19 junho 2020

Sempre fora de nós, no irmão: um caminho de santificação

A carta abaixo, inédita, conhecida como “o pacto dos quarenta dias”, da qual citamos apenas um trecho, ilustra de modo exemplar a novidade da espiritualidade que o Espírito Santo inspirou a Chiara: não parar nunca nas imperfeições e nos pecados veniais é identificado com a frase “viver fora de si mesmo”, viver o irmão.

Roma, 24 de junho de 1950
C
aríssimos Focolarinos Hoje é a festa de são João Batista, ou seja, a festa de padre Tomasi, o nosso caríssimo Pai, e nós, Focolarinos e Focolarinas romanas fomos à sua Missa.

       No caminho, passamos em frente à igreja de Nossa Senhora do Divino Amor e, em unidade perfeita, fizemos o pacto de estarmos sempre fora de nós mesmos, ou seja, no amor puro. Portanto, sempre na Vida, porque, não vivendo nós, vivemos o irmão e, quando estamos sozinhos, vivemos Jesus em nós: com Jesus em nós. Lembramos que um Santo disse que uma pessoa progride mais no caminho de Deus, em quarenta dias, se não para nunca, do que outra, em quarenta anos, mesmo trancada em um convento com todas as ajudas para ser perfeita, se, de vez em quando, se detém “nos vales das imperfeições e dos pecados veniais”. O Santo dizia que, no caminho do espírito, se descansa não descansando, e isso é verdade. Nós também experimentamos isso muitas vezes, porque, uma vez aceso o fogo, é fácil mantê-lo, mas, apagado, é difícil reacendê-lo. Por isso, começamos a corrida: conhecemos o caminho para chegar ao Pai: o irmão-Jesus-o Pai.

       Prometemos pessoalmente a Jesus estar sempre no amor e, por isso, ligados uns aos outros nesse propósito, fomos formando uma espécie de sistema de “roldanas” espirituais que erguerão o mundo.

     

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