"Eu daria tudo que tivesse pra voltar aos dias de criança. Eu não sei pra que a gente cresce se não sai da gente essa lembrança..." (Ataulpho Alves)
30 abril 2019
Melhorar a oração
29 abril 2019
A todos os homens de boa vontade
Sabemos que na base de quase todas as religiões mais importantes do mundo existe, embora formulada em termos diferentes, a “Regra de Ouro”, a norma realmente áurea que prescreve fazer aos outros o que se deseja feito a si mesmo. Isso é cristianismo. E são cristãos por natureza os que afirmam isso. Acho que um princípio desses é válido não só para os cristãos, não só para as outras religiões, mas também para todos os homens de boa vontade, porque se trata de um princípio razoável, sadio e justo, universal.
27 abril 2019
Não desanime
A derrota depende de nós, tanto quanto a vitória.
Entretanto, a pior derrota é a de quem desanima.
Perder, nem sempre é ser derrotado. Mas o desânimo estraga totalmente a vida.
Não desanime jamais.
Siga à frente corajosamente, porque a vitória sorri somente àqueles que não param no meio da estrada.
26 abril 2019
O que vale é amar
No amor, o que vale é amar. Assim é nesta terra. O amor — falo do amor sobrenatural, que não exclui o natural — é uma coisa muito simples e muito complexa. Exige a tua parte e conta com a parte do outro. Se tentares viver de amor, verás que, nesta terra, convém que faças a tua parte. A outra, nunca sabes se virá, nem é necessário que venha. Às vezes, ficarás decepcionado, porém jamais perderás a coragem, se te convenceres de que, no amor, o que vale é amar. E amar a Jesus no irmão, a Jesus que sempre a ti retorna , talvez por outros caminhos. Ele deixa a tua alma como aço contra as intempéries do mundo, e a liq uefaz no amor por todos os que te rodeiam, contanto que tenhas presente que, no amor, o que vale é amar.
24 abril 2019
Gratuidade
No amor humano, geralmente, amamos porque somos amados.
Também quando o amor é bonito, amamos no outro algo de nós mesmos.
Existe sempre um quê de egoísta no amor humano, ou então, esperamos amar quando o interesse nos leva a amar.
Por sua vez, o amor divino, sobrenatural é gratuito, ama primeiro.
Portanto, se quisermos deixar viver o “homem novo” em nós, se quisermos deixar acesa em nós a chama do amor sobrenatural, devemos também nós ser os primeiros a amar.
Que majestade
23 abril 2019
O preço exigido
Chiara, nascemos num período em que o próprio Papa faz votos para que a Igreja viva o seu Carisma. Mas sabemos, através da História do Movimento, do longo período em que a Obra esteve em gestação no seio da Igreja. Sendo filhas suas, gostaríamos de saber como você viveu aquele período que depois gerou tantos frutos?
[…] Então, como é que nós vivemos aquele período, aquele primeiro período? É esta a pergunta.
Nós o vivemos com o amor a Jesus abandonado, isto vocês já sabiam, com o amor a Jesus abandonado. Jesus Abandonado nos explicava tudo: sobretudo nos explicava uma coisa que é fundamental e isto vocês devem pôr na cabeça, ‘popos’.
Vocês agora estão aqui num período que permanecerá como um dos períodos mais belos de suas vidas. Estão aqui rodeados – sem saber – pela ajuda de todos, ‘em cordão’ sim, em direção a Deus, mas ligados a todos, juntos e, portanto, vocês nem se apercebem do quanto é a ajuda dos outros e quão pouco é o esforço de vocês; mais tarde vocês perceberão isto. Mas, já desde agora, devem, pelo menos teoricamente, assimilar as ideias fundamentais. Ora, o que eu queria que entrasse em suas mentes e que nunca mais saísse de suas cabeças é isto: não se constrói nada, nada, nada, de divino (e é tudo o que nós queremos construir, isto é, o Reino de Deus sobre a terra) sem o sofrimento. Nada, nada, nada, nada! Não tenhamos ilusões, é inútil, não nos iludamos, não há outro caminho para seguir Jesus, há só o da cruz. E quando acrescenta uma palavra, Ele diz: “Renega a ti mesmo”, além da cruz é preciso outra cruz, se diria, renegarmos a nós mesmos.
