MANTENHA-SE calmo e sereno. Confie na Força Cósmica que enche todo o universo, inclusive sua própria pessoa. Focalize sua confiança em Deus que habita dentro de você e dentro de todas as criaturas. Liberte-se do medo, caminhe com segurança e procure ouvir as palavras de orientação, dita das, no mais profundo de seu coração, por Deus que habita dentro de você.
"Eu daria tudo que tivesse pra voltar aos dias de criança. Eu não sei pra que a gente cresce se não sai da gente essa lembrança..." (Ataulpho Alves)
15 junho 2019
11 junho 2019
Otimismo
MANTENHA elevado seu otimismo na vida!
Quem possui o coração cheio de amor, nada teme!
Arrasta todos os vendavais da vida, com um sorriso nos lábios.
Procure amar a todos e a tudo, mesmo aqueles que o fazem sofrer, e você se estará tornando perfeito, como o Pai Celestial, que dá a todos, sem distinção bons e maus, justo e injustos as mesmas oportunidades de salvação.
09 junho 2019
Não queira
Não queira enriquecer à custa de outra pessoa.
Tudo o que é seu, por direito divino, lhe há de chegar às mãos, na hora oportuna: nem mais cedo do que deve, nem com atraso.
Na hora exata, você receberá aquilo que merecer.
Portanto, trabalhe confiante no Pai, pois não cai um fio de cabelo de sua cabeça, sem a permissão d'Ele.
08 junho 2019
Obras que perduram
Fazer bem o que Deus quer no presente e fazer como Deus quer, segundo o seu método, a sua dialética, é, por exemplo, preparar o que deves dizer com toda a ajuda do Espírito Santo que está em ti, e depois colocá-lo à prova no fogo do amor mútuo com os irmãos, para que morra, e se decomponha, e renasça da unidade (e isto requer tanto saber “perder”, quanto humildade); é, enfim, submetê-lo à apreciação da autoridade para que seja podado. Então, aquele discurso permanece e se multiplica, e aquilo que poderia causar algum bem só a uma pessoa e depois se perder, causa e continuará causando o bem a muitos.
Essa atividade no presente traz um senso de plenitude, porque é vida de Jesus que vive em nós.
E se Jesus vive em nós, realiza obras que perduram. Se, por outro lado, não fizeste infelizmente as coisas bem, ou as fizeste pela metade, “perde-as” no Coração de Jesus com a máxima confiança, com a consciência de quem sabe que todo momento da vida é bom para morrermos (e talvez morramos com as coisas feitas de modo imperfeito), mas também com a confiança de quem sabe que o Coração de Cristo só te quer amar com fatos e, por isso, quer preencher as lacunas, esconder dos outros os teus disparates e perdoá-los, pois se assim faria uma mãe, muito mais, portanto, faria aquele Coração!
Então, também aqui a saciedade: tudo está feito, tudo está consumado.
07 junho 2019
A fonte secreta
No congresso da Fundação Suíça para a Família
Lucerna (Suíça), 16 de maio de 1999
Cristo chegou àquele momento passando por uma gama de sofrimentos devastadores: o medo angustiante, a traição e o abandono dos seus, um processo injusto e maquinado, a tortura, a humilhação, a condenação à cruz, pena capital reservada aos escravos e que talvez nós hoje não consigamos avaliar na sua crueldade destruidora da pessoa e da sua memória.
No fim, aquele grito inesperado e que deixa entrever o drama do Homem-Deus, "por que me abandonaste?". É o ápice das suas dores, é a sua paixão interior, é a sua noite mais escura. Ele, que tinha dito: "Eu e o Pai somos uma coisa só" vive a trágica experiência da falta de unidade, da separação de Deus. E isso porque, por amor do homem, tomou sobre si todo o negativo, todo o pecado da humanidade.
