"Eu daria tudo que tivesse pra voltar aos dias de criança. Eu não sei pra que a gente cresce se não sai da gente essa lembrança..." (Ataulpho Alves)
21 maio 2021
Como crescer na união com Deus
20 maio 2021
Maria
Centro Santa Chiara
19 maio 2021
A Desolada: a Santa por excelência
18 maio 2021
Entrevista com Chiara - José Maria Poirier
Chiara: O fato é este: Jesus, vindo à Terra, redimiu toda a humanidade, todos os homens. Ele constituiu a Igreja. Porém, a sua redenção abraçou todos. Por isso, todos, se tiverem reta intenção, […] teriam a possibilidade de se salvar. Estamos muito conscientes disso. Portanto, nos aproximamos dessas pessoas de outras religiões, sabendo que amanhã poderão ir para o Paraíso e nós, talvez, não.
Chiara: A dor tem um grande sentido, um grande sentido. A cruz é o equilíbrio da humanidade. Se não tivermos a cruz, esvoaçamos como as borboletas que não sabem onde pousar; ao passo que a dor dá sentido à nossa vida. Não só, mas é o caminho direto para ter a união com Deus. Quem sofre, ao se recolher, encontra, em geral, a união com Deus e a união com Deus é a base para poder viver como cristão, para poder viver também como ser humano.
Chiara: Não, não, encontrei coisas que não conhecia, mas simplesmente porque às vezes nós pensamos, […] também nos séculos passados, que já descobrimos [todo] o cristianismo. Na verdade, nós o descobrimos só até certo ponto; nos próximos séculos ele será descoberto num nível ainda mais profundo, ainda mais profundo, ainda mais profundo. Certas pessoas, em certas religiões chegaram… simplesmente com a religião delas, mas também com a ajuda do Espírito Santo, chegaram a profundidades, em certos particulares, que nós ainda não atingimos. Um dia descobriremos que são as ‘sementes do Verbo’, isto é, também ali existem princípios da verdade, presenças do Verbo de Deus que nós ainda não descobrimos. Não sei, para dar um exemplo. Estive na Tailândia. Encontrei lá uma tal sabedoria, uma tal ascética, um tal desapego de si mesmos, que é difícil encontrar aqui. Assim.
17 maio 2021
Um instrumento indispensável para a fraternidade
16 maio 2021
Trabalho a dois
15 maio 2021
Não mornos, mas ardorosos
14 maio 2021
Chiara Lubich aos jovens: almejem grandes coisas!
13 maio 2021
Quem Maria é para o Movimento dos Focolares
11 maio 2021
Como se fosse a sua mãe
10 maio 2021
Tornar-se Jesus no nosso século
Se quisermos, nós também tínhamos uma “interpretação”, mas no sentido de que um ator, por exemplo, interpreta um trecho escrito por outro sob a direção de um terceiro.
Cabia a nós o dever de viver o Evangelho hoje, escrito por são Lucas, são Mateus etc., sob a orientação da Santa Madre Igreja, e, aos poucos, tornarmo-nos outros Jesus, no nosso século, no lugar onde Deus nos havia colocado.
E isso, não só pela graça, que existe em quem não comete pecado mortal, mas por uma reevangelização progressiva de nossa vida.
Um homem continua analfabeto até os noventa anos por não conhecer as vinte e seis letras do alfabeto e algumas regras gramaticais.
Um cristão não sabe expressar Jesus se não escuta as Palavras de Deus e as coloca em prática. Era necessário aprender a vivê-las uma a uma.
09 maio 2021
Uma nova visão dos irmãos
“Cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes”6.
Portanto, Jesus queria ser amado na pele dos nossos irmãos e também nos mais pequeninos?
As diversas e, no entanto, sempre iguais considerações humanas sobre o “antipático” ou sobre o “simpático”, sobre o “bonito” ou sobre o “feio”, sobre o “irritante” ou sobre o “afável”, sobre o “idoso” ou sobre o “jovem”, dissolviam-se num único conceito: é Jesus que deve ser amado no irmão; a Ele devemos olhar e a Ele fazer aquilo que gostaríamos que lhe fosse realmente feito.
“Amarás a teu próximo como a ti mesmo” (cf. Mt 22,39).
E para onde iam o egoísmo, a consideração do próprio eu, os apegos às próprias vaidades, se o irmão devia ser amado como a si mesmo? Dissipavam-se na caridade de Deus.
08 maio 2021
O fascínio das palavras do Evangelho
No pequeno círculo entre as pedras dos abrigos e a umidade da rocha, à luz de uma vela, líamos com amor o livro divino, e aquelas palavras saltavam aos olhos da nossa alma com uma luminosidade insólita. Jamais, até então, ele nos parecera tão único e fascinante e jamais, como naquele tempo, nos havia falado de modo tão novo.
Escrito de maneira divinamente escultórica, oferecia ao nosso espírito “Palavras de Vida” reais, que se poderiam traduzir em vida; diante delas, até as melhores palavras lidas nos livros de devoção pareciam aguadas, enquanto as que enchiam os nossos livros de cultura e de filosofia dissipavam-se no vazio. A Palavra de Deus possuía um respiro amplo, com possibilidade de aplicação universal.
Eu, tu, os brancos, os negros, o homem do século I, o do século XXI, a mãe e o deputado, o agricultor e o prisioneiro, a criança e o avô: todo homem que veio ao mundo poderia viver a Palavra de Deus, toda Palavra de Deus. “Se a vossa justiça não for maior do que a dos escribas e dos fariseus não entrareis no reino dos céus” (Mt 5,20) “Perdoa setenta vezes sete…” (Mt 18,22) “Dá a quem te pede…” (Mt 5,42).
07 maio 2021
Testemunhas de uma nova Evangelização
06 maio 2021
A unidade na família
05 maio 2021
O Amor é um só
De uma carta a Lilliana, irmã de Chiara
Lilliana era noiva de Paolo Berlanda, casando-se mais tarde com ele. A unicidade do amor a que Chiara se refere é bem surpreendente, sobretudo por se tratar do amor ao próprio noivo.
30 de janeiro de 1944
Ouça, Lilliana, o grito do meu coração: “Não divida seu coração na terra, não divida o seu Amor!” O Amor é um só, Lillianazinha minha, um só: o Amor por Deus. Mas não me entenda mal: ouça. Há um Ideal na vida que supera todos. Resume-se em três palavras: Amar, fazer amar, reparar! É o meu. Deve ser o seu, se quiser vir comigo! Amar a quem? A Deus. Ele mora no coração de todas as criaturas. Mas, por ser essa a Vontade Dele, você deve vê-lo especialmente em um coração: no coração de Paolo! Lilliana minha: você deve amar Paolo mais do que o ama. […]
Para você, o amor a Deus se manifeste assim: amando Paolo o mais que puder; por ele, renegue o seu egoísmo, a sua vontade de ficar trancada em si mesma, as suas comodidades, todos os seus defeitos. Por ele, aumente a sua paciência, aperfeiçoe as suas capacidades de mãezinha, saiba calar quando alguém errar! […]
Oh! Lillianazinha! Guarde essas palavras, leia-as muitas vezes, até achar que as entendeu totalmente. Oh! Se você as entendesse! Imensamente feliz ficaria meu coração, que a segue com apreensão por temer que você sofra ao pensar que seu amor fique dividido! Não! Não! O Amor é um só! Para você é amar a Deus no Paolo seu. Torne-se digna dele, como se você tivesse de se tornar digna de Deus!
04 maio 2021
Um espirito sobrenatural
De uma carta de abril de 1948 às jovens que entraram para as comunidades dos focolares
A data e a circunstância desta carta foram deduzidas a partir de um texto de Igino Giordani, segundo o qual ela tinha sido escrita para promover um espírito plenamente evangélico na colaboração com outras forças católicas, durante as primeiras eleições livres do Parlamento, na Itália.
Minhas ordens são as seguintes: […]
Que reine francamente em tudo e entre todas: um espírito nitidamente sobrenatural que nos faça reconhecer Jesus em todos, respeitar a todos, não julgar ninguém, não criticar ninguém (é perda de tempo), tornarem-se as últimas para serem as primeiras no Reino dos Céus, servir Jesus em todos.
03 maio 2021
«Não existe pedaço de vida indigno de ser vivido»
02 maio 2021
A presença de Deus na Eucaristia
Rocca di Papa, 9 de julho de 1974
Chiara tem diante de si os jovens (Gen1) do Movimento e deseja transmitir-lhes plenamente, todo o patrimônio de luz e de sabedoria que Deus lhe doou. O assunto deste trecho é a Eucaristia.
(…)
Deus Amor: que riqueza infinita de significado estas palavras contêm! Deus Amor: não um Deus distante, imóvel e inacessível aos homens! Deus Amor que vem ao encontro de cada homem de mil maneiras, basta que ele queira.
Olhemos um pouco ao nosso redor, gen, e observemos juntos a que loucuras de amor chegou o nosso Deus, por amor a nós.
Observemos se no mundo existe algum sinal deste seu amor, se existem vestígios da sua presença.
Busquemo-lo, não somente para constatar uma verdade, não por curiosidade, ainda que boa, mas para nos aproximarmos da sua presença, para nos expormos ao seu sol, para nos deixarmos iluminar pela sua sabedoria e inflamar pelo seu espírito.
Se assim fizermos, o possuiremos cada vez mais e Deus penetrará de tal modo na nossa vida que poderemos transbordá-lo sobre os outros.
Onde Ele aparece de modo mais evidente, tão perto de nós que quase podemos tocá-lo, é na Eucaristia.
Caríssimos gen, vocês não podem imaginar o que foi Jesus Eucaristia para a geração que os precedeu! Gostaria de lhes contar isto em todos os detalhes. O Ideal que estava nascendo era muito novo e tinha que passar por um estudo minucioso da Igreja. Viver na expectativa para nós era o nosso pão de cada dia. “Será que estamos no caminho certo?”. O coração respondia que sim, mas somente a Igreja podia nos confirmar.
A primeira geração tinha que plantar as raízes desta esplêndida árvore (que é todo o Movimento, incluindo a segunda geração) com aquelas provações que são necessárias para uma Obra de Deus.
Quem nos deu a coragem para seguir adiante? Quem nos amparou? Jesus Eucaristia.
Pensávamos: ainda não conseguimos ter uma audiência com o Papa, com o vigário de Cristo; no entanto todos os dias, a todas as horas podemos ter uma audiência com o próprio Cristo. E indo visitar Jesus dizíamos: “Pensando bem, o Papa é o seu vigário, diga-lhe que somos seus filhos, que a nossa Obra quer somente servir a Igreja”.
E Jesus atendeu o nosso pedido de maneira admirável. As aprovações que chegaram depois, escritas e orais, foram inúmeras.
Vocês compreendem, gen, que com Ele somos onipotentes?
Os gen devem ter a noção certa dos valores e assumir esta idéia: nós temos a possibilidade de falar todos os dias com Ele, o Onipotente, sobre as nossas dificuldades; podemos contar-lhe as nossas alegrias; podemos confiar-lhe o Movimento Gen, a Igreja, a unidade dos cristãos, a unidade dos povos…
E acho que de vez em quando também os gen podem pensar: “Como teria sido bom ter vivido no tempo de Jesus”! Pois bem, é preciso acreditar no amor de Deus também neste caso. E fazendo assim, eu diria que de certo modo é melhor viver neste tempo. De fato, a presença de Jesus naquela época era limitada à Palestina; agora ela se estendeu a todos os pontos da terra.
E há mais um motivo que nos faz preferir viver neste tempo. Deus se fez homem para nos salvar, mas tendo-se feito homem, quis até mesmo fazer-se alimento, para que, nutrindo-nos dele nos tornássemos outros Cristo. Ora, uma coisa é ver Jesus, outra coisa é ser de algum modo outro Jesus na terra.
Eucaristia, portanto, Eucaristia. Dizer gen e dizer Eucaristia é afirmar duas coisas que se atraem.
