De um escrito de 10 de dezembro de 1949
Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta montanha: transporta-te daqui para lá, e ela se transportará, e nada vos será impossível (Mt 17,20).
Para viver essa Palavra no momento presente, para ser essa Palavra no momento presente, vivo acreditando e agindo de modo que, em mim e à minha volta, seja removida cada montanha e, em seu lugar, viva o Espírito Santo.
Quero ser este milagre vivo: o Espírito Santo encarnado.
Por isso, desapego-me de tudo, momento por momento, inclusive de Deus por Deus, vivendo Jesus Abandonado como objetivo do momento presente.
Jesus Abandonado é a palavra; cada Palavra é Ele.
A fé é o amor. Quem crê ama. Como quem conhece ama.
Ter fé em transportar as montanhas é amar transportá-las. E eu amo transportar, momento por momento, a montanha em mim, para que viva Deus, o Espírito Santo.
Mas – durante o meu dia – quero transportar cada montanha que encontro na alma do irmão ou dos irmãos.
Incinero-as com o amor.
Ou seja, quero aquele peso, aquele abandono, aquela montanha, e acredito (e amo) transportá-la.
É preciso supor que ela não exista, pois quem ama não vê obstáculo.
E a transportarei.
Devo ter no coração apenas uma coisa: amar.
E colocar esse amor na base.
Então, viverei o meu dia inteiro transportando todas as montanhas, incendiando todas as pessoas.
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