Jesus em meio a nós: foi uma experiência formidável. Talvez jamais possamos dizer quando Ele está em nosso meio, porque Ele supõe que em nós haja a vida da graça, e ninguém sabe ao certo se está ou não na graça de Deus. Certo é, porém, que, quando nosso viver juntas se fundamentava no propósito sincero de estarmos prontas a morrer umas pelas outras, como Jesus quer, e todos os nossos atos se amoldavam a isso, já que — “acima de tudo, cultivai, com todo o ardor, o amor mútuo” (1Pd 4,8) — muito frequentemente parecia que notávamos com simplicidade sua presença.
Assim: do mesmo modo que sentimos a alegria e a dor, a angústia e a dúvida, também — mas numa esfera superior da alma — a presença espiritual de Jesus entre nós dava a nossas almas a paz que é só Dele, a alegria plena que somente Nele encontramos, a força e a convicção que não são tanto fruto de raciocínio ou de vontade, mas de uma ajuda especial de Deus.
Sua presença premiava de modo superabundante cada sacrifício que fazíamos, justificava cada passo que dávamos dirigido nesse caminho, rumo a Ele e por Ele, dava o devido sentido às nossas coisas, às circunstâncias, confortava as dores, mitigava a demasiada alegria.
E quem quer que estivesse em nosso meio que, sem subterfúgios e raciocínios, acreditava em suas palavras com o encantamento de uma criança, e as colocava em prática, fruía desse paraíso antecipado que é o Reino de Deus em meio aos homens unidos em seu nome.
Nenhum comentário:
Postar um comentário