29 outubro 2020

Quem é o amor?

      Um precedente da nossa história.

Não havia ainda o primeiro focolare. Nem eu conhecia ainda a primeira de minhas companheiras. Eu era professora. Um dia, aproximou-se de mim uma pessoa muito atuante, uma dirigente de um grupo de jovens que ela conseguira atrair para a religião com encontros recreativos, músicas, histórias divertidas. Perguntou-me se eu podia fazer uma palestra para eles. Respondi afirmativamente.

      “Sobre o que você vai falar?”, perguntou-me. “Sobre o amor”, disse. “E o que é o amor?”, prosseguiu, curiosa. “Jesus crucificado”, respondi.

      Talvez tenha sido essa a primeira vez em que falei d’Ele, em minha vida de futura focolarina.

      Naquela época, até em ambientes notoriamente fiéis à religião, como aquele de onde todas nós provínhamos, não era comum ouvir-se falar de amor. E muito menos acreditar que o Crucificado, que atrai todos a si, fosse uma arma válida para o apostolado, inclusive neste século.

      Mas — confesso — até hoje não sei quem me pôs nos lábios aquela definição do amor.

      Mais tarde entendi: Jesus crucificado — é o que também diz são Paulo — “se entregou por nós” (Ef 5,2), “se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2,20).

Nenhum comentário: