05 maio 2019

O risco da palavra

Para amar, é necessário antes “fazer-se um” com o próximo, em tudo, mas não no pecado. Até aqui, tudo bem. Mas isso não se deve tornar um pretexto para não enfrentarmos o risco da palavra. Devemos estar atentos para não confundir a verdadeira prudência com a falsa, a ponto de ficarmos bloquados num silêncio reprovável. Jesus “fazia-se um” com todos, certamente, transformando a água em vinho, multiplicando os pães, acalmando a tempestade, curando os doentes, ressuscitando os mortos. Mas, ao mesmo tempo, falava. E como falava! Sua Palavra atraía sobre si o amor e também o ódio. Será assim também para nós, mas nem por isso devemos nos calar. Escutemos bem a voz interior que nos guia: teremos possibilidades sempre novas de comunicar nossa dádiva, oportuna e inoportunamente, como são Paulo exorta (cf. 2Tm 4,2).

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