"Eu daria tudo que tivesse pra voltar aos dias de criança. Eu não sei pra que a gente cresce se não sai da gente essa lembrança..." (Ataulpho Alves)
31 julho 2016
Tudo, menos o pecado
30 julho 2016
Respirar
29 julho 2016
Morrer para o próprio eu
28 julho 2016
Com a máxima simplicidade
“Deus infunde na alma a sua graça e o seu amor na proporção da vontade e do amor dela” (João da Cruz).
Se assim é, dá-me, Senhor, uma vontade fortíssima e um ardentíssimo amor.
Faz algum tempo, torna à minha alma a tua sugestão: viver o presente com integridade. Durante um período, foi como o ápice da vida espiritual.
Agora retorna e, se és tu que me inspiras isso, por que não devo levá-lo em conta?
Se vivo o presente com integridade, então — foi o que entendi hoje de manhã —, sempre haverá em mim aquele senso do sagrado que deve acompanhar a minha pessoa e que — partindo do meu coração enamorado pelo meu Esposo — deve impregnar todo o meu ser. E tudo será “recolhimento”, exatamente como imaginamos Maria, pois ela, diferentemente, não é mais ela.
Conclusão: um amor sério por Jesus abandonado no presente, ao ouvir o próximo, ao falar com ele, ao trabalhar, ao rezar… tudo com a máxima simplicidade.
(22 de maio de 1972)
26 julho 2016
Seja feita a Tua vontade
Deus, que ama a cada um e a todos com amor infinito, preparou para cada pessoa uma aventura divina, variada e alternada de sagrado e profano, de trágico e nostálgico, de festa e de luto: quadro fantástico que conheceremos melhor do lado de lá, quando os nossos olhos se abrirem na “luz da glória”.
25 julho 2016
Para ti
Não se exalte
24 julho 2016
Rosa
Canção do dia de sempre
Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...
23 julho 2016
Perto do coração selvagem
Viver em sociedade é um desafio porque às vezes ficamos presos a determinadas normas que nos obrigam a seguir regras limitadoras do nosso ser ou do nosso não-ser...
Quero dizer com isso que nós temos, no mínimo, duas personalidades: a objetiva, que todos ao nosso redor conhece; e a subjetiva... Em alguns momentos, esta se mostra tão misteriosa que se perguntarmos - Quem somos? Não saberemos dizer ao certo!!!
Agora de uma coisa eu tenho certeza: sempre devemos ser autênticos, as pessoas precisam nos aceitar pelo que somos e não pelo que parecemos ser... Aqui reside o eterno conflito da aparência x essência. E você... O que pensa disso?
Que desafio, hein?
"... Nunca sofra por não ser uma coisa ou por sê-la..."
21 julho 2016
Soneto CV
Não chame o meu amor de Idolatria
Nem de ídolo realce a quem eu amo,
Pois todo o meu cantar a um só se alia,
E de uma só maneira eu o proclamo.
É hoje e sempre o meu amor galante,
Inalterável, em grande excelência;
Por isso a minha rima é tão constante
A uma só coisa e exclui a diferença.
'Beleza, Bem, Verdade', eis o que exprimo;
'Beleza, Bem, Verdade', todo o acento;
E em tal mudança está tudo o que primo,
Em um, três temas, de amplo movimento.
'Beleza, Bem, Verdade' sós, outrora;
Num mesmo ser vivem juntos agora.
Arrastar pela vaidade
20 julho 2016
Como se fosse a última
19 julho 2016
Alegria e otimismo
18 julho 2016
Elogio da sombra
A velhice (tal é o nome que os outros lhe dão)
pode ser o tempo de nossa felicidade.
O animal morreu ou quase morreu.
Restam o homem e sua alma.
Vivo entre formas luminosas e vagas
que não são ainda a escuridão.
Buenos Aires,
que antes se espalhava em subúrbios
em direção à planície incessante,
voltou a ser La Recoleta, o Retiro,
as imprecisas ruas do Once
e as precárias casas velhas
que ainda chamamos o Sul.
Sempre em minha vida foram demasiadas as coisas;
Demócrito de Abdera arrancou os próprios olhos para pensar;
o tempo foi meu Demócrito.
Esta penumbra é lenta e não dói;
flui por um manso declive
e se parece à eternidade.
Meus amigos não têm rosto,
as mulheres são aquilo que foram há tantos anos,
as esquinas podem ser outras,
não há letras nas páginas dos livros.
Tudo isso deveria atemorizar-me,
mas é um deleite, um retorno.
Das gerações dos textos que há na terra
só terei lido uns poucos,
os que continuo lendo na memória,
lendo e transformando.
Do Sul, do Leste, do Oeste, do Norte
convergem os caminhos que me trouxeram
a meu secreto centro.
Esses caminhos foram ecos e passos,
mulheres, homens, agonias, ressurreições,
dias e noites,
entressonhos e sonhos,
cada ínfimo instante do ontem
e dos ontens do mundo,
a firme espada do dinamarquês e a lua do persa,
os atos dos mortos,
o compartilhado amor, as palavras,
Emerson e a neve e tantas coisas.
Agora posso esquecê-las. Chego a meu centro,
a minha álgebra e minha chave,
a meu espelho.
Breve saberei quem sou.
17 julho 2016
Com coração de mãe
16 julho 2016
A ferida
Dói,
Dilacera a alma,
Dói,
Corrói tudo por dentro,
Como se fossem dez mil facas rasgando tudo,
Dói e sangra,
Por dentro,
Por fora também dói,
Mas ainda dá pra disfarçar,
Mesmo totalmente dolorida e sem forças,
Mesmo derrotada por dentro,
As ferramentas de fora ajudam a pensar,
Que está tudo bem.
Um fogo que se alastra
15 julho 2016
Amor e alegria
14 julho 2016
Por um mundo novo
13 julho 2016
Sem limites
12 julho 2016
Amor recíproco entre os cristãos
11 julho 2016
Tolerância
09 julho 2016
Tua... A vida
A unidade: efeito da Eucaristia
08 julho 2016
Dor e saudade
Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos
Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz