25 julho 2019

Viverei o Ideal que me deste...

8 de fevereiro de 1968

      “‘Crê, mulher, vem a hora em que nem sobre esta montanha, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora – e é agora – em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade, pois tais são os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade’. A mulher lhe disse: ‘Sei que vem um Messias (que se chama Cristo). Quando ele vier, nos anunciará tudo’. Disse-lhe Jesus: ‘Sou eu que falo contigo’” (Jo 4,21-26).
     
      “Deus é espírito.” Que afirmação! Sabíamos disso. Mas ouvi-lo da boca de Jesus é outra coisa.
      Deus, que é espírito, quer o nosso espírito e a nossa adoração em espírito.
      “Sou eu que falo contigo.”
      Aqui permanecemos mudos. Sim, Jesus não fazia acepção de pessoas. O homem, seja lá quem for, é profundamente digno do nosso respeito e da nossa estima. À Samaritana, que teve tantos maridos, e até o atual não era dela, Jesus revelou-se plenamente. Aliás, disse isso tão divinamente bem, com aquela simplicidade que um Deus sabe usar: Sou eu que te falo. Eu em carne e osso. Não um fantasma. Não um distante. Eu, aqui.
      Jesus, quisera eu penetrar em teu coração naquele instante, ver os teus olhos profundos, que observam dentro de ti aquilo que és, experimentar a tua delicadeza tão extraordinariamente bem expressa nesta página do Evangelho quando reconheceste: Nisso disseste a verdade.
      Esse quadro da samaritana é inteiramente dela: água viva que jorra para a vida eterna, penetração completa dos corações por parte de Deus, que tudo sabe. E depois aquele: “Sou eu que falo contigo”.
      Viverei o Ideal que me deste, Jesus, porque te quero bem.

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