23 outubro 2019

O dia do Amor

De uma conferência telefônica
      O dia 12 de abril daquele ano era uma Quinta-Feira Santa. Chiara celebrava esse dia como “o dia do amor”.
     
      Rocca di Papa, 12 de abril de 1990

      Este é o dia do amor, porque é tudo amor o que neste dia se comemora.
      Amor, o sacerdócio ministerial. […]
      Amor, a Eucaristia, na qual Jesus se deu inteiramente a nós.
      Amor, a unidade, efeito do amor, que Ele num dia como hoje suplicou ao Pai.
      Amor, o seu “Mandamento Novo”, que nos deixou.
      E é sobre o Mandamento Novo de Jesus que gostaria de me deter.
      Nós o propusemos no Genfest6 como uma grande oportunidade para se chegar a um mundo unido. E todos, uns mais, outros menos, vão agora se esforçar para colocá-lo em prática.
E nós, que estamos no coração da Obra, os seus mais íntimos, o que fazermos?
      Minha proposta é esta.
      Hoje começa o tríduo pascal. São três dias solenes.
      Pois bem, em um desses dias, devemos encontrar um momento solene em que renovaremos entre nós […] onde for possível, aquele pacto que as primeiras focolarinas fizeram quando declararam umas às outras: “Eu estou pronta a morrer por você, eu por você, eu por você…”.
      É verdade que até essa pequena, grande coisa, nem sempre é de todo fácil: mesmo nas estruturas fundamentais de nossa Obra, o respeito humano pode ter-se infiltrado. Talvez para alguns seja mais fácil tomar essas decisões diretamente com Deus. Mas a nossa espiritualidade é coletiva e não podemos traí-la.
      O pacto de outrora foi o marco histórico do Movimento. Ali, Jesus se pôs em nosso meio. Portanto, encontremos o modo de renová-lo. Depois, esforcemo-nos para viver de acordo.
      O nível sobrenatural vai aumentar em toda a Obra, e nos tornaremos de modo melhor – como devemos ser – os primeiros operários de um mundo unido.
      O Ressuscitado será mais resplandecente entre nós, com o seu Espírito, como requer a festa de Páscoa, que nos preparamos para festejar. Sem esquecer que o dia de amanhã, Sexta-Feira Santa, lembra Jesus Abandonado, a chave divina que torna realmente possível estarmos prontos a morrer um pelo outro.

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