"Eu daria tudo que tivesse pra voltar aos dias de criança. Eu não sei pra que a gente cresce se não sai da gente essa lembrança..." (Ataulpho Alves)
28 fevereiro 2019
A EVANGELIZAÇÃO DOS FILHOS
27 fevereiro 2019
A primeira qualidade do amor
26 fevereiro 2019
Como o Criador
A fé no amor que Deus faculta às suas criaturas, fé típica de nós, cristãos, descobrimo-la em muitos irmãos e irmãs de outras religiões, a começar pelas abraâmicas, que afirmam a unidade do gênero humano, o zelo que Deus dispensa a toda a humanidade e a obrigação de cada criatura humana de agir como o Criador, com imensa misericórdia por todos.
Reza um provérbio muçulmano: “Deus perdoa cem vezes, mas reserva a sua suprema misericórdia para aquele cuja piedade poupou a menor de suas criaturas”3.
Que dizer da compaixão sem limites por todos os seres vivos que Buda ensinou, aconselhando seus primeiros discípulos: “Ó monges, deveríeis trabalhar pelo bem-estar de muitos, pela felicidade de muitos, movidos de compaixão pelo mundo, pelo bem-estar dos homens”?4
Portanto, amar a todos. É um princípio universal. Sentido pelos seres humanos de qualquer época, e debaixo de qualquer céu.
3 Cf. GUZZETTI, G. M. Islam in preghiera. Roma : Elle Di Ci, 1991, p. 136.
4 Mahagga, 19.
25 fevereiro 2019
A revolução cristã
O amor por todos é fecundo demais. É experiência de tanta gente que bastaria viver apenas esse aspecto da caridade, ou seja, do amor verdadeiro, o amor de Deus, para deflagrar uma revolução ao redor, partindo do próprio bairro: a revolução cristã, aquela revolução que os primeiros cristãos levaram ao mundo de então.
24 fevereiro 2019
UMA NOVA ESTAÇÃO
20 fevereiro 2019
De fora
ESTEJA certo de que a felicidade de sua vida não pode vir de fora. Você só poderá encontrar a felicidade quando souber fazê-la nascer dentro de seu coração, quando aprender a ajudar a todos indistintamente, com suas ações, suas palavras e seus pensamentos. Pense positivamente, desculpando a todos, e sentirá a maior felicidade de sua vida na alegria de viver bem.
19 fevereiro 2019
Ao alcance de todos
17 fevereiro 2019
Sem limites
Amemos o irmão. Os irmãos são a nossa grande oportunidade. Não percamos nenhuma, ao longo de todo o dia. Amemos aqueles a quem costumamos dirigir nosso cuidado pelo fato de os vermos fisicamente ao nosso lado. Amemos aqueles que talvez não estejam à nossa vista . Por exemplo, aqueles de quem falamos ou se fala, aqueles de quem nos lembramos ou por quem rezamos, aqueles de quem temos alguma notícia no jornal ou na televisão, aqueles que nos escrevem ou a quem escrevemos, aqueles a quem se destina o trabalho que nos ocupa dia após dia… Amemos os vivos e aqueles que já não estão mais na terra.
16 fevereiro 2019
Um por vez
Precisamos dilatar o coração segundo a medida do Coração de Jesus. Quanta labuta! Mas é a única necessária. Isso feito, tudo feito. Trata-se de amar a cada um que de nós se achega, como Deus o ama. E, dado que estamos no tempo, amemos ao próximo um por vez, sem guardar no coração resquícios de afeto pelo irmão encontrado um minuto antes. Afinal, é o mesmo Jesus que amamos em todos. Mas, se o resquício fica é porque amamos o irmão de antes por nós mesmos ou por ele… não por Jesus. E aí está o problema. Nossa obra mais importante é manter a castidade de Deus, ou seja, manter no coração o amor, como Jesus ama. Portanto, para ser puro, não é preciso tolher o coração e nele reprimir o amor. É preciso dilatá-lo segundo a medida do Coração de Jesus e amar a todos. Como basta uma hóstia santa entre os bilhões de hóstias na Terra para nos alimentarmos de Deus, basta um irmão — aquele que a vontade de Deus nos põe ao lado — para comungarmos com a humanidade, que é Jesus místico. E comungar com o irmão é o segundo mandamento, aquele que vem imediatamente após o amor a Deus e como expressão dele.
