunhão (“Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu” [Jo
17,10]) entre Pai e Filho no Espírito.
Portanto, percebemos que Deus imprimira no relacionamento entre os
homens uma realidade análoga. “Senti” — escrevíamos ainda — “que fui criada
como um dom para quem me estava próximo e quem me estava próximo foi criado por
Deus como um dom para mim. Como o Pai na Trindade está todo para o Filho e o
Filho está todo para o Pai.” E “a relação entre nós é o Espírito Santo, a mesma
relação que existe entre as Pessoas da Trindade”.
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