“A minha vinha, somente minha, está
diante de mim” (cf. Ct 8,12).
Sempre vimos a Obra de Maria como a vinha
de Jesus Abandonado.
E agora me volta à
mente um pensamento.
Após cinqüenta e seis anos de vida do Movimento,
posso contemplar os seus ramos, as suas parras, lançados
em toda a terra, e os cachos suculentos que nutrem continuamente um povo novo.
Lembro-me das palavras que li com as
minhas companheiras, talvez ainda em 1944, na festa de Cristo Rei: “Pede, e eu
te darei as nações
como herança,
os confins da Terra como propriedade” (Sl 2,8).
Pedimos com fé
naquela vez. O Movimento chegou realmente aos últimos confins da Terra. E nesse “povo
novo” estão
representados os povos da Terra inteira.
Em um número tão grande que o auspício
do meu bispo em 1956, de que já falei, “Oxalá
os focolarinos fossem legiões!”, agora é
uma realidade. Ele, que esperava ganhar o Paraíso também por ter apoiado os focolarinos, está
constatando isso lá do Alto.
Qual o meu último desejo agora, e por enquanto?
Quisera que a Obra de Maria, no final dos tempos, quando estiver à
espera de comparecer perante Jesus Abandonado-Ressuscitado, em bloco, pudesse
repetir-lhe — fazendo eco às palavras do teólogo
belga Jacques Leclercq, que sempre me comovem:
No teu dia, meu Deus, caminharei em tua
direção…
Caminharei em tua direção, meu Deus […]
e com o meu sonho mais desvairado: levar para ti o mundo em meus braços.
(apud Mühs,
1998, p. 64) “Pai, que todos sejam um!”
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