15 fevereiro 2019
Descobrir a luz do outro
O mundo está cheio da Luz Divina! Procure percebê-la e sentir em si as irradiações benéficas, que se derramam sobre todas as criaturas, aproveitando ao máximo o conforto que isto lhe trará ao espírito. Olhe tudo com olhos de bondade e alegria! Busque descobrir a luz que brilha dentro de você e dentro de todas as criaturas, embora, muitas vezes, esteja ela recoberta por grossa camada de defeitos!
13 fevereiro 2019
Fora os julgamentos
Na qualidade de cristãos, somos chamados a contribuir para o “ut omnes”. Então, antes de mais nada, reavivemos a nossa fé em que cada homem é chamado à unidade, porque Deus ama a todos. E não arranjemos desculpas como: “aquele lá nunca vai entender”; “aquele outro é pequeno demais para compreender”; “aquele ali é parente meu e o conheço bem, é apegado às coisas da terra”; “este aqui acredita no espiritismo”; “aquele acolá é de uma outra religião”; “este é velho demais para mudar”… Não! Fora todos esses julgamentos! Deus ama a todos e por todos espera.
12 fevereiro 2019
Amor divino e amor humano
O amor sobrenatural, sendo participação do mesmo amor que está em Deus, que é Deus, difere do amor humano de maneiras infinitas, mas é principalmente diferente porque o amor humano faz distinções, é parcial, ama determinados irmãos como, por exemplo, os irmãos de sangue, ou os que são cultos, ricos, bonitos, respeitados, sadios, jovens…; ou os que são de determinada raça ou classe social, mas não ama — ao menos não desse modo — os outros. O amor divino, ao contrário, ama a todos, é universal.
A primeira qualidade do amor
A primeira qualidade do amor cristão é amar a todos.
Essa arte de amar pretende que amemos a todos, sem distinção, como Deus ama. Não há que escolher entre simpático ou antipático, idoso ou jovem, compatriota ou estrangeiro, branco ou negro ou amarelo, europeu ou americano, africano ou asiático, cristão ou judeu, muçulmano ou hinduísta…
Valendo-nos de uma linguagem bastante conhecida hoje, podemos dizer que o amor não conhece “nenhuma forma de discriminação”.
10 fevereiro 2019
A caridade
Amar. Deus convoca todos os cristãos a amar. É porque, no cristianismo, o amor é tudo. Santo Agostinho, mestre da caridade, diz em tom muito forte: “Só o amor diferencia os filhos de Deus… Se todos fizessem o sinal da cruz (que é um ato religioso), se todos dissessem amém e cantassem o aleluia (ou seja, se praticassem as liturgias, que são muito importantes, mas só fizessem isso…); se todos recebessem o batismo e entrassem nas igrejas, se mandassem erguer as paredes das basílicas, permaneceria o fato de que só a caridade distingue os filhos de Deus… Quem possui a caridade nasceu de Deus, quem não a possui não nasceu de Deus. Eis o grande critério de discernimento. Se tu tivesses tudo, mas te faltasse essa única coisa, de nada serviria o que tens. Se não tens outras coisas, mas possuis essa, cumpriste a lei…”
Dentro do seu coração
ESTEJA certo de que a felicidade de sua vida não pode vir de fora. Você só poderá encontrar a felicidade quando souber fazê-la nascer dentro de seu coração, quando aprender a ajudar a todos indistintamente, com suas ações, suas palavras e seus pensamentos. Pense positivamente, desculpando a todos, e sentirá a maior felicidade de sua vida na alegria de viver bem.
09 fevereiro 2019
Vida trinitária
No Movimento, desde os primórdios tínhamos entendido que a fidelidade ao amor mútuo, vivido segundo o modelo de Jesus crucificado e abandonado (eis aí o “como”! 3 ), desembocaria na unidade segundo a vida da Santíssima Trindade. “Sabe até que ponto nos devemos amar? ” — perguntamo-nos um dia, sem que, até então, tivéssemos conhecido o Testamento de Jesus — “Até nos consumarmos em um.” Como Deus, que, sendo Amor, é Trino e Uno. É exatamente “a lei do Céu” — escrevi eu então — “que Jesus trouxe à terra. É a vida da Santíssima Trindade que nós devemos procurar imitar, amando-nos entre nós, com a graça de Deus, como as pessoas da Santíssima Trindade se amam entre si”. E o dinamismo da vida intratrinitária é o mútuo e incondicional dom de si, é a total e eterna comunhão (“Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu” [Jo 17,10]) entre Pai e Filho no Espírito. Portanto, percebemos que Deus imprimira no relacionamento entre os homens uma realidade análoga. “Senti” — escrevíamos ainda — “que fui criada como um dom para quem me estava próximo e quem me estava próximo foi criado por Deus como um dom para mim. Como o Pai na Trindade está todo para o Filho e o Filho está todo para o Pai.” E “a relação entre nós é o Espírito Santo, a mesma relação que existe entre as Pessoas da Trindade”.
