"Eu daria tudo que tivesse pra voltar aos dias de criança. Eu não sei pra que a gente cresce se não sai da gente essa lembrança..." (Ataulpho Alves)
05 abril 2019
A cruz de cada dia
04 abril 2019
Reflexo
NÃO se esqueça de que somos o reflexo daquilo que pensamos.
0 pensamento plasma nossa vida de amanhã.
Aproveite, portanto, o momento que passa, a fim de construir um amanhã risonho.
Plante em torno de você as se mentes de otimismo e bondade, para que possa colher amanhã os frutos do amor e da felicidade.
Se somos escravos do ontem, somos donos de nosso amanhã.
03 abril 2019
A primeira qualidade do amor
02 abril 2019
A pérola
Nos dias de hoje, “a santidade deve sair dos conventos, marcar presença nas casas, nas escolas, nas ruas, nos escritórios, nos Parlamentos…”2, porque hoje, mais do que outrora, tomamos consciência de que também os leigos são chamados à santidade.
Então, sem estarem isolados, sem estarem protegidos por muros, sem disporem de todas aquelas precauções que a vida espiritual exigia antigamente, como poderão esses leigos encontrar a união com Deus estando no meio do mundo?
Eles, que, além de não terem coisa alguma que os proteja, estão sempre rodeados por outros homens e mulheres que, no passado, preferia-se manter afastados.
Mas eis que uma espécie de pérola começa a luzir.
O Espírito Santo, iluminando-nos com um seu carisma, nos sugeriu: justamente o irmão, a irmã, precisamente eles, que outrora podiam ser vistos como empecilhos, podem se tornar até mesmo nosso caminho para chegar a Deus, podem ser uma abertura, uma porta, uma estrada, uma passagem que leva a Ele.
Com uma condição, naturalmente: que não sejam eles a exercer influência sobre nós, com seu comportamento muitas vezes apenas humano, mas sejamos nós a influenciá-los com o nosso comportamento sobrenatural. Como? Já sabemos: amando-os. Amando-os um por um, durante o dia, o dia inteiro. Amando-os com aquela arte de amar, que é divina, por ser possível somente com o amor que o Espírito Santo infundiu em nosso coração.
E todos bem sabemos as exigências desse amor.
O que acontecerá se agirmos assim?
Acontecerá que à noite, por exemplo, durante a oração, e também durante o dia, quando, por um instante, pudermos recolher-nos sozinhos com Deus, sentiremos a sua presença.
Ele veio até nós, porque nós fomos até Ele nos irmãos.
Concretiza-se, então, aquela união experimentada que muitos de nós conhecem, mas ainda não sabem definir, nem classificar, talvez por ser nova, sensível aos sentidos da alma, que inunda o coração de amor.
E assim, com Ele presente, podemos rever cada afazer nosso.
Daí resulta, entre outras coisas, que, se logramos isso por intermédio do irmão que foi amado, ele não é apenas um beneficiado nosso, mas um nosso benfeitor, pois nos proporcionou aquilo que esperávamos de melhor.
Acontecerá, então, que, no contato com ele, sentiremos reconhecimento, o que nos porá em posição de humildade, virtude que, além do mais, muito serve ao amor.
31 março 2019
Cada relacionamento seja caridade
É preciso traduzir em caridade, transformar em caridade, os diversos contatos que mantemos com o próximo durante o dia. Do momento em que nos levantamos de manhã, até à noite quando vamos dormir, cada relacionamento com os outros deve ser caridade. Na igreja, em casa, no escritório, na escola, na rua, devemos encontrar as várias ocasiões para viver a caridade. É nossa tarefa ensinar, instruir, governar, dar de comer, vestir, acudir os familiares, servir os clientes, despachar? Devemos fazer tudo isso por Jesus nos irmãos, sem descuidar de ninguém, aliás, sendo os primeiros a amar a todos. É uma ginástica, ao longo do dia, mas vale a pena, porque, assim, progredimos no amor de Deus.
Terra
Ela lhe dá o ar para respirar, desde que nasceu, a água para saciar a sede, o alimento para sustentá-lo, a residência para protegê-lo, e você, que é que dá em retribuição?
Está contribuindo para a prosperidade da terra que o recebe de braços abertos permitindo-lhe a evolução e o aprendizado?
Não se esqueça de que a terra espera pelo seu auxílio!
30 março 2019
QUANDO ALGUÉM PASSA AO NOSSO LADO
29 março 2019
A pátria
A pátria é a reunião de todos nós.
No entanto, evite buscar apenas vantagens pessoais, pois aquilo que você retirar a mais para você estará prejudicando a outrem, que receberá menos.
Qualquer função é útil à comunidade, e o bem da coletividade se distribui a todos os cidadãos.
Não abuse de seus privilégios.
