«Irmãzinhas minhas, para lhes falar sobre isso (sobre a união com Jesus) gostaria que estivessem aqui ao meu lado, porque gostaria de ver e sentir o quanto essas palavras penetram profundamente na alma de vocês. Mas Jesus assim o deseja e que assim seja. É Ele quem faz tudo. Se quisermos nos unir a Jesus (único objetivo da nossa vida, sobretudo da nossa, porque nos consagramos totalmente a Jesus) o único modo é: oferecer-lhe os nossos pecados. É preciso remover da alma qualquer pensamento. E acreditar que Jesus é atraído por nós somente em virtude da exposição humilde, confiante e cheia de amor dos nossos pecados. De fato, nós, no que nos concerne, nada mais temos e produzimos que misérias. Mas Ele, por sua vez, tem uma única qualidade para nós: a Misericórdia. A nossa alma pode se unir a Ele somente oferecendo-lhe como um presente, como único presente, não as próprias virtudes, mas os próprios pecados! Porque a alma que ama conhece os gostos do Amado e sabe que Jesus, se veio à Terra, se tornou-se homem, se algo anseia no mais profundo do seu Coração Humano e Divino, é somente: Ser o Salvador. Ser Médico. Nada mais Ele deseja! “Fogo vim trazer sobre a Terra e o que eu quero senão que se acenda?” Ele trouxe um Fogo devorador e nada mais deseja que devorar misérias, encontrar misérias para consumir! “Oh! Meu Jesus, tu sabes quanto sou incapaz! Mas podes realizar o milagre: conquista esses dois corações para que compreendam profundamente a tua Misericórdia! Sei que o peso da tua Misericórdia, desconhecida, oprime o teu Coração, porque tens para os homens uma Riqueza infinita, que a todos poderia santificar e ninguém sabe usufruir para a tua Glória! Jesus, Jesus: faze, faze desses dois corações dois Cireneus que te ajudem a carregar o peso da tua Misericórdia e passem pelo mundo distribuindo-a de mãos cheias a todos os corações, de modo que todos, tocados pelo teu Imenso Amor, saibam qual é o Caminho para chegar a Ti, suma Felicidade!”
Irmãzinhas minhas: procurem com frequência Jesus, sempre. A Ele, que vive em seus corações, confessem os seus pecados a cada momento. Recolham cada imperfeição, cada sentimento imperfeito, cada fruto da humanidade que trazem dentro de si. E ofereçam tudo a Ele! Com humildade (= conscientes e certas de que nada mais possuem para lhe dar). Com amor (= com o espírito voltado para o Amado: certas de que Ele olha para vocês com muito mais amor quanto mais confessarem a Ele as sutilezas do mal que cometeram, dando golpes mais refinados ao amor-próprio). Com confiança (= certíssimas de que nada mais Ele deseja do que “ser Salvador”, que aproveitar o seu Sangue, que santificá-las! Para que serviria a sua Misericórdia, se não encontrasse misérias? Jesus, Misericórdia, nada mais deseja que misérias!) Acreditemos. É a Fé na sua Misericórdia que devemos acender em nós. É a prática dessa Fé, atuada a cada instante, que devemos deixar se manifestar em nós. Portanto, unamo-nos a Deus assim: com confiança (acredito, conheço, sei e ajo segundo a minha fé na sua Misericórdia). por meio das nossas misérias (recolhidas a cada instante e oferecidas com humildade, confiança e amor). Então, quanta Graça descerá do Céu! Jesus abrirá assim o seu Lado Santo transpassado e derramará a chuva do milagre! Ele vai nos lapidar e, no lugar de cada miséria, deixará uma Chama de Amor por Ele. Assim o é!» (3 de outubro de 1946).
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