A escolha mais radical na vida de Chiara Lubich foi amar Jesus sobretudo na sua maior dor: o seu abandono na cruz. Mas amar ‘Jesus Abandonado” significa, portanto, amar acima de tudo aquele próximo que sentimos estar mais “distante” de nós.
“Todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, terá de responder em juízo”1. […] Voltamos ao tema do amor ao irmão. É útil, é necessário, é importante para nós reconsiderá-lo. O objetivo geral [do nosso Movimento] é a perfeição da caridade. Amor ao irmão! Amor cada vez mais sentido, profundo, aperfeiçoado, lapidado.
Às vezes parece difícil dobrar o nosso coração a um amor mais refinado do que aquele que já nutrimos pelos nossos irmãos. Nosso coração ainda é um pouco de pedra, nosso amor é rude, superficial, apressado.
Por quê? Porque ainda temos o coração ocupado pelo nosso eu, em dar importância a nós próprios. Mesmo sem percebermos, somos egoístas e soberbos.
Constatamos isso quando sofremos uma dura prova espiritual (daquelas que, como um terremoto, parecem arrancar tudo com a raiz, tendo como efeito desprender-nos de nós mesmos, de nossas coisas, humilhar-nos, destruir o nosso orgulho), quando sofremos uma dura prova espiritual, experimentamos um amor mais compreensivo, mais profundo, mais fácil, mais espontâneo pelos nossos irmãos.
Disto podemos deduzir que a pobreza e a humildade estão na base da caridade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário