05 setembro 2020

"Amarás o teu próximo como a ti mesmo” [Lv 19,18].

 É um esforço contínuo, porque a nossa natureza ama a si mesma.

Muitas vezes, o noticiário transmite desgraças, terremotos, ciclones que fazem vítimas, feridos, sem teto. Mas, uma coisa é ser um deles, e outra é sermos nós.

E mesmo que a Providência nos ofereça alguma coisa para corrermos em socorro deles, nunca somos nós os prejudicados.

Amanhã pode acontecer o contrário: eu num leito (se me for dado um leito!) de morte e os outros fora, tomando banho de sol, gozando a vida como podem.

Tudo o que Cristo nos ordenou supera a natureza.

Mas também a dádiva que Ele nos fez e que mencionou à samaritana [cf. Jo 4,6-12] é de natureza não humana. De modo que a ligação com a dor do irmão, com a alegria e com as preocupações do outro, é possível porque temos em nós a caridade, que é de natureza divina.

Com esse amor, ou seja, o amor cristão, o irmão pode ser realmente confortado e, no amanhã, eu ser confortado por ele.

Desse modo, é possível viver, pois, do contrário, a vida humana seria bastante dura, difícil; aliás, às vezes pareceria impossível.

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