25 janeiro 2021

A “hora”

Do Diário

9 de março de 1981

A morte! Chegará, e terei a impressão de que não é a sua hora. “Ainda tenho muito que fazer” – pensarei – “pela Obra, pela minha santificação.” […] Não sou eu que devo dizer a hora, a vontade de Deus é que a estabelece. Deverei adorá-la. Será a hora certa.

Deixarei aqui – mas só por um período de tempo – quem eu amei. Deixarei meus papéis, o trabalho de cada dia, a Igreja que milita na terra, a Obra, quem ainda está ligado a mim por parentesco, as pequenas coisas. Mas entrarei na Vida, onde vive quem espero ter amado mais. Verei Jesus Abandonado, e haverá outro modo ainda de amá-lo; verei a Trindade que amo, Maria. Com Eles, não tenho medo. Devo apenas preparar-me, não adiar demais esse dever, porque não há tempo, poderia ser hoje. A divina vontade!


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