24 março 2019

Deus é amor

Chiara Lubich aos GEN, 1976



(...) Onde Ele aparece de modo mais evidente, tão próximo de nós que quase podemos tocá-lo é na Eucaristia.

Caríssimos Gen, vocês não sabem o que significou Jesus Eucaristia para a geração que lhes precedeu. Gostaria de lhes contar o que aconteceu de modo amplo e completo. Desta vez digo apenas que, ao contrário da 2a. geração, nascida e logo abençoada pela Igreja, a primeira geração teve que percorrer outros caminhos. O Ideal que surgia era muito novo e tinha que passar por um estudo aprofundado por parte da Igreja.

Viver na expectativa, para nós, era coisa de todos os dias. “Estaremos no caminho certo?” O coração nos dizia que sim, mas somente a Igreja poderia confirmar o que sentíamos.

A primeira geração devia fazer penetrar mais profundamente as raízes desta árvore (que é todo o Movimento, incluindo a segunda geração) com aquelas provas que são necessárias para um Obra de Deus.

Quem nos deu coragem para ir adiante? Jesus Eucaristia. Nós pensávamos: ainda não conseguimos ter uma audiência com o Papa, com o vigário de Cristo, mas todos os dias, a todas as horas, podemos ter uma audiência com o próprio Cristo. E indo visitar Jesus, dizíamos:

pensando bem, o Papa é seu vigário, diga-lhe que somos filhos dele, que a nossa Obra quer servir somente a Igreja.

E Jesus atendeu o nosso pedido de maneira impressionante: as aprovações que vieram em seguida, escritas e orais, foram inumeráveis.

Vocês entendem que com Ele somos onipotentes?

Os Gen devem ter o verdadeiro sentido dos valores e devem se apropriar desta ideia: nós temos a possibilidade de tratar de nossas dificuldades todos os dias com Ele, o Onipotente, comunicar-lhe as nossas alegrias, podemos confiar-lhes o Movimento Gen, a Igreja, a unidade dos cristãos, dos povos, os pagãos...

E imagino que também os Gen já pensaram alguma vez: como seria bom ter vivido no tempo de Jesus!

Pois bem, é necessário acreditar no Amor de Deus também aqui e fazendo assim penso que, de certo modo é melhor viver nestes tempos. De fato, a presença de Jesus naquela época era limitada à Palestina, agora se estendeu a todos os pontos da terra.

E depois existe ainda um outro fato que nos faz preferir viver nestes tempos. Deus se fez homem para salvar-nos, mas fazendo-se homem quis até mesmo tomar-se alimento, para que, nutrindo-nos d’Ele, nos tomássemos outros Cristo. Ora, uma coisa é ver Jesus, outra coisa é ser de um certo modo um outro Jesus sobre a terra. E não é isto, como dissemos no início que pretendemos realizar? Não queremos nos realizar como seres divinos?

Eucaristia, portanto, Eucaristia. Dizer Gen e dizer Eucaristia é afirmar duas coisas que se atraem reciprocamente.




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