Se, a um dado momento, ela fosse pronunciada
pelo Onipotente e os homens a pusessem em prática na suas mais variadas
aplicações, veríamos o mundo de repente parar em sua andança geral, como em uma
brincadeira de filme, e retomar a corrida da vida na direção oposta.
Inúmeras pessoas retrocederiam no caminho
largo da perdição e se converteriam a Deus, entretanto pelo estreito… Veríamos
famílias desmembradas por discórdias, arrefecidas pelas incompreensões, pelo
ódio se recomporem.
As crianças nascerem em um clima de amor
humano e divino, e se forjarem homens novos para um amanhã mais cristão.
As fábricas, ajuntamentos muitas vezes de
"escravos" do trabalho, em um clima de tédio, senão de blasfêmia,
tornarem-se um lugar de paz, onde cada um faz a sua parte para o bem de todos.
As escolas ultrapassarem a breve ciência,
colocando conhecimentos de toda espécie a serviço das contemplações eternas,
aprendidas nos bancos escolares como em um desvendar-se cotidiano de mistérios,
intuídos a partir de pequenas fórmulas, de simples leis, até mesmo dos números…
Os Parlamentos se transformarem em um lugar
de encontro de homens a quem interessa mais o bem de todos do que a parte que
cada um defende, sem enganar irmãos ou pátrias.
Em suma, veríamos o mundo tornar-se melhor e
o Céu descer como por encanto sobre a terra e a harmonia da criação servir de
moldura à concórdia dos corações.
Veríamos… É um sonho! Parece um sonho!
Contudo, Tu não pediste menos quando rezaste
“Seja feita a tua vontade na terra como no Céu”.
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