Se sofres, e teu sofrer é tanto que te impede qualquer atividade, lembra-te da missa. Na missa, Jesus, hoje como outrora, não trabalha, não prega: Jesus sacrifica-se por amor. Na vida, podem-se fazer tantas coisas, dizer tantas palavras, mas a voz da dor, talvez surda e desconhecida dos outros, da dor oferecida por amor, é a palavra mais forte, aquela que toca o Céu. Se sofres, imerge a tua dor na sua: dize a tua missa! E, se o mundo não compreende, não te perturbes; basta que te entendam Jesus, Maria, os santos. Vive com eles e deixa correr o teu sangue em benefício da humanidade, como Ele! A missa! Grande demais para ser entendida! A sua, a nossa missa.
"Eu daria tudo que tivesse pra voltar aos dias de criança. Eu não sei pra que a gente cresce se não sai da gente essa lembrança..." (Ataulpho Alves)
31 maio 2019
30 maio 2019
A paz não foi derrotada
29 maio 2019
Vigiai
“Vigiai…” (cf. Lc 12,35). O Evangelho fala em vigiar com os rins cingidos e a lâmpada acesa, e promete ao servo vigilante que o Senhor se cingirá e o servirá, quando chegar. Só o amor vigia. É próprio do amor vigiar. Quando se ama uma pessoa, o coração vigia sempre esperando-a, e cada minuto sem ela passa em sua função, e se transcorre vigiando. Jesus quer o amor; por isso pede vigilância.
Vigia também quem tem medo. De fato, Jesus fala em ladrões…
Vigia-se porque se teme e se teme porque se ama alguém que não se quer perder.
Jesus pede o amor mas, como Ele também ama, suscita até mesmo temor para salvar. Faz como a mãe que promete aos filhos o prêmio ou o castigo, conforme se comportem.
Jesus não pede somente o puro amor que dá sem pensar na recompensa.
Para nos ver salvos, chega a mostrar-nos também a recompensa e o castigo.
28 maio 2019
Eli, Eli, lemá sabactáni
27 maio 2019
Seria de enlouquecer
O frio
O frio gela; mas, quando excessivo, queima e corta. O vinho fortifica; mas, quando demasiado, debilita as forças. O movimento é o que é; mas quando vertiginoso, parece estático.
O Espírito de Deus vivifica; mas quando é muito… inebria. Jesus é o Amor porque é Deus; mas o grande amor por nós levou-o a clamar “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?…” (Mt 27,46), quando Ele se mostra apenas homem.
24 maio 2019
Não passa
“É mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus” (Mt 19,24). O rico que não procede como Jesus quer põe em jogo a eternidade. Mas, somos todos ricos enquanto Jesus não viver em nós em toda a sua plenitude. Até o mendigo que carrega na mochila um naco de pão e pragueja se alguém tocar nela não é menos rico do que os outros. O seu coração está apegado a alguma coisa que não é Deus e se não se fizer pobre, pobre segundo o Evangelho, não passará no Reino dos Céus. O caminho lá para cima é estreito, e por ele só passa o nada. Há quem seja rico de ciência, e essa empáfia impede que ele passe para o Reino e que o Reino passe para ele; por isso, o Espírito da Sabedoria de Deus não tem lugar em sua alma. Há quem seja rico de presunção, de vanglória, de afetos humanos e, enquanto não larga tudo, não é conforme Deus. Tudo se deve extirpar do coração, para nele se colocar Deus e a Criação segundo a ordem de Deus. Há quem seja rico de preocupações e não sabe pô-las no Coração de Deus, vivendo atormentado. Não tem a alegria, a paz, a caridade, que são do Reino dos Céus. Não passa. Há quem seja rico dos próprios pecados, e por eles chora e se tortura, ao invés de deixá-los arder na misericórdia de Deus e olhar para a frente, amando Deus e o próximo, pelo tempo em que não amou.
21 maio 2019
Não a minha, mas a tua
Esforça-te por permanecer na vontade de Deus, e que a sua vontade permaneça em ti.
20 maio 2019
Dê-lhes alegria
Não lance aos outros o veneno que lhe haja penetrado na alma.
Se você tiver tido uma decepção, avise-o de que poderá vir a sofrer, mas conforte sua alma.
O desalento é um veneno.
Não envenene seus amigos!
Dê-lhes alegria, que é o melhor remédio que o céu fornece aos homens, capaz de curar todas as chagas.
19 maio 2019
O AMOR – SÍNTESE DE TODAS AS PALAVRAS (A ARTE DE AMAR)
17 maio 2019
Sermos filhos dos Santos
Chiara Lubich afirmou em várias circunstâncias que é típico da espiritualidade da unidade «aprender
com os santos, sermos seus filhos, para participar dos seus carismas». Aqui ela lê uma poesia da grande
Teresa de Ávila, que, como os santos da época, permaneceu nos seus escritos, continuando a fazer o bem
com palavras que têm perfume de eternidade.
(…)
Existe uma poesia de Santa Teresa d'Ávila, cadenciada por um refrão: "Dize-me o que queres de
mim, dize-me Senhor!" É uma expressão da "indiferença", ou melhor, da entrega total à vontade divina.
Eis algumas estrofes:
"Nasci para Ti, é para Ti o meu coração.
Dize-me o que queres de mim, dize-me Senhor!
[…]
Vida ou morte, triunfo ou até infâmia,
enfermidade ou saúde,
quer me queiras em paz ou em horríveis
penas contínuas e atrozes,
tudo aceita e satisfaz este coração.
Dize-me o que queres de mim, dize-me Senhor!
Dá-me riqueza ou constringe-me à pobreza,
dá-me inferno ou céu,
vida submersa nas mais densas trevas
ou luz plena sem véu;
a tudo me submeto, ó Sumo Amor.
Dize-me o que queres de mim, dize-me Senhor!
A alma, se queres, de alegria inabalável
ou de amargura inunda;
devoção, oração, raptos e êxtases
ou aridez profunda:
no Teu querer o coração encontra a paz.
Dize-me o que queres de mim, dize-me Senhor!
[…]
Nasci para Ti, é para Ti o meu coração.
Dize-me o que queres de mim, dize-me Senhor!"1
1Cf S. TERESA DI GESÙ, Poesie, in Opere, Roma 1958, p. 1523-1525
15 maio 2019
Dá-me todos os que estão sós
Senhor, dá-me todos os que estão sós… Senti em meu coração a paixão que invade o teu, por todo o abandono em que nada o mundo inteiro. Amo todo ser doente e só: até as plantas sem viço me causam dó…, até os animais solitários. Quem consola o seu pranto? Quem tem pena de sua morte lenta? E quem estreita ao próprio coração o coração desesperado? Meu Deus, faze que eu seja no mundo o sacramento tangível do teu Amor, do teu ser Amor: que eu seja os braços teus que estreitam a si e consomem no amor toda a solidão do mundo.
13 maio 2019
Dilatar o coração
Precisamos dilatar o coração segundo a medida do Coração de Jesus. Quanta labuta! Mas é a única necessária. Isso feito, tudo feito. Trata-se de amar a cada um que de nós se achega, como Deus o ama. E, dado que estamos no tempo, amemos ao próximo um por vez, sem guardar no coração resquícios de afeto pelo irmão encontrado um minuto antes. Afinal, é o mesmo Jesus que amamos em todos. Mas, se o resquício fica é porque amamos o irmão de antes por nós mesmos ou por ele… não por Jesus. E aí está o problema. Nossa obra mais importante é manter a castidade de Deus, ou seja, manter no coração o amor, amar como Jesus ama. Portanto, para ser puro não é preciso tolher o coração e nele reprimir o amor. É preciso dilatá-lo segundo a medida do Coração de Jesus e amar a todos. Como basta uma hóstia santa entre os bilhões de hóstias na Terra para nos alimentarmos de Deus, basta um irmão — aquele que a vontade de Deus nos põe ao lado — para comungarmos com a humanidade, que é Jesus místico. E comungar com o irmão é o segundo mandamento, aquele que vem imediatamente após o amor a Deus e como expressão dele.
12 maio 2019
Bela, a mãe!