Naquele período, nós compreendemos muito bem as palavras que, afinal, Jesus diz de si mesmo: que “se o grão de trigo lançado na terra não morre, fica só, mas se morre produz fruto”. Isto é: há uma condição sem a qual não há nada na nossa vida, na vida que empreendemos agora, que é a de morrer como o grão de trigo; porém tem uma consequência maravilhosa que só se verifica se houver sofrimento, se existir a cruz: o “muito fruto”, o “muito fruto”. Nós entendemos isto (e o Senhor fez com que isto nos entrasse num modo violento, ‘a marteladas’, porque nós éramos também… da idade de vocês e com a experiência de vocês e, portanto, era preciso que alguém nos ensinasse e Jesus nos fez entender, nos fez compreender): se aqui não se morre, não se vive, ‘Com vocês, eu tenho a intenção de fazer nascer uma árvore grande do pequeno
É uma árvore que já estendeu os seus ramos, os seus… até os últimos confins da terra, nós o sabemos (as 146 nações de que nos orgulhamos, por amor, por… para dar glória a Deus) onde chegou o Ideal. Mas se não se morre, não há nada, não há nada.
Se, como fruto desta pequena aula que fazemos hoje, vocês saírem daqui com esta mentalidade, com esta convicção, eu ficaria satisfeita. Porque eu teria, teríamos muitas outras focolarinas e focolarinos, no Movimento, que levam as coisas a sério e que realmente darão frutos no futuro e que ao lado… cada um de vocês deve frutificar, ao menos, mil corações que O amam, mas mil para dizer um número indefinido.
Foi isto que nós entendemos, isto foi posto dentro de nós. Por isso, também agora, quando vêm as ‘glórias’, por exemplo, as conquistas, nós verificamos logo se foram pagas; e se não foram pagas antes, pagam-se depois. Não há nada a fazer, não há… nem para nós, nem para os outros cristãos; nem para os bispos, nem para os Papas, nem para os religiosos, não há nada… há uma só coisa a fazer: morrer, saber morrer, sacrificar-se, sofrer.
Ao mesmo tempo o Senhor nos fez entender, naquele período, outra coisa: não é que morríamos assim, porque éramos uns ‘imaculados’ que morriam vítimas pelo Reino de Deus, para dar fruto e ir para o paraíso gloriosos e triunfantes. Não! O sofrimento que Deus nos dava tinha outro significado: o de nos purificar. Nós não sabíamos que estávamos tão imundos, digamos, tão cobertos de misérias, de fraquezas, de pecados, de nulidade. Estávamos todos enlameados de humano, não sabíamos, não tínhamos olhos para ver. Por meio da dor, o Senhor nos dá olhos novos e se vê e se vê claramente quantos defeitos temos; mas não é uma soma de defeitos, é um estado, em que estamos, de imperfeição, um estado – para alguns também – de pecado que naturalmente é avaliado por Deus, depende das circunstâncias, de muitas coisas (das tentações e da influência do ambiente, etc.) No entanto, estamos com… tudo, todos misturados com o mal.
Eis então que a morte ajuda a nos purificar. E foi esta a segunda coisa que nós compreendemos, isto é, como éramos nada, e como realmente muitas das ‘mortes’ que surgiam também se justificavam realmente pela nossa fraqueza e por todos os erros que fazíamos como neófitos. Porque éramos jovens como vocês, não conhecíamos quais eram os caminhos de Deus, gabávamo-nos da luz (que recebíamos) e quem sabe quantos erros nós cometemos, só Deus é que sabe!
Portanto, primeira coisa: entender que sem morrer não há nada de divino, vocês nunca construirão nada, nem cidades novas, nada. Segundo: saber que aquilo que Deus nos manda, nos manda porque nos é necessário.
Depois, outra coisa, porém, que o Senhor nos pôs dentro da cabeça naquela época: descobríamos que em todas as grandes obras de Deus, sei lá, na de Santo Inácio (os jesuítas), de são Bento (os beneditinos), como cada Obra de Deus é marcada pelo sofrimento, tem necessidade de provações, se não passa esta provação, não se pode dizer que é Obra de Deus. E isto o Senhor nos iluminou continuamente, continuamente e os outros também nos diziam, inclusive muitos dos nossos superiores que nos seguiam, nos diziam: “Aqui tem o dedo de Deus, tem o dedo de Deus porque existe o sofrimento”.
Se vocês assimilarem isto, eu já fico muito satisfeita.
22 abril 2019
Humildade
NÃO se envergonhe de ser humilde. A humildade consiste no conhecimento perfeito daquilo que somos e que podemos, sem fantasiar-nos com qualidades que não temos.
Humildade não é posição de corpo nem tom de voz: é posição de espírito, que sabe o que é o que pode, e não precisa manifestar-se aos outros: vale para si mesmo.