Naquele abandono, sinal último e maior do seu amor, Cristo atinge a extrema anulação de si mesmo e reabre aos homens o caminho da unidade com Deus e entre eles. Naquele "por quê?", que ficou para Ele sem resposta, todo grito do homem encontra resposta. Não é semelhante a ele o angustiado, o só, o fracassado, o condenado? Não é uma imagem Dele cada divisão familiar, entre grupos e entre povos?
Não é a figura de Jesus abandonado quem perde, por assim dizer, o sentido de Deus e de seu desígnio sobre a humanidade, ou quem não acredita mais no amor e aceita em seu lugar qualquer substituto? Não existe tragédia humana nem fracasso familiar que não estejam contidos na escuridão do Homem-Deus. Com a morte Ele já pagou tudo; assinou um cheque em branco, capaz de conter a dor e o pecado da humanidade que existiu, que existe e que existirá.
Com essa tremenda experiência, quase como grão de trigo divino que apodrece e morre para nos restituir a vida, ele nos revela inclusive a verdade do maior amor: ser capazes de dar tudo de nós, de nos tornarmos nada pelos outros. Escreve von Balthasar: "O sinal de Deus que anula a si mesmo, fazendo-se homem e morrendo no mais completo abandono, explica porque é que Deus aceitou (...) tudo isso: correspondia à sua natureza manifestar-se como amor incomensurável". 2
Por meio daquele vazio, daquele nada, voltou a jorrar a graça, a vida de Deus ao homem. Cristo refez a unidade entre Deus e a Criação, recompôs o desígnio, fez homens novos e, por conseguinte, famílias também novas.
O grande evento do sofrimento e do abandono do Homem-Deus pode, portanto, tornar-se o ponto de referência e a fonte secreta capaz de transformar a morte em ressurreição, os limites em ocasiões para amar, as crises familiares em etapas de crescimento. Como? Se olharmos com olhos somente humanos o sofrimento, as possibilidades são duas: ou vamos terminar numa análise sem saída, porque a dor e o amor fazem parte do mistério da vida humana; ou então procuramos remover este empecilho incômodo, que é o sofrimento, fugindo para outras direções. Mas se acreditarmos que por trás da trama da existência está Deus com o seu amor e se, fortalecidos por esta fé, percebermos nos pequenos e grandes sofrimentos do dia a dia, nossos e dos outros, um aspecto da dor de Cristo crucificado e abandonado, uma participação na dor que redimiu o mundo, será possível compreendermos o significado e a perspectiva até mesmo das situações mais absurdas.
Diante de qualquer sofrimento, grande ou pequeno, diante das contradições e dos problemas insolúveis, experimentemos penetrar em nós mesmos e olhar de frente o absurdo, a injustiça, a dor inocente, a humilhação, a alienação, o desespero...
Reconheceremos neles um dos tantos semblantes do Homem das Dores. É o encontro com Ele, que de "Pessoa Divina" se tornou indivíduo sem relacionamentos; com Ele, "o Deus do homem contemporâneo", que transforma o nada em ser, a dor em amor. Será o nosso "sim", o nosso gesto de amor e de acolhimento a Ele que começará a despedaçar o nosso individualismo, fazendo-nos "homens novos", capazes de curar e revitalizar, com o amor, as situações mais desesperadoras.
06 junho 2019
Qualquer de vós, que não renunciar
“Qualquer de vós, que não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo” (Lc 14,33).
“Qualquer”. Portanto, as palavras de Jesus são dirigidas a todos os cristãos.
“Tudo”. É o que pede a todos, para serem cristãos.
Não podemos ser apegados nem mesmo à nossa alma (que é uma de nossas posses), mas devemos desapegar-nos de tudo.
E aqui Jesus Abandonado é Mestre universal.
