21 julho 2019

A síntese do Evangelho

Rocca di Papa, 25 de janeiro de 1975
Por outro lado, lembramos que uma das primeiras páginas que nós, focolarinas ainda muito jovens, lemos foi o Testamento de Jesus (cf. Jo 17). E foi um acontecimento de grande importância.
Ainda está vivo em nossa mente que, à medida que passávamos de Palavra em Palavra, cada uma parecia iluminar-se; era – entendemos agora –como se alguém nos dissesse: Olhe, na escola, na escola de Jesus, você vai ter de aprender muitas coisas, mas a síntese é isto, isso e aquilo; a síntese é: “Santifica-os na verdade…” – as palavras do Testamento – “Que todos sejam um”, “Tereis a plenitude da alegria”, “Sereis um como Eu sou um com o Pai” etc.
E compreendíamos isso com uma compreensão que só podia ter sido iluminada por uma graça especial, porque era impossível: o Testamento de Jesus é a coisa mais difícil. Tendo compreendido isso – como Deus quis e pelo tanto que Deus quis –, foi mais fácil para nós entender o restante do Evangelho.
Muitas vezes damos o seguinte exemplo: imaginem uma planície; essa planície é todo o Evangelho e, no fim dela, está o Testamento de Jesus, que é a síntese do Evangelho. Tendo-se colocado em nosso meio, Jesus ensinou-nos a unidade, portanto, justamente a matéria do Testamento de Jesus; fez-nos penetrar nela, na unidade, entramos na unidade. Tendo entrado na unidade, entendemos, por baixo, as raízes das outras Palavras; por isso, entendemos o resto do Evangelho, porque entramos pela síntese. O terreno foi como que perfurado para nos fazer penetrar e entender o restante do Evangelho por dentro, captando-o na raiz, em seu sentido mais profundo.
E isso foi uma graça enorme!

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