Seja, pois, humilde!
21 abril 2019
Jesus Abandonado
"Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Mt 27,46).
É o ápice de suas dores, é a sua paixão interior.
É o drama de um Deus que grita:
"Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?"
Infinito mistério, dor abissal que Jesus experimentou como homem.
Dá a medida do seu amor pelos homens.
Quis assumir sobre si a separação que os mantinha distantes do Pai e entre eles.
E a preencheu.
Qualquer dor do homem está sintetizada nesta particular dor de Jesus.
Não é imagem dele cada divisão dolorosa entre os membros de uma mesma família?
Jesus Abandonado é a chave da unidade.
20 abril 2019
Não à tristeza
19 abril 2019
À imitação de Deus
Para amar, o cristão deve fazer como Deus: não esperar ser amado, mas “amar primeiro”. E, como o cristão não pode fazer isso com relação a Deus, porque Deus sempre ama primeiro, ele o atua com o próximo. São João, depois de dizer que Deus nos amou, não conclui — como seria mais lógico — que, se Deus nos amou, nós devemos amá-lo em troca, mas diz: “Caríssimos, se Deus assim nos amou, devemos, nós também, amar-nos uns aos outros” (1Jo 4,11). É somente porque a caridade é participação do ágape de Deus que podemos ir além dos limites naturais e amar os inimigos e dar a vida pelos irmãos. Por isso, o amor cristão é próprio da era nova, e o Mandamento é radicalmente novo e introduz na história humana e na ética humana uma “novidade” absoluta. “É esse amor” — escreve Agostinho — “que nos renova, fazendo de nós ‘homens novos’, herdeiros do Testamento Novo, cantores do cântico novo”
18 abril 2019
A morte
17 abril 2019
Faz da terra um céu
Amar os irmãos individual e coletivamente… Portanto, amar o próximo, um por um, e respeitar cada povo no mais alto grau. Disso nasce uma mudança radical de mentalidade, disso nasce uma total novidade de vida. Se todos fizessem isso, a terra já seria um Céu.
16 abril 2019
Os frutos amadureçam
Mas seja paciente, não pretendendo que tudo lhe chegue de imediato.
Há tempo para tudo. E tudo o que é seu virá às suas mãos, no momento oportuno.
Saiba esperar o momento exato em que receberá os benefícios que pleiteia.
Aguarde com paciência que os frutos amadureçam para que possa apreciar devidamente sua doçura.
15 abril 2019
Por um mundo novo
É preciso criar um mundo novo, onde todos se amam.
É isso o que Deus quer. E é preciso começar por algum lugar.
É um ponto estratégico, o dos cristãos: poderem começar a amar porque — sendo amados por Deus — sabem amar também os inimigos.
De fato, os cristãos são particularmente capazes de superar as dificuldades encontradas quando se ama, porque o amor que possuem é um amor forte. Na qualidade de filhos de Deus, participam do mesmo amor de Deus, de Deus que é Amor.
14 abril 2019
Ao alcance de todos
Nos dias de hoje, não basta banir a guerra. A paz requer que se supere a categoria de inimigo, qualquer que seja o inimigo. Aliás, ela exige que se ame o inimigo. Isso os discípulos de Cristo podem fazer. Mas, como o amor pulsa no íntimo de cada coração humano, isso também as pessoas que não possuem uma fé religiosa podem fazer, talvez a título de filantropia, de solidariedade, de não-violência. Igual àqueles que, sendo de outros credos, são chamados por sua religião a pôr em ação o respeito e o amor ao próximo.
13 abril 2019
Servir
Amar quer dizer servir. Jesus nos deu o exemplo. Primeiro, com a morte de cruz favoreceu a humanidade inteira que foi, que é e que será. Mas depois, deu-nos também o exemplo quando lavou os pés. Era Deus, e nos lavou os pés, a homens. Portanto, também nós podemos lavar os pés dos nossos irmãos. Podemos, não. Devemos. Isso é o cristianismo: servir, servir a todos, reconhecer patrões em todos. Se nós somos servos, os outros são patrões. Servir, servir. Procurar alcançar a primazia evangélica, sim, mas pondo-nos a serviço de todos. A serviço… Eis uma ideia que pode revolucionar o mundo. O cristianismo não é uma brincadeira, o cristianismo é uma coisa séria, não é uma mão de verniz, um pouco de compaixão, um pouco de amor, um pouco de esmola. O cristianismo é exigente, é plenitude de vida.