04 junho 2019
Há quem faça as coisa por amor
Há quem faça as coisas “por amor”. Há quem faça as coisas procurando “ser o Amor”. Quem faz as coisas “por amor”, pode fazê-las bem; mas pensando, por exemplo, em prestar um grande serviço a um irmão, digamos doente, pode aborrecê-lo com seu falatório, com seus conselhos, com suas ajudas, com uma caridade pouco sensata e pesada. Ele terá um mérito, mas o outro, um peso. Tudo isso porque é preciso “ser o Amor”. O nosso destino é como o dos astros: se giram, existem, se não giram, inexistem. Nós existimos — entendendo-se que vive em nós não a nossa vida, mas a de Deus — se não cessamos um instante de amar. O amor nos abriga em Deus, e Deus é o Amor. Mas o Amor, que é Deus, é luz, e com a luz vemos se o modo como nos aproximamos e servimos o irmão está em conformidade com o Coração de Deus, está como o irmão gostaria, como ele sonharia se tivesse a seu lado não nós, mas Jesus.
Escutar Maria
02 junho 2019
As palavras de um pai
As palavras de um pai são sempre valiosas, pois é preciso acreditar em quem fala com amor. Mas, se um pai dita as últimas palavras antes de deixar a terra, elas ficam gravadas na alma dos filhos, e valem por todas as outras juntas: são o testamento. O amor paterno é nada diante do amor de um Deus. Também Jesus, o Deus humanado, falou. Também Ele deixou um testamento: “Que sejam um… que todos sejam um” (Jo 17,11.21). Quem orienta a própria vida para a unidade, centrou o coração de Deus. No mundo, somos todos irmãos, mas cada um passa pelo outro ignorando-o. E isso acontece mesmo entre cristãos batizados. A Comunhão dos Santos existe, o Corpo Místico existe. Mas, esse Corpo é como uma rede de galerias escuras. A energia para iluminá-las existe; em muitos é a vida da graça. Mas Jesus não queria só isto quando se dirigiu ao Pai, invocando. Queria um Céu na terra: a unidade de todos com Deus e entre si, isto é, a rede de galerias iluminada; a presença de Jesus em cada relação com os outros, além da sua presença na alma de cada um. Este é o seu testamento, o desejo mais precioso de Deus que por nós deu a vida.
No amor, o que vale é amar
No amor, o que vale é amar. Assim é nesta terra. O amor — falo do amor sobrenatural, que não exclui o natural — é uma coisa muito simples e muito complexa. Exige a tua parte e conta com a parte do outro. Se tentares viver de amor, verás que, nesta terra, convém que faças a tua parte. A outra, nunca sabes se virá, nem é necessário que venha. Às vezes, ficarás decepcionado, porém jamais perderás a coragem, se te convenceres de que, no amor, o que vale é amar. E amar a Jesus no irmão, a Jesus que sempre a ti retorna, talvez por outros caminhos. Ele deixa a tua alma como aço contra as intempéries do mundo, e a liquefaz no amor por todos os que te rodeiam, contanto que tenhas presente que, no amor, o que vale é amar.
31 maio 2019
A sua, a nossa missa
Se sofres, e teu sofrer é tanto que te impede qualquer atividade, lembra-te da missa. Na missa, Jesus, hoje como outrora, não trabalha, não prega: Jesus sacrifica-se por amor. Na vida, podem-se fazer tantas coisas, dizer tantas palavras, mas a voz da dor, talvez surda e desconhecida dos outros, da dor oferecida por amor, é a palavra mais forte, aquela que toca o Céu. Se sofres, imerge a tua dor na sua: dize a tua missa! E, se o mundo não compreende, não te perturbes; basta que te entendam Jesus, Maria, os santos. Vive com eles e deixa correr o teu sangue em benefício da humanidade, como Ele! A missa! Grande demais para ser entendida! A sua, a nossa missa.
30 maio 2019
A paz não foi derrotada
29 maio 2019
Vigiai
“Vigiai…” (cf. Lc 12,35). O Evangelho fala em vigiar com os rins cingidos e a lâmpada acesa, e promete ao servo vigilante que o Senhor se cingirá e o servirá, quando chegar. Só o amor vigia. É próprio do amor vigiar. Quando se ama uma pessoa, o coração vigia sempre esperando-a, e cada minuto sem ela passa em sua função, e se transcorre vigiando. Jesus quer o amor; por isso pede vigilância.
Vigia também quem tem medo. De fato, Jesus fala em ladrões…
Vigia-se porque se teme e se teme porque se ama alguém que não se quer perder.
Jesus pede o amor mas, como Ele também ama, suscita até mesmo temor para salvar. Faz como a mãe que promete aos filhos o prêmio ou o castigo, conforme se comportem.
Jesus não pede somente o puro amor que dá sem pensar na recompensa.
Para nos ver salvos, chega a mostrar-nos também a recompensa e o castigo.
28 maio 2019
Eli, Eli, lemá sabactáni
27 maio 2019
Seria de enlouquecer
O frio
O frio gela; mas, quando excessivo, queima e corta. O vinho fortifica; mas, quando demasiado, debilita as forças. O movimento é o que é; mas quando vertiginoso, parece estático.
O Espírito de Deus vivifica; mas quando é muito… inebria. Jesus é o Amor porque é Deus; mas o grande amor por nós levou-o a clamar “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?…” (Mt 27,46), quando Ele se mostra apenas homem.
24 maio 2019
Não passa
“É mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus” (Mt 19,24). O rico que não procede como Jesus quer põe em jogo a eternidade. Mas, somos todos ricos enquanto Jesus não viver em nós em toda a sua plenitude. Até o mendigo que carrega na mochila um naco de pão e pragueja se alguém tocar nela não é menos rico do que os outros. O seu coração está apegado a alguma coisa que não é Deus e se não se fizer pobre, pobre segundo o Evangelho, não passará no Reino dos Céus. O caminho lá para cima é estreito, e por ele só passa o nada. Há quem seja rico de ciência, e essa empáfia impede que ele passe para o Reino e que o Reino passe para ele; por isso, o Espírito da Sabedoria de Deus não tem lugar em sua alma. Há quem seja rico de presunção, de vanglória, de afetos humanos e, enquanto não larga tudo, não é conforme Deus. Tudo se deve extirpar do coração, para nele se colocar Deus e a Criação segundo a ordem de Deus. Há quem seja rico de preocupações e não sabe pô-las no Coração de Deus, vivendo atormentado. Não tem a alegria, a paz, a caridade, que são do Reino dos Céus. Não passa. Há quem seja rico dos próprios pecados, e por eles chora e se tortura, ao invés de deixá-los arder na misericórdia de Deus e olhar para a frente, amando Deus e o próximo, pelo tempo em que não amou.
21 maio 2019
Não a minha, mas a tua
Esforça-te por permanecer na vontade de Deus, e que a sua vontade permaneça em ti.
20 maio 2019
Dê-lhes alegria
Não lance aos outros o veneno que lhe haja penetrado na alma.
Se você tiver tido uma decepção, avise-o de que poderá vir a sofrer, mas conforte sua alma.
O desalento é um veneno.
Não envenene seus amigos!
Dê-lhes alegria, que é o melhor remédio que o céu fornece aos homens, capaz de curar todas as chagas.
19 maio 2019
O AMOR – SÍNTESE DE TODAS AS PALAVRAS (A ARTE DE AMAR)
17 maio 2019
Sermos filhos dos Santos
Chiara Lubich afirmou em várias circunstâncias que é típico da espiritualidade da unidade «aprender
com os santos, sermos seus filhos, para participar dos seus carismas». Aqui ela lê uma poesia da grande
Teresa de Ávila, que, como os santos da época, permaneceu nos seus escritos, continuando a fazer o bem
com palavras que têm perfume de eternidade.
(…)
Existe uma poesia de Santa Teresa d'Ávila, cadenciada por um refrão: "Dize-me o que queres de
mim, dize-me Senhor!" É uma expressão da "indiferença", ou melhor, da entrega total à vontade divina.
Eis algumas estrofes:
"Nasci para Ti, é para Ti o meu coração.
Dize-me o que queres de mim, dize-me Senhor!
[…]
Vida ou morte, triunfo ou até infâmia,
enfermidade ou saúde,
quer me queiras em paz ou em horríveis
penas contínuas e atrozes,
tudo aceita e satisfaz este coração.
Dize-me o que queres de mim, dize-me Senhor!
Dá-me riqueza ou constringe-me à pobreza,
dá-me inferno ou céu,
vida submersa nas mais densas trevas
ou luz plena sem véu;
a tudo me submeto, ó Sumo Amor.
Dize-me o que queres de mim, dize-me Senhor!
A alma, se queres, de alegria inabalável
ou de amargura inunda;
devoção, oração, raptos e êxtases
ou aridez profunda:
no Teu querer o coração encontra a paz.
Dize-me o que queres de mim, dize-me Senhor!
[…]
Nasci para Ti, é para Ti o meu coração.
Dize-me o que queres de mim, dize-me Senhor!"1
1Cf S. TERESA DI GESÙ, Poesie, in Opere, Roma 1958, p. 1523-1525
15 maio 2019
Dá-me todos os que estão sós
Senhor, dá-me todos os que estão sós… Senti em meu coração a paixão que invade o teu, por todo o abandono em que nada o mundo inteiro. Amo todo ser doente e só: até as plantas sem viço me causam dó…, até os animais solitários. Quem consola o seu pranto? Quem tem pena de sua morte lenta? E quem estreita ao próprio coração o coração desesperado? Meu Deus, faze que eu seja no mundo o sacramento tangível do teu Amor, do teu ser Amor: que eu seja os braços teus que estreitam a si e consomem no amor toda a solidão do mundo.
13 maio 2019
Dilatar o coração
Precisamos dilatar o coração segundo a medida do Coração de Jesus. Quanta labuta! Mas é a única necessária. Isso feito, tudo feito. Trata-se de amar a cada um que de nós se achega, como Deus o ama. E, dado que estamos no tempo, amemos ao próximo um por vez, sem guardar no coração resquícios de afeto pelo irmão encontrado um minuto antes. Afinal, é o mesmo Jesus que amamos em todos. Mas, se o resquício fica é porque amamos o irmão de antes por nós mesmos ou por ele… não por Jesus. E aí está o problema. Nossa obra mais importante é manter a castidade de Deus, ou seja, manter no coração o amor, amar como Jesus ama. Portanto, para ser puro não é preciso tolher o coração e nele reprimir o amor. É preciso dilatá-lo segundo a medida do Coração de Jesus e amar a todos. Como basta uma hóstia santa entre os bilhões de hóstias na Terra para nos alimentarmos de Deus, basta um irmão — aquele que a vontade de Deus nos põe ao lado — para comungarmos com a humanidade, que é Jesus místico. E comungar com o irmão é o segundo mandamento, aquele que vem imediatamente após o amor a Deus e como expressão dele.
12 maio 2019
Bela, a mãe!
É tão bela a Mãe, no recolhimento perene em que o Evangelho no-la mostra: “Conservava a lembrança de todos estes fatos em seu coração” (Lc 2,51). Aquele silêncio pleno exerce um fascínio sobre a alma que ama. Como poderia eu viver Maria no seu místico silêncio, quando a nossa vocação é, por vezes, falar para evangelizar, sempre aos quatro ventos, em todos os lugares, ricos e pobres, dos subterrâneos às estradas, às escolas, em todo canto? Maria também falou. E deu Jesus. Ninguém jamais no mundo foi apóstolo maior. Ninguém jamais teve palavra como Maria, que deu à luz o Verbo encarnado. Maria é real e merecidamente Rainha dos Apóstolos. E ela calou-se. Calou-se porque dois não podiam falar. A palavra há de apoiar-se sempre em um silêncio, como uma pintura sobre um fundo. Calou-se porque criatura. Porque o nada não fala. Mas sobre aquele nada, falou Jesus e disse: Ele mesmo. Deus, o Criador e o Tudo, falou por sobre o nada da criatura. Como então viver Maria, como perfumar a minha vida com o seu fascínio? Fazendo calar em mim a criatura e deixando falar nesse silêncio o Espírito do Senhor. Assim vivo Maria e vivo Jesus. Vivo Jesus em Maria. Vivo Jesus vivendo Maria.
11 maio 2019
Até ao amor recíproco
“Fazer-se um”: é isso o amor. “Fazer-se um” com quem quer que encontremos ao longo do nosso dia. “Fazer-se um” até que a pessoa amada desse modo entenda o que é o amor e queira, por seu turno, amar. Assim nasce o amor mútuo, a insígnia dos cristãos ainda hoje válida, como era válida na época dos primeiros seguidores de Cristo. Amor mútuo, que é o mandamento por excelência d e Jesus, a vida da Santíssima Trindade transferida para a terra. Amor mútuo perfeito, radical, porque põe em prática o “como”, que é a medida desse amor: Jesus em seu abandono, que tudo deu de si por nós, inclusive — de algum modo — a sua união com Deus. Amor mútuo que, se for assim vivido, constrói a unidade e gera Jesus em meio aos homens.
10 maio 2019
Modelo de vida
A educação no lar é a base da felicidade de nossos filhos.
Dê toda a sua atenção para a formação do caráter de seus filhos, sobretudo por meio dos exemplos de sua própria vida.
Não discuta jamais com sua esposa. Não dê jamais, um passo errado. Viva de tal forma, que seu filho possa orgulhar-se de você, vendo, em seu exemplo, o modelo que ele deve seguir, para ser um homem de bem.
09 maio 2019
Dinamismo
TENHA dinamismo em sua vida! Não fique aí parado, de braços cruzados.
Não são as ideias bonitas que valem.
São as ações práticas!
Os pés que não caminham criam raízes.
A vida é luta!
Não espere que os necessitados o venham procurar: vá visitá-los em seus tugúrios.
Leve uma palavra de conforto, um sorriso de compreensão, um pensamento de ternura.
07 maio 2019
Também sofrer
Amamos o próximo vivendo em nós a sua vida, portanto, providenciando aquilo que lhe falta. Pois é, amar o próximo quer dizer isso. Mas não apenas isso. Se olhamos para Jesus, podemos observar que Ele amou o próximo dando-lhe de comer, curando-o, perdoando-o etc. Entretanto, não se limitou a isso. Para amá-lo de modo perfeito e completo, Jesus sofreu e ofereceu sua vida por ele. O comportamento de Jesus nos deve iluminar. Dele devemos deduzir que também para nós o amor ao irmão não se pode limitar a “nos fazermos um” com ele. Devemos acrescentar algo mais. Esse algo mais tem um nome: sofrer! A vida que levamos nesta terra é, sem dúvida, marcada pelas alegrias, por aquelas satisfações profundas que, por exemplo, a propagação do Reino de Deus nos propicia. Mas não podemos negar que nossa vida é também marcada pela dor: doenças, tentações, angústias, tormentos, misérias, incompreensões, imprevistos dolorosos… Que significado têm todas essas manifestações de sofrimento? Por qual motivo Deus-Amor as permite? São feições de Jesus Abandonado a ser abraçado, e o abraçamos 3 , mas muitas vezes não nos perguntamos o porquê de tais sofrimentos. Na realidade, para Deus, que faz tudo cooperar para o bem, cada vez que ficamos aflitos, existe sempre um motivo preciso. Esses sofrimentos são dispostos por sua vontade ou por sua permissão para purificação nossa ou para o bem dos outros, bem como para o renascimento espiritual deles ou para o progresso de sua caminhada para Deus. Sim, tudo tem sempre um porquê!
Caminho para a unidade
06 maio 2019
Ouça...
NÃO repita apressadamente aquilo que ouve. Informe-se primeiro da verdade. Se for mentira, procure desmentir. Se for verdade, mesmo assim não o repita. Se não puder chegar à evidência, cale. A caridade consiste em saber calar os defeitos alheios, como você gosta que façam com os seus. Seja prudente: o silêncio é de ouro, quando se cala o erro do próximo.