"Eu daria tudo que tivesse pra voltar aos dias de criança. Eu não sei pra que a gente cresce se não sai da gente essa lembrança..." (Ataulpho Alves)
01 junho 2022
Viver de amor
25 abril 2022
Jesus Abandonado
No ano 2000, num discurso, Chiara Lubich recorda a primeira “descoberta” de Jesus Abandonado: «Um fato, acontecido nos primeiros meses de 1944, nos levou a ter uma nova compreensão sobre Ele. Por uma circunstância viemos a saber que o maior sofrimento de Jesus, e portanto o seu maior ato de amor, foi quando, na cruz, experimentou o abandono do Pai: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mt 27,46). Ficamos profundamente tocadas com isso. E a jovem idade, o entusiasmo, mas principalmente a graça de Deus, nos impulsionaram a escolher justamente Ele, no seu abandono, como caminho para realizar o nosso ideal de amor. Desde aquele momento pareceu-nos encontrar o seu semblante em toda parte».
Outro momento determinante para a compreensão deste “mistério de dor-amor”. Estamos no verão de 1949. Igino Giordani foi encontrar Chiara, que tinha ido para o Vale di Primiero, na região montanhosa do Trentino (Itália), para um período de repouso. Com o primeiro grupo vivia-se intensamente a passagem do Evangelho sobre o abandono de Jesus. Foram dias de luz intensa, tanto que no final do verão, devendo descer daquele “pequeno Tabor” para voltar à cidade, Chiara escreveu, num só ímpeto, um texto que inicia com verso que tornou-se célebre: «Tenho um só esposo sobre a terra, Jesus abandonado… Irei pelo mundo buscando-o, em cada instante da minha vida».
Muitos anos depois ela explicou: «Desde o início entendemos que em tudo existe uma outra face, que a árvore tem as suas raízes. O Evangelho lhe cobre de amor, mas exige tudo. “Se o grão de trigo caído na terra não morre – lê-se em João – permanece só; se morre produz muito fruto” (Jo 12,24). A personificação disso é Jesus abandonado, cujo fruto foi a redenção da humanidade. Jesus crucificado! Ele havia experimentado em si a separação dos homens de Deus e entre si, e tinha sentido o Pai distante. Nós o vimos não apenas nas nossas dores pessoais, que não faltaram, e nos sofrimentos dos próximos, muitas vezes sós, abandonados, esquecidos, mas em todas as divisões, os traumas, as separações, as indiferenças recíprocas, grandes ou pequenas: nas famílias, entre as gerações, entre pobres e ricos, às vezes na própria Igreja, e mais tarde entre as várias Igrejas, e depois ainda entre as religiões e entre quem crê e quem possui uma convicção diferente.
Mas todas estas dilacerações – continua Chiara – não nos assustaram, pelo contrário, pelo amor a Ele abandonado, elas nos atraíram. E foi Ele que nos ensinou como enfrentá-las, como vivê-las e ajudar a superá-las, quando, depois do abandono, recolocou o seu espírito nas mãos do Pai: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46), dando assim a possibilidade para que a humanidade se recompusesse, em si mesma e com Deus, e indicando-lhe o modo de fazê-lo. Ele manifestou-se como chave da unidade, remédio para qualquer divisão. Era Ele que recompunha a unidade entre nós, cada vez que era rompida. Era Ele que reconhecíamos e amávamos nas grandes, trágicas divisões da humanidade e da Igreja. Ele se tornou o nosso único Esposo. E a nossa convivência com um tal Esposo foi tão rica e fecunda, que me levou a escrever um livro, como uma carta de amor, como um canto, um hino de alegria e gratidão a Ele».
22 abril 2022
A família e Maria
12 abril 2022
O fundo da piscina
Um excelente nadador tinha o costume de correr até a água e de molhar somente o dedão do pé antes de qualquer mergulho. Alguém intrigado com aquele comportamento, lhe perguntou qual a razão daquele hábito.
O nadador sorriu e respondeu:
- Há alguns anos eu era um professor de natação; eu ensinava os alunos a nadar e a saltar do trampolim.
Certa noite, eu não conseguia dormir, e fui até a piscina para nadar um pouco.
Não acendi a luz, pois a lua brilhava através do teto de vidro do clube.
Quando eu estava no trampolim, vi minha sombra na parede da frente.
Com os braços abertos, minha imagem formava uma magnífica cruz.
Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando minha imagem.
Nesse momento pensei na cruz de Jesus Cristo e em seu significado.
Eu não era um cristão, mas quando criança aprendi que Jesus morrera na cruz para nos salvar pelo seu precioso sangue. Naquele momento as palavras daquele ensinamento me vieram a mente e me fizeram recordar do que eu havia aprendido sobre a morte de Jesus.
Não sei quanto tempo fiquei ali parado com os braços estendidos. Finalmente desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água.
Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso do fundo da piscina.
Haviam esvaziado a piscina e eu não percebera.
Tremi todo, e senti um calafrio na espinha.
Se eu tivesse saltado seria meu último salto. Naquela noite a imagem da cruz na parede salvou a minha vida.
Fiquei tão agradecido a Deus, que ajoelhei na beira da piscina, confessei os meus pecados e me entreguei a Ele, consciente de que foi exatamente em uma cruz que Jesus morreu para me salvar. Naquela noite fui salvo duas vezes e, para nunca mais me esquecer, sempre que vou até piscina molho o dedão do pé antes.
Deus tem um plano na vida de cada um de nós e não adianta querermos apressar, ou retardar as coisas, pois, tudo acontecerá no seu devido tempo e esse tempo é o tempo Dele e não o nosso...
28 março 2022
O trabalho e o materialismo
A imensidão de Deus
«Num momento de repouso (…) contemplando a imensidão do universo, a extraordinária beleza da natureza, a sua potência, pensei espontaneamente no Criador de tudo e compreendi numa forma nova a imensidão de Deus. (…)
Eu o descobri tão grande, tão imenso, a ponto de me parecer impossível que Ele tivesse pensado em nós. Esta impressão da sua grandeza permaneceu em meu coração por alguns dias.
Dizer agora «santificado seja o vosso nome…» ou «Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo» é muito diferente para mim: é uma necessidade do coração. (…)
Nós estamos a caminho. E, quando alguém viaja, já pensa no ambiente que o receberá na chegada, na paisagem, na cidade… já se prepara. Assim devemos fazer.
No céu, louvaremos a Deus? Louvemo-lo desde este momento. Deixemos que o nosso coração proclame todo o nosso amor a Ele (…). Exprimamos o nosso louvor com a boca e com o coração.
Aproveitemos para reavivar nossas orações diárias que tem esta finalidade. E rendamos glória com todo o nosso ser.
Sabemos que quanto mais anulamos a nós mesmos (como Jesus abandonado, que reduziu-se a nada) mais anunciamos, com a nossa vida que Deus é tudo, e assim Ele é louvado, glorificado, adorado (…).
Procuremos muitos momentos, durante o dia, para adorar a Deus, para louvá-lo. Façamos isso durante a meditação, ou numa visita a uma igreja, ou na Santa Missa. Louvemo-lo para além da natureza ou na profundidade do nosso coração. E, principalmente, vivamos mortos a nós mesmos e vivos à vontade de Deus, ao amor para com os irmãos.
Sejamos nós também, como dizia Isabel da Trindade, um “louvor da sua glória”.
#ChiaraLubich
(Chiara Lubich, Cercando le cose di lassù, Roma 1992, p. 15-17)
10 março 2022
Os mistérios do terço
21 fevereiro 2022
Honrar Maria, a mãe de Deus
«No ano dedicado a Maria, deveríamos encontrar o melhor modo de honrar a Mãe de Deus.
Nós, sem excluir todas as outras possibilidades que temos para honrar Maria, devemos privilegiar esta: imitá-la.
De CHIARA LUBICH – Buscar as coisas do alto – Cidade Nova 1993 pág. 36-37-38
03 fevereiro 2022
A imensidão de Deus
«Num momento de repouso (…) contemplando a imensidão do universo, a extraordinária beleza da natureza, a sua potência, pensei espontaneamente no Criador de tudo e compreendi numa forma nova a imensidão de Deus. (…)
Eu o descobri tão grande, tão imenso, a ponto de me parecer impossível que Ele tivesse pensado em nós. Esta impressão da sua grandeza permaneceu em meu coração por alguns dias.
Dizer agora «santificado seja o vosso nome…» ou «Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo» é muito diferente para mim: é uma necessidade do coração. (…)
Nós estamos a caminho. E, quando alguém viaja, já pensa no ambiente que o receberá na chegada, na paisagem, na cidade… já se prepara. Assim devemos fazer.
No céu, louvaremos a Deus? Louvemo-lo desde este momento. Deixemos que o nosso coração proclame todo o nosso amor a Ele (…). Exprimamos o nosso louvor com a boca e com o coração.
Aproveitemos para reavivar nossas orações diárias que tem esta finalidade. E rendamos glória com todo o nosso ser.
Sabemos que quanto mais anulamos a nós mesmos (como Jesus abandonado, que se reduziu a nada) mais anunciamos, com a nossa vida que Deus é tudo, e assim Ele é louvado, glorificado, adorado (…).
Procuremos muitos momentos, durante o dia, para adorar a Deus, para louvá-lo. Façamos isso durante a meditação, ou numa visita a uma igreja, ou na Santa Missa. Louvemo-lo para além da natureza ou na profundidade do nosso coração. E, principalmente, vivamos mortos a nós mesmos e vivos à vontade de Deus, ao amor para com os irmãos.
Sejamos nós também, como dizia Isabel da Trindade, um “louvor da sua glória”. Anteciparemos assim um pouco de paraíso, e Deus será compensado pela indiferença de muitos corações que vivem hoje no mundo».
(Chiara Lubich, Cercando le cose di lassù, Roma 1992, p. 15-17)
01 fevereiro 2022
27 de março de 1981
Diário de 27/03/1981
Tenho um porta-retratos com a imagem de Jesus Abandonado.
Ontem, olhando para aquele rosto, fiquei impressionada com a dor de Jesus abandonado e com a sua humanidade sofredora. Era o dia da encarnação e, justamente naquele dia, senti Jesus profundamente humano, a ponto de me comover: aqueles olhos voltados para o Céu à procura do Pai, aquele sangue… era tudo tão verossímil! E entendi de maneira nova como Ele realmente nos amou, me amou. Parecia-me impossível que fosse Deus, assim tão sofredor e perfeitamente homem, e entendi a kenosi, o duplo aniquilamento, se assim se pode dizer, da encarnação e do abandono.
#ChiaraLubich
24 janeiro 2022
Você sabe como nasceu a Palavra de Vida?
Hoje traduzida em cerca de 90 línguas e idiomas, a Palavra de Vida comunica frases do evangelho a milhões de pessoas, em todo o mundo.
Foi nas fagulhas das palavras do Evangelho que a certeza de um amor que supera todas as coisas começou a se alastrar no coração daquele primeiro grupo cativado por Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares e também da Editora Cidade Nova. Ainda no período da 2ª Guerra Mundial, onde a tristeza e as perdas eram inumeráveis, a novidade de Deus Amor impulsionou Chiara e suas amigas a viverem umas pelas outras e compartilhar com todos o pouco que tinham – mesmo que fosse uma pequena maçã ou um sapato de número 42.
Tudo começou com uma prática que Chiara – muito didática por ser professora – começou naquele período e logo se popularizou, ao longo dos anos, junto a toda a comunidade global dos Focolares: “Palavra de Vida”, uma frase do Evangelho e a partilha dos “frutos” que ela produzia em suas vidas. Uma verdadeira novidade para aquele tempo e que as encorajava a crescer juntas.
