Tenho um só Esposo na terra: Jesus Abandonado. Não
tenho outro Deus além
d’Ele. N’Ele está todo o Paraíso com a Trindade e toda a
terra com a Humanidade. Por isso, o seu é meu e nada mais.
Sua é
a dor universal e, portanto, minha. Irei pelo mundo à sua procura em cada
instante da minha vida.
O que me faz mal é meu.
Minha, a dor que me perpassa no
presente. Minha, a dor de quem está ao meu lado (ela é o meu Jesus). Meu, tudo
aquilo que não é paz, gáudio, belo, amável, sereno... Numa palavra: aquilo que
não é Paraíso. Pois eu também tenho o meu Paraíso, mas ele esta no coração do
meu Esposo. Outros paraísos não conheço. Assim será pelos anos que me restam:
sedenta de dores, de angústias, de desesperos, de melancolias, de desapegos, de
exílio, de abandonos, de dilacerações, de... tudo aquilo que é Ele, e Ele é o
Pecado.
Assim, enxugarei a água da tribulação
em muitos corações próximos e — pela comunhão com meu Esposo onipotente —
distantes.
Passarei
como fogo que devora tudo o que há de ruir e deixa em pé só a verdade.
Mas é
preciso ser como Ele, ser Ele no momento presente da vida.
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