É tão bela a Mãe, no recolhimento perene em que o Evangelho no-la mostra: “Conservava a lembrança de todos estes fatos em seu coração” (Lc 2,51). Aquele silêncio pleno exerce um fascínio sobre a alma que ama. Como poderia eu viver Maria no seu místico silêncio, quando a nossa vocação é, por vezes, falar para evangelizar, sempre aos quatro ventos, em todos os lugares, ricos e pobres, dos subterrâneos às estradas, às escolas, em todo canto? Maria também falou. E deu Jesus. Ninguém jamais no mundo foi apóstolo maior. Ninguém jamais teve palavra como Maria, que deu à luz o Verbo encarnado. Maria é real e merecidamente Rainha dos Apóstolos. E ela calou-se. Calou-se porque dois não podiam falar. A palavra há de apoiar-se sempre em um silêncio, como uma pintura sobre um fundo. Calou-se porque criatura. Porque o nada não fala. Mas sobre aquele nada, falou Jesus e disse: Ele mesmo. Deus, o Criador e o Tudo, falou por sobre o nada da criatura. Como então viver Maria, como perfumar a minha vida com o seu fascínio? Fazendo calar em mim a criatura e deixando falar nesse silêncio o Espírito do Senhor. Assim vivo Maria e vivo Jesus. Vivo Jesus em Maria. Vivo Jesus vivendo Maria.
11 maio 2019
Até ao amor recíproco
“Fazer-se um”: é isso o amor. “Fazer-se um” com quem quer que encontremos ao longo do nosso dia. “Fazer-se um” até que a pessoa amada desse modo entenda o que é o amor e queira, por seu turno, amar. Assim nasce o amor mútuo, a insígnia dos cristãos ainda hoje válida, como era válida na época dos primeiros seguidores de Cristo. Amor mútuo, que é o mandamento por excelência d e Jesus, a vida da Santíssima Trindade transferida para a terra. Amor mútuo perfeito, radical, porque põe em prática o “como”, que é a medida desse amor: Jesus em seu abandono, que tudo deu de si por nós, inclusive — de algum modo — a sua união com Deus. Amor mútuo que, se for assim vivido, constrói a unidade e gera Jesus em meio aos homens.
10 maio 2019
Modelo de vida
A educação no lar é a base da felicidade de nossos filhos.
Dê toda a sua atenção para a formação do caráter de seus filhos, sobretudo por meio dos exemplos de sua própria vida.
Não discuta jamais com sua esposa. Não dê jamais, um passo errado. Viva de tal forma, que seu filho possa orgulhar-se de você, vendo, em seu exemplo, o modelo que ele deve seguir, para ser um homem de bem.
09 maio 2019
Dinamismo
TENHA dinamismo em sua vida! Não fique aí parado, de braços cruzados.
Não são as ideias bonitas que valem.
São as ações práticas!
Os pés que não caminham criam raízes.
A vida é luta!
Não espere que os necessitados o venham procurar: vá visitá-los em seus tugúrios.
Leve uma palavra de conforto, um sorriso de compreensão, um pensamento de ternura.
07 maio 2019
Também sofrer
Amamos o próximo vivendo em nós a sua vida, portanto, providenciando aquilo que lhe falta. Pois é, amar o próximo quer dizer isso. Mas não apenas isso. Se olhamos para Jesus, podemos observar que Ele amou o próximo dando-lhe de comer, curando-o, perdoando-o etc. Entretanto, não se limitou a isso. Para amá-lo de modo perfeito e completo, Jesus sofreu e ofereceu sua vida por ele. O comportamento de Jesus nos deve iluminar. Dele devemos deduzir que também para nós o amor ao irmão não se pode limitar a “nos fazermos um” com ele. Devemos acrescentar algo mais. Esse algo mais tem um nome: sofrer! A vida que levamos nesta terra é, sem dúvida, marcada pelas alegrias, por aquelas satisfações profundas que, por exemplo, a propagação do Reino de Deus nos propicia. Mas não podemos negar que nossa vida é também marcada pela dor: doenças, tentações, angústias, tormentos, misérias, incompreensões, imprevistos dolorosos… Que significado têm todas essas manifestações de sofrimento? Por qual motivo Deus-Amor as permite? São feições de Jesus Abandonado a ser abraçado, e o abraçamos 3 , mas muitas vezes não nos perguntamos o porquê de tais sofrimentos. Na realidade, para Deus, que faz tudo cooperar para o bem, cada vez que ficamos aflitos, existe sempre um motivo preciso. Esses sofrimentos são dispostos por sua vontade ou por sua permissão para purificação nossa ou para o bem dos outros, bem como para o renascimento espiritual deles ou para o progresso de sua caminhada para Deus. Sim, tudo tem sempre um porquê!
