04 julho 2020

Eram “Jesus”

       Lembro os encontros com os pobres pelas ruas da cidade. Caderneta na mão, tomávamos nota dos endereços deles para poder socorrê-los. O nosso maior tesouro eram os pobres. Eram Jesus: “A mim o fizestes”.

       E, consequentemente, o Espírito Santo nos inundava de luz, porque: “A quem me ama (inclusive nos pobres) me manifestarei” (cf. Jo 14,21). […]

       Mas, por causa do amor dedicado aos pobres, sempre iluminante, eis que o Espírito Santo nos faz entender a necessidade de amar não só os pobres, mas todos: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”, quem quer que ele seja. E eis uma ideia fantástica e uma decisão: transformar a nossa vida diária, em contato com todo tipo de pessoas, em um leque de obras de misericórdia materiais e espirituais, porque também aqui vale: “A mim o fizestes”.

       Quantos fossem os irmãos que passavam ao nosso lado, víamos em cada um Cristo, que pedia ajuda, conforto, conselho, admoestação, instrução, luz, pão, moradia, roupas, orações…

       Vivíamos no momento presente a obra de misericórdia que Deus nos pedia.

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