22 julho 2019

Compreender Maria

De um discurso de 7 de dezembro de 1972

      Compreendemos que Maria, inserida qual rara e única criatura na Santíssima Trindade, era toda Palavra de Deus, toda revestida da Palavra de Deus (cf. Lc 2,19-51). E se o Verbo, a Palavra, é o esplendor do Pai, Maria, substanciada de Palavra de Deus, era também ela de uma beleza incomparável.
      A originalidade de Maria – embora em sua perfeição ímpar – consistia na mesma em que deveria consistir a de todo cristão: repetir Cristo, a Verdade, a Palavra, com a personalidade que Deus deu a cada um. Como as folhas de uma árvore são todas iguais e, no entanto, cada uma é diferente da outra, assim também acontece com os cristãos – como, aliás, acontece com todos os homens: são todos iguais e, no entanto, todos diferentes. Cada um, de fato, resume em si a Criação inteira. Por isso, cada um, sendo “uma Criação”, é igual aos demais e, ao mesmo tempo, é diferente.

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