Caminho para a unidade
06 maio 2019
Ouça...
NÃO repita apressadamente aquilo que ouve. Informe-se primeiro da verdade. Se for mentira, procure desmentir. Se for verdade, mesmo assim não o repita. Se não puder chegar à evidência, cale. A caridade consiste em saber calar os defeitos alheios, como você gosta que façam com os seus. Seja prudente: o silêncio é de ouro, quando se cala o erro do próximo.
05 maio 2019
O risco da palavra
Para amar, é necessário antes “fazer-se um” com o próximo, em tudo, mas não no pecado. Até aqui, tudo bem. Mas isso não se deve tornar um pretexto para não enfrentarmos o risco da palavra. Devemos estar atentos para não confundir a verdadeira prudência com a falsa, a ponto de ficarmos bloquados num silêncio reprovável. Jesus “fazia-se um” com todos, certamente, transformando a água em vinho, multiplicando os pães, acalmando a tempestade, curando os doentes, ressuscitando os mortos. Mas, ao mesmo tempo, falava. E como falava! Sua Palavra atraía sobre si o amor e também o ódio. Será assim também para nós, mas nem por isso devemos nos calar. Escutemos bem a voz interior que nos guia: teremos possibilidades sempre novas de comunicar nossa dádiva, oportuna e inoportunamente, como são Paulo exorta (cf. 2Tm 4,2).
04 maio 2019
Obras, obras
“Fazer-se um”, viver o outro, participar totalmente. “Fazer-se um” não apenas com palavras ou com sentimentos. “Fazer-se um” cristãmente significa arregaçar as mangas, significa agir: obras, obras; fazer, fazer. Jesus demonstrou o que é o amor ao curar os doentes , ressuscitar os mortos, lavar os pés dos discípulos. Fatos, fatos: isso é amar.
02 maio 2019
O caminho que Deus percorreu
“Para os fracos fiz-me fraco […]. Tornei-me tudo para todos […] a fim de ganhar o maior número possível” (cf. 1Cor 9,22.19). Essa é uma palavra da Escritura que deve ser amada de um modo todo especial. De fato, ela nos lembra o método de quem quer dar a sua contribuição para pôr em prática a prece de Jesus ao Pai: “Que todos sejam um”, ou seja: “fazer-se um” com cada próximo. Sim, esse é o caminho, porque é o mesmo que Deus percorreu para manifestar-nos o seu amor: Ele se fez homem como nós e foi crucificado e abandonado, para colocar-se ao mesmo nível de todos. Fez-se verdadeiramente “fraco com os fracos”.
Saber calar
NÃO repita apressadamente aquilo que ouve. Informe-se primeiro da verdade.
Se for mentira, procure desmentir.
Se for verdade, mesmo assim não o repita.
Se não puder chegar à evidência, cale.
A caridade consiste em saber calar os defeitos alheios, como você gosta que façam com os seus.
Seja prudente: o silêncio é de ouro, quando se cala o erro do próximo.
01 maio 2019
O amor constrói a igualdade
Se permanecemos indiferentes ou conformados perante as necessidades do nosso próximo, tanto no plano dos bens materiais como no dos bens espirituais, não podemos dizer que amamos o próximo como a nós mesmos. Não podemos dizer que o amamos como Jesus o amou. De fato, entre pessoas que querem inspirar-se no amor ensinado por Jesus, não pode haver lugar para as desigualdades, os desníveis, as marginalizações e os descasos.