22 maio 2016

O desanimo

Tenho a impressão de que Jesus não esteja muito à vontade em mim, 
porque, às vezes, depois das quedas, me desanimo. 
  Também Jesus na cruz, no abandono, parecia de certa forma desanimado. 
  Assim, nessa dor, abrace-o. 
  Qualquer que seja a forma pela qual ela se apresente, por mais terrível que 
seja a dor, nós sabemos que Jesus a abraçou, foi crucificado, e no ápice dessa dor 
experimentou, inclusive, o abandono da parte de Deus. Ele que era Deus! 
Há muitos anos, impulsionadas pelo amor, escolhemos a ele como o ideal da vida, 
porque queremos sofrer com ele e como ele. 
  Mas experimentamos — repitoisso com freqüência, pois é importante — que 
Deus, que é só amor, não se deixa vencer em generosidade, e muitas vezes 
transforma, por uma alquimia divina, a nossa dor em amor. De fato, se acolhemos 
com alegria qualquer dor que se apresenta a nós, para ser como ele, e nos lanç
amos a viver bem à vontade de Deus do momento seguinte a dor dá lugar, 
 O amor puro — que significa aceitar e alegrar-se com a dor em contato com 
a dor verte-a, por assim dizer, em amor; de certo modo a diviniza. Continua de 
algum modo então em nós a divinização da dor realizada por Jesus. 
 Devemos continuar a acolher Jesus com amor em todas as pequenas e 
grandes dores que nos permite. É assim que devemos procede se formos atingidos 



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