24 maio 2016

Chão de giz

Eu desço dessa solidão 
Espalho coisas sobre um chão de giz 
Há, meros devaneios tolos a me torturar 
Fotografias recortadas em jornais de folhas, amiúde... 

Eu vou te jogar num pano de guardar confetes 
Eu vou te jogar num pano de guardar confetes 

Disparo balas de canhão 
É inútil pois existe um grão-vizir 
Há tantas violetas velhas sem um colibri 
Queria usar, quem sabe, uma camisa de força ou de vênus 
Mas não vou gozar de nós apenas um cigarro 
Nem vou lhe beijar, gastando assim o meu batom 

Agora pego um caminhão, na lona vou a nocaute outra vez 
Pra sempre fui acorrentado no seu calcanhar 

Meus vinte anos de boy, that's over baby! 
Freud explica Não vou me sujar fumando apenas um cigarro 
Nem vou lhe beijar gastando assim o meu batom 

Quanto ao pano dos confetes, já passou meu carnaval 
E isso explica por que o sexo é assunto popular. 

No mais Estou indo embora 
No mais Estou indo embora 
No mais

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