De uma conferência telefônica
Rocca di Papa, 22 de fevereiro de 1996
Entre nós, no Movimento, onde já atuamos, ou devemos atuar, o amor que vai e o amor que volta, dediquemo-nos a viver o amor mútuo, mas de modo novo.
Na realidade, algumas sugestões já nos foram dadas a esse respeito por meio do segundo tema sobre a espiritualidade coletiva: devemos viver esse mandamento com o “algo a mais” que a nossa espiritualidade comunitária exige1.
[…] “Algo a mais” porque aquele “como” do Mandamento Novo deve ser interpretado e vivido por nós de modo especial, ou seja, segundo o modelo de Jesus Abandonado. Aquele “como” que, se vivido assim, gera a unidade.
Em Jesus Abandonado, aquele “como” significa não apenas a prontidão – se nos for solicitada – em dar a vida um pelo outro, mas o total morrer diário diante dos irmãos, em um despojamento exterior e interior, das coisas materiais às espirituais.
Entre as espirituais, ele engloba inclusive o desapego do nosso pensamento. “A altíssima pobreza de mente”, diria são Francisco.
Desapego que possibilita entender o pensamento do irmão até o fim e exige a doação de nosso pensamento ao irmão com generosidade e delicadeza.
Desapego que gera a unidade de pensamento.
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