Para amar, o cristão deve fazer como Deus: não esperar ser amado, mas “amar primeiro”. E, como o cristão não pode fazer isso com relação a Deus, porque Deus sempre ama primeiro, ele o atua com o próximo. São João, depois de dizer que Deus nos amou, não conclui — como seria mais lógico — que, se Deus nos amou, nós devemos amá-lo em troca, mas diz: “Caríssimos, se Deus assim nos amou, devemos, nós também, amar-nos uns aos outros” (1Jo 4,11). É somente porque a caridade é participação do ágape de Deus que podemos ir além dos limites naturais e amar os inimigos e dar a vida pelos irmãos. Por isso, o amor cristão é próprio da era nova, e o Mandamento é radicalmente novo e introduz na história humana e na ética humana uma “novidade” absoluta. “É esse amor” — escreve Agostinho — “que nos renova, fazendo de nós ‘homens novos’, herdeiros do Testamento Novo, cantores do cântico novo”
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