Trecho de um discurso de Chiara para o congresso “Sementes de comunhão para a humanidade do terceiro milênio”, em junho de 1993
Na sociedade como na família:
(...) É assim que a família se tornará (...) semente de comunhão para a humanidade do terceiro milênio.
Na família, é natural colocar tudo em comum? Eis a semente que pode desenvolver na sociedade uma economia para o homem. Eis a semente de uma “cultura da partilha”, de uma economia de comunhão.
Na família, é espontâneo viver um para o outro, “viver o outro”? Eis a semente de acolhida entre grupos, povos, tradições, raças e civilizações, primeiro passo para a inculturação recíproca.
Na família, a transmissão de valores acontece espontaneamente de geração em geração? Isto pode então servir de incentivo a uma nova valorização da educação na sociedade; e a maneira de corrigir e perdoar na vida de família pode iluminar o modo de conduzir a justiça.
Na família, a vida do outro é tão preciosa como a própria? Eis então a semente da cultura da vida que deve inspirar as leis e as estruturas sociais.
A família cuida da própria casa e reflete nela a própria harmonia? Aí está a semente de uma atenção renovada ao ambiente e à ecologia.
Na família, o estudo tem por objetivo o amadurecimento da pessoa? Esta é a semente que pode dar à pesquisa cultural, científica e tecnológica a capacidade de descobrir gradualmente o misterioso desígnio de Deus para a humanidade e de trabalhar para o bem comum.
Na família, a comunicação é desinteressada e construtiva? Eis a semente de um sistema de comunicação social a serviço do homem que ressalte e difunda o que há de positivo e seja um instrumento de paz e de unidade planetária.
Na família, o amor é o vínculo natural entre os membros? Eis a semente de estruturas e instituições que cooperem para o bem da comunidade e dos indivíduos, até chegar à fraternidade universal, valorizando cada povo. (...)
Deus criou a família como sinal e modelo de toda e qualquer convivência humana. Esta é, portanto, a missão das famílias: manter o amor sempre acesso nos lares, reavivando desse modo aqueles valores que foram doados por Deus à família, para levá-los a toda parte na sociedade, generosamente e sem tréguas. (...)
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