12 junho 2020

Jesus Abandonado nas primeiras cartas

As cartas que circulavam entre as primeiras focolarinas, muitas das quais conservadas até hoje, traduzem a veemência do amor por esse grande ideal, amor completamente desinteressado que o Senhor pusera em nosso coração.Aliás, elas já faziam prever os frutos que Jesus Abandonado, amado e vivenciado, poderiam produzir. Estava escrito numa delas:

No cumprimento da vontade de Deus que se concentra no amor de Deus e do próximo, a ponto de sermos consumados na unidade, encontraremos a cruz em que nos devemos crucificar.
     
Não temamos! Pelo contrário, alegremo-nos! É a nossa meta!
       
Jesus precisa de almas que saibam amar assim: que o escolham, não pela alegria que o fato de segui-lo traz, não pelo Paraíso que nos prepara e pelo prêmio eterno, não para nos sentirmos tranquilos.      
Não. Somente porque a alma sedenta do verdadeiro amor quer consumar-se com a Alma dele, com aquela Alma divina, atormentada até a morte, obrigada a gritar “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?” 
     
Temos uma vida só, e além do mais, breve. Depois, o Paraíso. Depois, sempre com Ele. 
   
Seguiremos o Cordeiro aonde quer que vá! 
     
Não nos cause medo o sofrer. Pelo contrário. 
     
Mas busquemos o sofrer que a vontade de Deus nos oferece; […] aquela vontade de Deus que é amor recíproco: o Mandamento Novo, a pérola do Evangelho! 
     
Em nome de Jesus, peçamos ao Eterno Pai a graça de que se apresse a hora de sermos todas uma coisa só, um só coração, uma só vontade, um só pensamento. […] 
     
E Deus viverá entre nós: haveremos de senti-lo. Deliciar-nos-emos com a sua presença, e Ele nos dará a sua luz, inflamar-nos-á com o seu amor!

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