Na moldura majestosa da criação o homem está ao lado do
homem e é verdadeiro o provérbio: “um homem vale tanto quanto
outro homem...”
Somos todos homens: nascemos, vivemos, morremos.
Mesmo se o espírito do mundo leva — e levou várias vezes na
história — a fazer de alguns dos nossos semelhantes um mito, um
semideus; a mesma história, depois, fez justiça, reduzindo-os a pá,
assim como todos os outros.
Somos apenas homens ao lado de outros homens e nada mais,
mesmo se com funções diferentes.
E é justamente esta igualdade que clama por uma realidade
superior; é este povo que exige o seu chefe, o seu rei, o seu Deus.
O homem, os homens, têm sentido se na vida se encontram
com o seu Senhor e Criador.
A vida, então, é Vida. Porque no encontro está o abraço, a fusã
o, e a criatura vive no seu Senhor, e o seu Senhor na criatura.
A vida é Vida, então, e é por Deus que é a Vida. “Eu sou a Vida”
, disse Cristo, que é Deus vindo do Céu.
E isto é verdade. E se é verdade, é preciso tirar daí as conseqü
ências para não correr o risco de transformar a vida numa fatigante
busca de algo que nunca será possível alcançar.
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