A
fé no amor que Deus faculta às suas criaturas, fé típica de nós, cristãos,
descobrimo-la em muitos irmãos e irmãs de outras religiões, a começar pelas
abraâmicas, que afirmam a unidade do gênero humano, o zelo que Deus dispensa a
toda a humanidade e a obrigação de cada criatura humana de agir como o Criador,
com imensa misericórdia por todos.
Reza um provérbio muçulmano: “Deus perdoa cem vezes, mas reserva a sua
suprema misericórdia para aquele cuja piedade poupou a menor de suas
criaturas”3.
Que dizer da compaixão sem limites por todos os seres vivos que Buda
ensinou, aconselhando seus primeiros discípulos: “Ó monges, deveríeis trabalhar
pelo bem-estar de muitos, pela felicidade de muitos, movidos de compaixão pelo
mundo, pelo bem-estar dos homens”?4
Portanto, amar a todos. É um princípio universal. Sentido pelos seres
humanos de qualquer época, e debaixo de qualquer céu.
1 Ou
seja, para a realização do que Jesus pediu ao Pai na última ceia: “ut omnes unum
sint, sicut tu, Pater, in me et ego in te” (“a fim de que todos sejam um. Como
tu, Pai, estás em mim e eu em ti”; Jo 17,21). [N.d.E.]
2 Cf.
1Cor 13,1-13.
3 Cf.
GUZZETTI, G. M. Islam in preghiera. Roma : Elle Di Ci, 1991, p. 136.
4 Mahagga, 19.
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