“Leio para todos, por exemplo: ‘Ama o próximo como a ti mesmo’ (Mt 19,19). O vizinho. Onde estava o vizinho? Estava lá, ao nosso lado, em todas aquelas pessoas atingidas pela guerra, feridas, sem-teto, nuas, com fome e com sede. Nós imediatamente nos dedicamos a eles de várias maneiras.” (Chiara Lubic)
Um dia, Chiara contou que recebiam com frequência solicitações de roupas e sapatos, e certa vez pediram um sapato de número 42. E acreditando fielmente nas palavras do Evangelho de Mateus, “Pedi e recebereis” (Mt 7,7), foi até uma igreja e rezou “Dê-me um par de sapatos nº 42, para você nessa coitadinha.” Ao sair de lá, uma jovem a entregou o pacote com um par de sapatos de número 42.
“Lemos no Evangelho: ‘Dai e ser-vos-á dado’ (Lc 6,38). Damos, damos e sempre recebemos algo. Um dia, em nossa casa, temos apenas uma maçã. Nós o damos aos pobres que vêm pedir. E naquela mesma manhã vemos chegar uma dúzia, talvez de um parente. Também damos essa dúzia a quem nos peça e nessa mesma tarde chega uma mala. Foi assim, sempre assim ”.
Eram essas e outras muitas experiências que a vivência da Palavra levou aquele pequeno grupo a viver pela Unidade. E hoje a Palavra de Vida, a frase do Evangelho junto com a reflexão, é um convite a confiar em Deus, a viver e a partilhar sua vida, feito a milhões de pessoas e traduzida em mais de 90 línguas e idiomas.
Desde o início, a Palavra de Vida é publicada na Revista Cidade Nova.
14 janeiro 2022
Quando se conhece a dor
Amor que sabe acolher o próximo desencaminhado, seja ele amigo, irmão ou desconhecido e o perdoa infinitas vezes. Amor que faz mais festa a um pecador que volta do que a mil justos, e empresta a Deus inteligência e bens para Ele poder demonstrar ao filho pródigo a felicidade pelo seu retorno.
Amor que não mede e não será medido.
É uma caridade que floresce mais abundante, mais universal, mais concreta do que aquela que a alma antes possuía. De fato, ela sente nascerem dentro de si sentimentos parecidos com os de Jesus, percebe aflorarem-lhe aos lábios, para todos os que encontra, as divinas palavras: “Tenho misericórdia da multidão” (cf. Mateus 15,32). E, com os muitos pecadores que dela se aproximam, pois, de certa forma são imagem de Cristo, entabula colóquios semelhantes aos que Jesus teve um dia com Madalena, com a samaritana, com a adúltera. A misericórdia é a última expressão da caridade, aquela que a remata. E a caridade supera a dor, porque a dor só existe nesta vida, enquanto o amor perdura na outra. Deus prefere a misericórdia ao sacrifício.
24 dezembro 2021
O que significa o Natal pra você
08 dezembro 2021
Escolher Deus significa escolher Jesus Abandonado
06 dezembro 2021
Entrevista a Chiara de Josè Maria Poirier
05 dezembro 2021
A história dos balõezinhos
03 dezembro 2021
NO TREM DO TEMPO
O único tempo que nos pertencia era o momento presente. O passado já era passado; o futuro, não sabíamos se chegaria a existir. Dizíamos então: o passado não existe mais; coloquemo-lo na misericórdia de Deus. O futuro não existe ainda. Vivendo o presente, viveremos bem também o futuro, quando este se tornar presente.
Como é insensato — dizíamos — viver pensando no passado, que não retorna, ou no futuro, que talvez nunca venha a existir e que é imprevisível!
Citávamos o exemplo do trem. Assim como um viajante, para chegar ao seu destino, não fica caminhando para frente e para trás no trem, mas permanece sentado no seu lugar, da mesma forma nós devemos permanecer fixos no presente. O trem do tempo vai por si.
E, presente após presente, chegaríamos ao momento do qual depende a eternidade. Amando a vontade de Deus no presente com todo o coração, toda a alma, todas as forças, poderíamos cumprir, por toda a nossa vida, o mandamento de amar a Deus com todo o coração, toda a alma, todas as forças.
01 dezembro 2021
Renovar a doação a Deus
29 novembro 2021
Jesus abandonado
28 novembro 2021
O amor recíproco
25 novembro 2021
Muitas vezes o amor não é amor
Giordani e a família
23 novembro 2021
Acima de tudo, revesti-vos do amor
22 novembro 2021
Uma contradição
11 novembro 2021
Qual a escolha certa?
Castel Gandolfo, 12 de janeiro de 1988
Aproxima-se para nós a idade da escolha para a nossa vida. Como podemos fazer para entender qual é a escolha certa? Como distinguir a vontade de Deus das nossas fantasias e dos nossos desejos?
Diria que vocês devem ser iluminadas pelo íntimo de vocês. É preciso que seja Jesus que lhes diga qual será o caminho de vocês: casarem-se, entrarem para o convento ou para o focolare1, dedicarem-se à arte ou à política. E não vocês. E, para serem iluminadas, devem amar. Portanto, continuem a viver o Ideal, viver o Ideal, viver o Ideal. Foi assim que fiz: procurava amar, amar, e Jesus me chamou; senti fortemente que Ele queria isso. Portanto, amem, amem, amem, sigam em frente, vivam o Ideal, e Ele iluminará vocês e as fará entender seus caminhos. E depois, aconselhem-se também com alguém que possui mais experiência, porque pode ser que vocês tenham receio de confundir as fantasias com o chamado de Deus. […]
Então, duas coisas: viver o Ideal e pedir conselhos a pessoas um pouco mais maduras que já fizeram as próprias escolhas, para que ajudem vocês a diferenciar bem se o que têm no íntimo vem da fantasia ou se é justamente a vontade de Deus.
04 novembro 2021
A sua escolha
Além disso, aquela circunstância guardava uma mensagem para nós: Jesus Abandonado apresentava-se pela primeira vez, para que o escolhêssemos, ou melhor, para que Ele nos escolhesse, para que nos convidasse a ser suas discípulas: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi” (Jo 15,16).
Portanto, Ele se colocava à frente de uma multidão de gente que, conosco, o seguiram, o seguem e o seguirão.
E não tivemos dúvidas.
Foi um chamado forte e decisivo, o seu.
02 novembro 2021
A maior dor
Mas, quase simultaneamente, vemos que, ao adjetivo “crucificado”, vem juntar-se um outro: “abandonado”.
O que significa isto? Como se deu a manifestação de Jesus Abandonado como vocação específica nossa?
Em 24 de janeiro de 1944, um sacerdote nos dissera que a maior dor de Jesus foi quando gritou na cruz: “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?” (Mt 27,46; Mc 15,34).
Na época, ao contrário, o pensamento corrente entre os cristãos era que fora a dor sentida no Getsêmani. Mas nós, tendo uma grande fé nas palavras do sacerdote porque ministro de Cristo, acreditamos que a dor do abandono fora a dor máxima.
Por outro lado, sabemos hoje que essa convicção está-se tornando patrimônio comum da teologia e da espiritualidade.
O encontro com aquele sacerdote foi uma circunstância extrínseca, mas — constatamos isso agora — era a resposta que Deus dava a uma prece nossa, quando, fascinadas pela beleza do seu Testamento, nós, primeiras focolarinas, todas unidas, havíamos pedido a Jesus, em seu nome, que nos ensinasse a realizar a unidade, que Ele rogara ao Pai antes de morrer.
31 outubro 2021
O livro dos livros
E que o Crucificado se tenha manifestado bem cedo na vida das primeiras focolarinas com a necessidade de imitá-lo, para concretizar o nosso amor a Deus, no-lo atestam alguns conceitos de uma carta minha, datada talvez de 1944.
Mando para vocês um pensamento que sintetiza toda a nossa vida espiritual: Jesus crucificado!
Tudo está aqui.
É o livro dos livros.
É a síntese de todo saber.
É o amor mais ardente.
É o modelo perfeito.
Proponhamos que ele seja para nós o único ideal da vida.
Foi ele quem arrebatou são Paulo a tamanha santidade…
Nossa alma, carente de amar, ponha-o sempre diante de si em cada momento presente.
Não seja sentimentalismo o nosso amor.
Não seja compaixão exterior.