De uma conferência telefônica
Sierre (Suíça), 25 de agosto de 1994
O primeiro princípio sobre o qual se apoia [a nossa espiritualidade] é, sem dúvida, o Mandamento Novo de Jesus: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (cf. Jo 15,12). […]
Não será nada mau – penso eu – que nos exercitemos um pouco em profundidade nesse primeiro princípio, fundamento de toda a construção.
E o que fazer concretamente?
Eu diria que reavivássemos esse amor entre nós e, para que o nosso agir tenha seriedade e se assinale como que uma nova etapa no caminho da nossa Santa Viagem4, aconselharia a vocês e a mim que nos redeclarássemos esse amor entre nós, […] com todos aqueles com os quais convivemos normalmente, embora de modos diferentes. Fizéssemos como fizeram as primeiras focolarinas quando se declararam: “Estou pronta a morrer por você; eu, por você”, ou seja, todas por qualquer uma, lançando assim os fundamentos da nossa Obra5. E depois, procurar viver coerentemente, com toda a intensidade.
Isso não significa, vocês sabem disso, que, mediante o amor mútuo, a unidade se realiza uma vez para sempre. Ela precisa ser renovada todo dia, mediante propósitos e fatos. […]
É sagrada essa declaração de amor mútuo, é sagrado esse pacto que lhes peço; é solene, mesmo quando feito na simplicidade; e não está isento de dificuldades. De fato, será fácil pronunciá-lo com alguns; com outros, será necessário preparar o terreno. É um ato não isento de sacrifício, porque às vezes será necessário vencer o respeito humano, outras vezes, superar a indolência ou a rotina espiritual em que talvez tenhamos caído. Será necessário praticar a humildade para fazer o amor próprio calar; em resumo, pagar o primeiro preço da passagem de um modo de viver individual para uma espiritualidade coletiva.
Mas, Deus abençoará todo esforço e, se depois formos fiéis ao que dissemos, ele nos dará a alegria de divisar a sua presença, efeito da unidade, aonde quer que nos dirijamos.
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