26 outubro 2019

Amou-nos

Loppiano, 18 de abril de 2000

      O pacto do amor mútuo foi o que fizemos quando entendemos que o mandamento de Jesus era o que Jesus mais desejava, e então nos lançamos: “E eu estou pronta a morrer por você”; “Eu estou pronta a morrer por você”.
      Depois, com o tempo, entendemos que existia prontidão neste sentido: que, se por acaso fôssemos chamadas por Deus a morrer mesmo, morreríamos; enquanto isso, dividíamos as coisas entre nós. Ultimamente, entendemos ainda mais profundamente que, na realidade, diante do irmão, é preciso morrer de fato, não com o sangue, mas com a alma, o que significa perder tudo, tudo, tudo, para inserir-se nele, para entendê-lo, para abraçar as suas dores, os seus pesares, os seus… e vice-versa. O amor mútuo é: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Amou-nos até o abandono, portanto, também nós: vivermos Jesus Abandonado, sermos nada para entrarmos no outro.

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