Caríssimos (as),
Já faz
quatro anos que vivemos o momento presente, variando a sua aplicação por meio
do pensamento do dia (passa-palavra).
Neste
mês, nós vivemos o momento presente considerando de modo especial os nossos
irmãos. Pois bem, podemos observar que um dos resultados desse nosso modo de
viver, se este for perseverante e bastante intenso, é o de adquirir bons
hábitos que antes não possuíamos.
É muito
freqüente, por exemplo, oferecer a Jesus as ações, que realizamos, com um
"por ti", que transforma o nosso dia uma perene oração.
Diante
das tentações, nós nos sentimos rapidamente capazes de nos defender.
Quando
estamos apegados a qualquer coisa ou pessoa ou a nós mesmos, está sempre pronta
a nossa declaração de amor típica: «És tu, Senhor, o meu único bem».
Damos o
devido lugar às ações que devemos realizar, sem querer antecipá-las por serem
agradáveis e sem adiá-las, caso sejam difíceis.
Do nosso
coração brotam palavras espontâneas de encorajamento, de estima, de louvor,
pelos irmãos com quem vivemos ou por aqueles que de alguma forma encontramos ou
falamos pelo telefone, por exemplo, ou por carta. E conseguimos ver Jesus neles
com maior freqüência, de forma que a nossa caridade, tornando-se pouco a pouco
mais refinada, nos garante uma maior profundidade na nossa união com Deus.
Não nos
esquecemos de saudar e adorar Jesus, vivo no tabernáculo, cada vez que passamos
perto dele ou quando vemos uma cruz ou uma imagem sua.
Do mesmo
modo, veneramos Maria, sobretudo agora, depois do inesquecível ano consagrado a
ela.
Ficamos
mais tempo diante da presença de Deus durante as nossas práticas de piedade, e
as possíveis distrações são afastadas com mais facilidade.
Percebemos
que é mais fácil manter vivo o amor recíproco durante o dia inteiro. E, para
cristãos como nós, isso é importantíssimo. De fato, a Escritura diz que a
atuação do amor recíproco nos torna perfeitos: «Se nos amamos uns aos outros,
Deus permanece em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado» (1Jo 4,12).
Temos
que reconhecer que antes, apesar da nossa grande boa vontade, a nossa caridade
recíproca sofria oscilações e interrupções, embora procurássemos recomeçar
sempre.
Sendo
mais perfeitos nas pequenas coisas, também sabemos realizar de modo melhor as
grandes.
Ao longo
do dia, a alma encontra-se invadida por uma serenidade, paz e alegria.
Todos
esses hábitos adquiridos são virtudes que embelezam a nossa alma.
É
exatamente uma bela coleção de virtudes que faz com que a nossa viagem da vida
seja uma Santa Viagem. Era isso que desejávamos quando, há anos, começamos essa
viagem todos juntos.
Uma
Santa viagem: uma viagem para a santidade. Assim.
A Igreja
para promover um cristão como modelo para os outros, a fim de declará-lo beato
e santo, não concentra a sua atenção em certos fenômenos sobrenaturais que
ocorreram com ele, tais como as visões, as vozes interiores, as bilocações...
mas nas suas virtudes.
Pois
bem, se podemos constatar tudo isso e muito mais em nós, que vivemos com
constância o momento presente, concluímos que estamos bem encaminhados.
Agradeçamos,
portanto, ao Pai, que guia, não só a grande história do mundo, mas também a
pequena história de cada um de nós, e louvemos ao Espírito Santo, que
certamente nos sugeriu essa inspiração (o momento presente reforçado pelo
pensamento do dia) muito simples e muito útil sobretudo para quem conduz uma
vida, como a maior parte de nós, em meio ao mundo.
No
próximo mês, só nos resta continuar a viver o presente com o pensamento do dia:
«sobretudo para com os irmãos».
Peçamos
à Virgem que recolha e apresente à Santíssima Trindade os nossos atos de amor.
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