Rocca di Papa, 26 de maio de 1988
Há uma página do Evangelho que encontra uma ressonância particular em nós e nos aponta o que fazer [para viver como cristãos autênticos]. Jesus diz: “Se observardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor”. “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros” (Jo 15,10.12).
Portanto, tudo está contido no amor mútuo.
Vivendo assim, encontramos o meio de ser Ideal vivo3.
Nessas últimas semanas, esforçamo-nos para amar com as obras.
Mas existe modo e modo de praticar obras.
A grande e, ao mesmo tempo, simples revolução que o nosso Movimento trouxe, e traz, ao mundo é justamente esta: com relação às obras, viver conforme o pensamento de Cristo, e não diferentemente. Eram, e são, muitos aqueles que agem, e agem, num ativismo não inteiramente cristão. Vale para eles a admoestação de Paulo: “Se eu gastasse todos os meus bens no sustento dos pobres […], mas não tivesse amor, de nada me aproveitaria” (1Cor 13,3).
O Senhor nos concedeu a graça de nos impelir sempre a colocar o amor mútuo na base de qualquer outra coisa: “Sobretudo, cultivai o amor mútuo, com todo o ardor” (1Pd 4,8).
“Sobretudo”. É assim que nossa ação adquire valor.
E é para isso que convido todos, nesses próximos quinze dias. Assim como numa fogueira é necessário, de vez em quando, mexer as brasas com um ferro para a cinza não as cobrir, também […] é necessário, de tempos em tempos, dedicar-nos a reavivar o amor mútuo entre nós, reavivar os relacionamentos, para não serem encobertos pela cinza da indiferença, da apatia, do egoísmo. […]
Reavivar os relacionamentos: aproveitar todas as ocasiões do dia para fazer saírem chamas de amor incandescente de nossos corações e dos corações dos irmãos.
Desse modo, veremos todas as expressões do nosso Movimento revitalizarem-se, reavivarem-se, rejuvenescerem-se, e todos nós nos tornarmos mais fervorosos, mais belos, mais nós mesmos, como Deus nos quer.
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