08 setembro 2020

De uma resposta às voluntárias e às gen, em seus respectivos congressos internacionais

Castel Gandolfo, 19 de janeiro de 1988

Muitas de nós provêm de uma espiritualidade individual: querem rezar mais etc. O que nos aconselha para dar o salto na “espiritualidade coletiva”?

Será que essa pessoa […] entendeu, captou, que crer em Deus Amor significa lançar-se a amar os outros, convictos de que, amando os outros, a união com Deus dentro de nós se aprofunda, sendo isso, portanto, a verdadeira oração? […]

Nestes dias, e já faz algum tempo, estou lendo santa Catarina de Sena. E ela fala de três tipos de oração: a oração de pedido, e diz que tudo bem, é preciso pedir porque Jesus disse: “Pedi e vos será dado”. Depois diz que existe a oração vocal: por exemplo, aqueles que recitam o ofício, nós que rezamos o terço, as orações da manhã e as orações da noite. […] Mas todas essas orações têm a finalidade de atingir a oração que ela chama de mental, ou seja, a que provém do coração.

Gostaria de assegurar a essa pessoa que, se ela for direto pela estrada do Ideal – que significa: para amar a Deus, [é preciso] amar o próximo, morrer por ele – ela chegará à oração mental, ou seja, a essa união com Deus sentida, de modo que não rezará somente àquela horinha em que quer ir ao santuário fazer talvez uma oração especial, mas rezará o dia inteiro. […]
De qualquer modo, gostaria de dizer a essa pessoa: vá em frente, lance-se, ame o irmão, faça-se um com ele, com todos, ame a cruz, ame Jesus Abandonado, siga em frente. Você vai encontrar em seu coração tal abundância de união com Deus que lhe bastará. Porque mais do que isso não é possível, se já acontece ao longo da jornada, noite e dia.

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