23 março 2018

Não conheço senão Cristo

Não conheço senão Cristo, e Cristo crucificado”

Tenho um só Esposo na terra: Jesus Abandonado. Não tenho outro Deus além Dele. Nele está todo o Paraíso com a Trindade e toda a terra com a Humanidade. Por isso, o seu é meu e nada mais. Sua é a Dor universal e, portanto, minha. Irei pelo mundo à sua procura em cada instante da minha vida. O que me faz sofrer é meu. Minha, a dor que me perpassa no presente. Minha, a dor de quem está ao meu lado (ela é o meu Jesus). Meu, tudo aquilo que não é paz, gáudio, belo, amável, sereno… Numa palavra: aquilo que não é Paraíso. Pois eu também tenho o meu Paraíso, mas Ele está no coração do meu Esposo. Outros Paraísos não conheço. Assim será pelos anos que me restam: sedenta de dores, de angústias, de desesperos, de melancolias, de desapegos, de exílio, de abandonos, de dilacerações, de… tudo aquilo que é Ele, e Ele é o Pecado, o Inferno. Assim, dessecarei a água da tribulação em muitos corações próximos e — pela comunhão com meu Esposo onipotente — distantes. Passarei como Fogo que devora tudo o que há de ruir e deixa em pé só a Verdade. Mas é preciso ser como Ele, ser Ele no momento presente da vida.

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