Os Gen são os jovens do Movimento dos Focolare
01 maio 2021
O perdão como base da unidade
O início do ano é uma boa ocasião para recomeçar nos nossos relacionamentos interpessoais. No texto seguinte Chiara Lubich propõe uma estratégia radical: uma anistia completa no nosso coração para deixar que Jesus viva nele e criar células de unidade no mundo.
É isso que quero enfatizar hoje para todos vocês: a unidade. A unidade deve triunfar: a unidade com Deus, a unidade entre todos os homens.
De que forma? Amando a todos com aquele amor de misericórdia que era característico nos primeiros tempos do Movimento, quando decidimos, a cada manhã, e durante o dia inteiro, ver o próximo que encontrávamos na família, na escola, no trabalho, em qualquer lugar; de modo novo, novíssimo, sem recordar, de nenhuma maneira, das suas pequenas imperfeições, dos seus defeitos, cobrindo tudo, tudo com o amor. Amar exatamente como nos sugere a Palavra de Vida deste mês: perdoar setenta vezes sete (cf Mt 18, 22). Aproximarmo-nos de todos com esta anistia completa no nosso coração, com este perdão universal.
Em seguida, fazermo-nos um com eles em tudo, menos no pecado, menos no mal. Por quê? Para obter o resultado maravilhoso a que Paulo, o Apóstolo, aspirava. Ele dizia: “fiz-me servo de todos – fazer-se um com todos – para ganhar a Cristo o maior número possível” (Cf 1 Cor 9, 19). Se nós “nos fizermos um” com o próximo, facilitados por este perdão, poderemos comunicar o nosso Ideal a todos os outros. E quando já tivermos conseguido isso, poderemos estabelecer a presença de Jesus entre nós e eles, a presença de Jesus Ressuscitado, de Jesus, que prometeu estar sempre conosco na sua Igreja e que, de um certo modo, faz-se ver, ouvir, quando está entre nós.
Esta deve ser a nossa principal obra: viver de tal modo que Jesus viva entre nós; Ele que é o conquistador do mundo. Se nós formos um, realmente, muitos serão um e o mundo poderá um dia ver a unidade.
Chiara Lubich
30 abril 2021
Para que reines em meu íntimo
Muitas vezes, por hábito, aflora espontaneamente em nossos lábios: “Meu Deus e meu Tudo”, ou alguma outra oração como esta: “Amo-te com todo o coração”. Mas depois, durante o dia, analisando a nossa alma para ver se o que lhe importa é sobretudo Deus e a sua vontade, notamos que nem sempre é assim.
Frequentemente, gostamos de arrastar um trabalho, ao menos por um pouco, além do tempo devido, em vez de começar o novo; disso fica evidente que amamos aquele encargo, aqueles papéis, aquelas pessoas, aquelas notícias… infelizmente mais do que a Deus!
E aqui constatamos os fracassos de nossa vida consagrada a Deus, medidos exatamente pelo termômetro da “vontade de Deus”. Se ela flutua qual rainha de todas as outras coisas, que também posso e devo amar, então Deus é o rei do meu coração.
Se ela afunda para deixar reinar outra coisa qualquer, ou pessoa ou ideia, Deus permanece em meu coração como um rei destronado pelo meu eu.
Hoje, causou-me grande impressão a frase: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’” (Mt 7,21). Nem… E quantas vezes o nosso amor a Deus é feito de implorações, de palavras… de amor, não ressaltados com igual decisão e força pela vontade de fazer a sua vontade.
Essa sua vontade deve ser uma coisa muito importante, para que o Senhor a afirme nitidamente, sobre uma negação clara de outra atitude da alma.
É que, para Ele, a sua vontade para cada um de nós, em cada momento, é coisa divina, acho; parte, pedrinha necessária de um mosaico, que só contemplaremos em toda a sua completude no “lado de lá”, enquanto que, do lado de cá, por graça sua, é-nos dado vê-lo, de vez em quando, em fragmentos.
Jamais entenderemos o suficiente o que significa estar no momento presente, plenamente, na sua vontade… […]
A ideia para hoje: a sua vontade feita bem, como uma ideia que não me deve abandonar jamais, que impregna até as fibras do meu ser.