Tenho a impressão de que Jesus não esteja muito à vontade em mim,
porque, às vezes, depois das quedas, me desanimo.
Também Jesus na cruz, no abandono, parecia de certa forma desanimado.
Assim, nessa dor, abrace-o.
Qualquer que seja a forma pela qual ela se apresente, por mais terrível que
seja a dor, nós sabemos que Jesus a abraçou, foi crucificado, e no ápice dessa dor
experimentou, inclusive, o abandono da parte de Deus. Ele que era Deus!
Há muitos anos, impulsionadas pelo amor, escolhemos a ele como o ideal da vida,
porque queremos sofrer com ele e como ele.
Mas experimentamos — repitoisso com freqüência, pois é importante — que
Deus, que é só amor, não se deixa vencer em generosidade, e muitas vezes
transforma, por uma alquimia divina, a nossa dor em amor. De fato, se acolhemos
com alegria qualquer dor que se apresenta a nós, para ser como ele, e nos lanç
amos a viver bem à vontade de Deus do momento seguinte a dor dá lugar,
O amor puro — que significa aceitar e alegrar-se com a dor em contato com
a dor verte-a, por assim dizer, em amor; de certo modo a diviniza. Continua de
algum modo então em nós a divinização da dor realizada por Jesus.
Devemos continuar a acolher Jesus com amor em todas as pequenas e
grandes dores que nos permite. É assim que devemos procede se formos atingidos
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