11 abril 2019
Fora os julgamentos
E não arranjemos desculpas como: “aquele lá nunca vai entender”; “aquele outro é pequeno demais para compreender”; “aquele ali é parente meu e o conheço bem, é apegado às coisas da terra”; “este aqui acredita no espiritismo”; “aquele acolá é de uma outra religião”; “este é velho demais para mudar”…
Não! Fora todos esses julgamentos! Deus ama a todos e por todos espera.
09 abril 2019
Por meio de Maria
É por meio de Maria que devemos ir a Jesus.
07 abril 2019
Fraternidade universal
Acima de todas as coisas, a alma deve sempre dirigir o olhar para o único Pai de tantos filhos. Depois, ver todas as criaturas como filhas do único Pai. Com o pensamento e com o afeto do coração, ultrapassar sempre todos os limites interpostos pela vida simplesmente humana e tender, constantemente e por hábito adquirido, à fraternidade universal num único Pai: Deus. Jesus, nosso modelo, ensinou-nos apenas duas coisas que são uma só: sermos filhos de um único Pai e sermos irmãos uns dos outros.
06 abril 2019
Amor divino e amor humano
O amor sobrenatural, sendo participação do mesmo amor que está em Deus, que é Deus, difere do amor humano de maneiras infinitas, mas é principalmente diferente porque o amor humano faz distinções, é parcial, ama determinados irmãos como, por exemplo, os irmãos de sangue, ou os que são cultos, ricos, bonitos, respeitados, sadios, jovens…; ou os que são de determinada raça ou classe social, mas não ama — ao menos não desse modo — os outros. O amor divino, ao contrário, ama a todos, é universal.
05 abril 2019
A cruz de cada dia
04 abril 2019
Reflexo
NÃO se esqueça de que somos o reflexo daquilo que pensamos.
0 pensamento plasma nossa vida de amanhã.
Aproveite, portanto, o momento que passa, a fim de construir um amanhã risonho.
Plante em torno de você as se mentes de otimismo e bondade, para que possa colher amanhã os frutos do amor e da felicidade.
Se somos escravos do ontem, somos donos de nosso amanhã.
03 abril 2019
A primeira qualidade do amor
02 abril 2019
A pérola
Nos dias de hoje, “a santidade deve sair dos conventos, marcar presença nas casas, nas escolas, nas ruas, nos escritórios, nos Parlamentos…”2, porque hoje, mais do que outrora, tomamos consciência de que também os leigos são chamados à santidade.
Então, sem estarem isolados, sem estarem protegidos por muros, sem disporem de todas aquelas precauções que a vida espiritual exigia antigamente, como poderão esses leigos encontrar a união com Deus estando no meio do mundo?
Eles, que, além de não terem coisa alguma que os proteja, estão sempre rodeados por outros homens e mulheres que, no passado, preferia-se manter afastados.
Mas eis que uma espécie de pérola começa a luzir.
O Espírito Santo, iluminando-nos com um seu carisma, nos sugeriu: justamente o irmão, a irmã, precisamente eles, que outrora podiam ser vistos como empecilhos, podem se tornar até mesmo nosso caminho para chegar a Deus, podem ser uma abertura, uma porta, uma estrada, uma passagem que leva a Ele.
Com uma condição, naturalmente: que não sejam eles a exercer influência sobre nós, com seu comportamento muitas vezes apenas humano, mas sejamos nós a influenciá-los com o nosso comportamento sobrenatural. Como? Já sabemos: amando-os. Amando-os um por um, durante o dia, o dia inteiro. Amando-os com aquela arte de amar, que é divina, por ser possível somente com o amor que o Espírito Santo infundiu em nosso coração.
E todos bem sabemos as exigências desse amor.
O que acontecerá se agirmos assim?
Acontecerá que à noite, por exemplo, durante a oração, e também durante o dia, quando, por um instante, pudermos recolher-nos sozinhos com Deus, sentiremos a sua presença.
Ele veio até nós, porque nós fomos até Ele nos irmãos.
Concretiza-se, então, aquela união experimentada que muitos de nós conhecem, mas ainda não sabem definir, nem classificar, talvez por ser nova, sensível aos sentidos da alma, que inunda o coração de amor.
E assim, com Ele presente, podemos rever cada afazer nosso.
Daí resulta, entre outras coisas, que, se logramos isso por intermédio do irmão que foi amado, ele não é apenas um beneficiado nosso, mas um nosso benfeitor, pois nos proporcionou aquilo que esperávamos de melhor.
Acontecerá, então, que, no contato com ele, sentiremos reconhecimento, o que nos porá em posição de humildade, virtude que, além do mais, muito serve ao amor.