27 março 2019
O encontro de Igino Giordani com Chiara
Quando encontrei Chiara, o seu único Focolare era composto por apenas sete ou oito moças. Dois rapazes formavam um Focolare masculino. De início, aquilo que me impressionou mais do que qualquer outra coisa, foi constatar que entre as focolarinas não se falava senão de Deus, da Virgem, da Igreja: eram pessoas de casa. Eu via nelas, estreitamente unidas em Cristo, o Corpo místico em ação, o qual se exprimia propagando a alegria de ser Jesus.
(Igino Giordani, Memórias de um cristão ingênuo, Cidade Nova, 2018, p.147)
26 março 2019
Também sofrer
Amamos o próximo vivendo em nós a sua vida, portanto, providenciando aquilo que lhe falta. Pois é, amar o próximo quer dizer isso. Mas não apenas isso. Se olhamos para Jesus, podemos observar que Ele amou o próximo dando-lhe de comer, curando-o, perdoando-o etc. Entretanto, não se limitou a isso. Para amá-lo de modo perfeito e completo, Jesus sofreu e ofereceu sua vida por ele. O comportamento de Jesus nos deve iluminar. Dele devemos deduzir que também para nós o amor ao irmão não se pode limitar a “nos fazermos um” com ele. Devemos acrescentar algo mais. Esse algo mais tem um nome: sofrer! A vida que levamos nesta terra é, sem dúvida, marcada pelas alegrias, por aquelas satisfações profundas que, por exemplo, a propagação do Reino de Deus nos propicia. Mas não podemos negar que nossa vida é também marcada pela dor: doenças, tentações, angústias, tormentos, misérias, incompreensões, imprevistos dolorosos… Que significado têm todas essas manifestações de sofrimento? Por qual motivo Deus-Amor as permite? São feições de Jesus Abandonado a ser abraçado, e o abraçamos 3 , mas muitas vezes não nos perguntamos o porquê de tais sofrimentos. Na realidade, para Deus, que faz tudo cooperar para o bem, cada vez que ficamos aflitos, existe sempre um motivo preciso. Esses sofrimentos são dispostos por sua vontade ou por sua permissão para purificação nossa ou para o bem dos outros, bem como para o renascimento espiritual deles ou para o progresso de sua caminhada para Deus. Sim, tudo tem sempre um porquê!
A palavra gera Cristo
24 março 2019
Martírio branco
O amor mútuo, como Jesus o pede, implica um verdadeiro martírio. De fato, Ele pede que nos amemos a ponto de estarmos prontos a morrer um pelo outro. Isso é martírio, um martírio branco, se assim preferirmos, mas verdadeiro, porque pede a vida. É um martírio diário, ou melhor, um martírio de momento por momento. Talvez, apesar de toda a nossa boa vontade, não o tenhamos vivido exatamente assim. Mas somente desse modo somos verdadeiros cristãos, alcançamos a perfeição, justamente como os mártires. E, com ela, alcançamos a união com Deus, a presença plena de Cristo em nós.
Deus é amor
23 março 2019
Ajude
AJUDE a todos, como deseja ser ajudado.
Se tem empregados, saiba compreender suas dificuldades, quanto você deseja que eles compreendam as suas.
Coloque-se no lugar deles, e trate-os como você gostaria de ser tratado se ocupasse a posição deles.
Seu empregado é um irmão seu, que está iniciando a sua carreira.
Ajude-o o mais que puder e não se arrependerá.
22 março 2019
Viver dentro
21 março 2019
A terra
A terra espera pelo seu auxílio.
Ela lhe dá o ar para respirar, desde que nasceu, a água para dessedentá-lo, o alimento para sustentá-lo, a residência para protegê-lo, e você, que é que dá em retribuição?
Está contribuindo para a prosperidade da terra que o recebe de braços abertos permitindo-lhe a evolução e o aprendizado?
Não se esqueça de que a terra espera pelo seu auxílio!
20 março 2019
Desde a manhã
Podemos amar Jesus também nos familiares que cumprimentamos com um bom-dia, com os quais rezamos, quem sabe, a oração da manhã e tomamos café. Podemos amar Jesus no próximo durante o dia, inclusive atrás da mesa de professor onde ensinamos, ou do balcão da loja ou do guichê do Banco onde trabalhamos… Podemos amar o próximo reconhecendo Jesus nele até em casa, quando passamos o pano de chão ou a vassoura, quando lavamos a louça ou saímos para as compras. Podemos amar Jesus quando escrevemos uma carta, damos um telefonema, participamos de um congresso ou escrevemos um artigo. Podemos amar Jesus no próximo quando rezamos. Sempre dispomos dessa maravilhosa possibilidade e podemos ter certeza de que Ele nos diz a todo momento: “A mim o fizeste”.
19 março 2019
A cruz de cada dia
18 março 2019
A vaidade
17 março 2019
É Jesus!
Cedo ou tarde, “fazer-se um” “conquista”. O que sucede é que também o outro começa a amar, quer “fazer-se um”, tenta e procura “fazer-se um” com todos, também conosco. Acontece, então, que somos dois a “nos fazermos um”, a nos amarmos realmente como Jesus quer. E Ele quer que nos amemos até morrer um pelo outro. Não significa que nos amemos esperando morrer amanhã, depois de amanhã ou no ano que vem. Quer que morramos agora, quer que vivamos mortos, mortos para nós mesmos, porque vivos para o amor. Então, quando duas pessoas se encontram e se amam assim, eis que acontece um fato extraordinário, realmente extraordinário. É como quando dois elementos se combinam e dali surge um terceiro, que não é o somatório de dois elementos, mas é outra coisa. Do mesmo modo, quando duas pessoas se amam dessa maneira, ou seja, tendo a morte como medida do amor, surge um terceiro elemento. Não são mais uma e outra, não é uma mescla de duas pessoas, nem um grupo de duas ou mais pessoas: é Jesus! Jesus! Uma coisa fantástica! “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome (que quer dizer nesse amor, em mim)” — diz Jesus —, “Eu estou ali, no meio deles” o que significa: neles. Dois ou mais que se amam desse modo levam ao mundo, geram no mundo, uma chama: o próprio Jesus.
15 março 2019
O caminho que Deus percorreu
“Para os fracos fiz-me fraco […]. Tornei-me tudo para todos […] a fim de ganhar o maior número possível” (cf. 1Cor 9,22.19). Essa é uma palavra da Escritura que deve ser amada de um modo todo especial. De fato, ela nos lembra o método de quem quer dar a sua contribuição para pôr em prática a prece de Jesus ao Pai: “Que todos sejam um”, ou seja: “fazer-se um” com cada próximo. Sim, esse é o caminho, porque é o mesmo que Deus percorreu para manifestar-nos o seu amor: Ele se fez homem como nós e foi crucificado e abandonado, para colocar-se ao mesmo nível de todos. Fez-se verdadeiramente “fraco com os fracos”.
A manifestação de uma doença pode ser um momento salutar?
A manifestação de uma doença pode ser um momento salutar?[...]
Quando se manifesta uma doença qualquer, somos convidados a acreditar e a dizer que tudo é
amor, amor de Deus, lembrando Santa Teresa do Menino Jesus que, no momento em que teve a primeira
golfada de sangue, não falou de doença, mas disse: «Chegou o Esposo!» […]
Quem sofre está na linha de frente.
No Movimento, temos uma ideia própria do doente, dos doentes.
Em outro diário de abril de 1968, escrevi:
«No trabalho, nos triunfos […] que esta Obra exuberante e florescente exibe, nós, às vezes, somos
tentados a ver, nas pessoas que sofrem, casos marginais que devem ser cuidados, visitados, e,
possivelmente, ajudados para que retornem logo à atividade, como se essa fosse a nossa primeira
obrigação, o centro da nossa vida. No entanto, não é assim. Aquelas pessoas que, entre nós, sofrem, que
jazem doentes, que estão morrendo são as eleitas. Elas estão no centro da hierarquia de amor do
Movimento. São aquelas que mais fazem, que mais realizam».1
Em outro momento, escrevi:
«Devemos considerar os doentes como hóstias vivas que unem seu sofrimento ao de Cristo, dando
assim a melhor contribuição para o desenvolvimento da Obra e da Igreja» (Estatutos Gerais da Obra de
Maria, art. 52).
Também o Papa João XXIII partilhava essa ideia. Ele escreveu a um bispo emérito: «Agora a sua
tarefa mudou (com relação à Igreja): você deve rezar por ela. E isso não é menos importante do que a
ação».
A doença na visão de alguns santos
É bonito e interessante, a esta altura, estabelecer uma relação com alguma regra de vida de
famílias religiosas, para ver como o Espírito Santo é constante ao sugerir aos diversos fundadores normas
semelhantes às nossas.
Na Regra de são Bento, por exemplo, lemos no capítulo 36:
«Antes de tudo e acima de tudo se deve tratar dos enfermos [...]».
Numa das primeiras Regras de São Francisco está escrito:
«E peço ao irmão enfermo que por tudo dê graças ao Criador, e seu próprio desejo seja de ser
assim como Deus quiser, são ou doente; pois todos os que Deus predestinou para a vida eterna, disciplinaos
por estímulos [...], conforme diz o Senhor: "Eu repreendo e corrijo todos os que amo"» (Cap. X).
Portanto, a doença é amor, é tudo amor aquilo que faz sofrer, tanto para são Francisco como para
nós.
As doenças: provações para a provação final
Além disso, no Movimento vemos as doenças, com sia carga de sofrimento, como provações de
Deus para a provação final: a passagem para a Outra vida.
Nos anos sessenta, escrevi:
1 Diário, 11.04.1968
14 março 2019
A "Regra de ouro"
Outra característica do amor — conhecida, reproduzida em todos os livros sagrados e que, se vivida, bastaria ela sozinha para transformar o mundo inteiro numa família — é: amar como a si mesmo, fazer aos outros aquilo que se gostaria fosse feito a si, não fazer aos outros aquilo que não se gostaria fosse feito a si. É a chamada “Regra de Ouro”, tão bem expressa por Gandhi quando afirmou: “Tu e eu somos uma coisa só. Não posso te maltratar, sem me ferir” 1 . O Evangelho a anuncia nestes termos: “Como quereis que os outros vos façam, fazei também a eles” (Lc 6,31). Na tradição muçulmana é conhecida assim: “Nenhum de vós é verdadeiro fiel, se não deseja para o irmão o que deseja para si mesmo” 2 . Desse princípio emana uma norma que, se fosse aplicada, seria, sozinha, o maior propulsor da harmonia entre indivíduos e grupos, no coração das famílias e nos Estado s. Pensar como seria o mundo se a “Regra de Ouro” fosse posta em prática, não apenas entre as pessoas isoladamente, mas também entre os povos, as etnias, os Estados, exprimindo-a , por exemplo, assim: “Amar a pátria dos outros como a sua”…
13 março 2019
O que vale é amar
No amor, o que vale é amar. Assim é nesta terra. O amor — falo do amor sobrenatural, que não exclui o natural — é uma coisa muito simples e muito complexa. Exige a tua parte e conta com a parte do outro. Se tentares viver de amor, verás que, nesta terra, convém que faças a tua parte. A outra, nunca sabes se virá, nem é necessário que venha. Às vezes, ficarás decepcionado, porém jamais perderás a coragem, se te convenceres de que, no amor, o que vale é amar. E amar a Jesus no irmão, a Jesus que sempre a ti retorna , talvez por outros caminhos. Ele deixa a tua alma como aço contra as intempéries do mundo, e a liq uefaz no amor por todos os que te rodeiam, contanto que tenhas presente que, no amor, o que vale é amar.
11 março 2019
Aquilo que plantou
LEMBRE-SE de que colheremos, infalivelmente, aquilo que houvermos semeado.
Se estamos sofrendo, é por que estamos colhendo os frutos amargos das sementeiras errôneas do passado.
Fique alerta quanto ao momento presente! Plante apenas sementes de otimismo e de amor, para colher amanhã os frutos doces da alegria e da felicidade.
Cada um colhe, exatamente, aquilo que plantou.
Por aqueles menos dignos de serem amados
O amor de Deus tomou a iniciativa e nos amou quando éramos tudo, menos dignos de sermos amados (“mortos pelo pecado”).
Essa consideração me faz lembrar o início do nosso Movimento, quando Deus acendeu em nossos corações a “centelha” (conforme expressão de João Paulo II2) do nosso grande Ideal.
Será que, naquela época, na devastação da guerra e no deserto que nos envolvia, teríamos encontrado alguém mais que tomasse a iniciativa de nos amar?
Não. Portanto, éramos nós que, por uma dádiva particular de Deus, acendíamos a chama do amor em muitos corações, com o anseio de fazer que ela se alastrasse em todos. Tampouco olhávamos se os próximos eram dignos de nosso amor, para poder amá-los; mas atraíam-nos, antes, os mais pobres, em quem melhor vislumbrávamos o semblante de Cristo, e os que mais precisavam de sua misericórdia.
10 março 2019
Exemplo
VOCÊ que tem a felicidade de ver seus netinhos, tão lindos, repare que eles têm os olhos fixos em você, tomando-o como exemplo e modelo do que diz e faz. Conte a eles histórias bonitas, de fundo moral, e desperte em suas alminhas o amor à virtude e ao trabalho. Mas, sobretudo, saiba dar lhes a maior lição que terão em sua vida: seu próprio exemplo de trabalho e honradez.
09 março 2019
Gratuidade
No amor humano, geralmente, amamos porque somos amados. Também quando o amor é bonito, amamos no outro algo de nós mesmos. Existe sempre um quê de egoísta no amor humano, ou então, esperamos amar quando o interesse nos leva a amar. Por sua vez, o amor divino, sobrenatural é gratuito, ama primeiro. Portanto, se quisermos deixar viver o “homem novo” 5 em nós, se quisermos deixar acesa em nós a chama do amor sobrenatural, devemos também nós ser os primeiros a amar.