“A Via Mariae é mais resultado da ação de Maria em
nossa alma ou fruto do nosso próprio esforço?”
Algumas vezes se pensa que somos nós a fazer a ‘Via
Mariae’, isto é, se pensa que é possível dizer: “Agora vou começar a viver este
ponto, ou aquele outro ponto”.
Não é assim . Em cada sua etapa, a ‘Via Mariae’ é um
dom de Deus. É ele, que naquele determinado momento da nossa vida, nos faz
estar em determinada etapa. Naturalmente em proporção à nossa correspondência;
mas é um dom de Deus. Nós não podemos, por exemplo, dizer: “Agora quero viver a
Desolada. O que devo fazer para isso?” Deus nos coloca no estado de ‘Desolada’
e nos faz viver assim. E um dom seu.
Entenderemos logo isso se, por exemplo, pensarmos na
etapa da anunciação. O encontro com o Ideal não foi um fruto nosso, foi um dom
de Deus. E assim todas as outras etapas.
Comunicar as nossas experiências aos outros é, sem
dúvida, fruto da nossa correspondência, mas fazer ver o fio de ouro que liga a
vida — fato pelo qual a experiência que contamos não são apenas palavras, mas
algo vivo que produz efeito nas pessoas — é um dom de Deus.
Em resumo, é Deus quem nos coloca nesta ou naquela
etapa, não somos nós, não podemos fazê-lo.
Aquilo que devemos fazer é viver o Ideal. De fato,
mediante esta espiritualidade subimos de degrau em degrau através das etapas da
‘Via Mariae’. Portanto, vivemos a espiritualidade e não tanto a ‘Via Mariae’: é
Deus quem nos coloca naquela determinada etapa, pouco a pouco, à medida em que
vivemos o Ideal.
E quanto mais intensamente o vivermos, mais
rapidamente estaremos nas etapas seguintes.
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