1 Do latim: antes de tudo. [N.d.T.]
2 A Autora, aqui, traz à lembrança o começo do Movimento dos Focolares e o nascimento da Espiritualidade da Unidade. [N.d.E.]
3 “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12).
07 fevereiro 2019
Política para o povo
Se a política é suja, deve ser limpa, não deserta
Reflexão política de Igino Giordani relatada por Gennaro Piccolo, referente do centro homônimo de Andria
A política é feita para o povo e não o povo para a política. É um meio, não é um fim. Primeiro a moral, primeiro o homem, primeiro a comunidade, depois o partido, depois as mesas do programa, depois as teorias do governo. A política é - no sentido cristão mais digno - uma jovem, e não deve se tornar amante: não deve ser abusada, nem dominada ou mesmo dogmada. Aqui está sua função e sua dignidade: ser serviço social, caridade em progresso; a primeira forma de caridade da pátria.
A notícia relata o eco do sentimento generalizado de mal-estar para partidos e para a política. Também sabemos algo sobre nós mesmos ouvindo o que eles nos dizem e lendo o que eles escrevem para nós. Parece a muitos que a política é uma atividade inferior e equívoca a ser deixada nas mãos de desonestos e eles não entendem que se a honestidade se afasta da política, seu campo é invadido por desonestos; e a política traz consigo toda a nossa vida, do físico ao moral; e uma política de desonestidade leva à guerra, à ruptura financeira, à ruína da riqueza pública e privada, à negligência, ao desprezo à religião, à adulteração das famílias. Se a política é suja, em suma, deve ser limpa: não deserta.
Agora, o tráfico de carne humana, levando ao tráfego dignidade humana, não há liberdade se cada um de nós não recuperar a consciência do seu valor - seu imenso valor - e é com ele na política, determinada a não ser nem de trânsito, nem absorver, mas trabalhar com sua própria cabeça, com sua própria personalidade, defendendo suas razões morais. Defender estes, então, também defende suas razões profissionais, as mesmas razões fiscais: porque o taxismo nasce onde você não pode mais ver o homem para ajudar, mas o mamífero a ser quebrado.
Ele sabe como permanecer na política, como cidadãos, e não como servos. A partir desta posição a democracia nasce. Essa consciência dos próprios valores pode transformar-se em orgulho, isto é, voltar-se para um estímulo antissocial de exploração e dominação: poderia derrubar. Mas, portanto, entre esses valores, muito primeiro, a caridade tem que ser colocada, que é o sentimento de obrigações que é dado aos irmãos. Sem isso, todo valor é desvalorizado; toda conquista é derrubada e o tempo é desperdiçado.
CENTRO IGINO GIORDANI
Paciência
TENHA firmeza em suas atitudes e persistência em seu ideal. Mas seja paciente, não pretendendo que tudo lhe chegue de imediato. Há tempo para tudo. E tudo o que é seu virá às suas mãos, no momento oportuno. Saiba esperar o momento exato em que receberá os benefícios que pleiteia. Aguarde com paciência que os frutos amadureçam para que possa apreciar devidamente sua doçura.
06 fevereiro 2019
Jamais quebrar
04 fevereiro 2019
Se estamos unidos, Jesus está entre nós
Se estamos unidos, Jesus está entre nós. E isso vale! Vale mais do que qualquer outro tesouro que nosso coração possa ter: mais do que a mãe, o pai, os irmãos, os filhos. Vale mais do que a casa, o trabalho, os bens; mais do que as obras de arte de uma grande cidade como Roma; mais do que os nossos afazeres, mais do que a natureza que nos circunda, com as flores e os campos, o mar e as estrelas; vale mais do que a nossa própria alma. Foi Ele que, inspirando os seus santos com suas verdades eternas, marcou época em cada época. Essa é também a sua hora: não a de um santo, mas Dele, Dele entre nós, Dele vivendo em nós, que edificamos — em unidade de amor — o seu Corpo Místico. Mas, é preciso dilatar o Cristo, fazê-lo crescer em outros membros; tornarmo-nos, como Ele, portadores de fogo, que dissolva todo o humano no divino, que é a caridade em ato. Fazer de todos um e em todos o Um! Vivamos, então, a vida que Ele nos dá momento por momento. É mandamento fundamental a caridade fraterna. Ante omnia… 1 (cf. 1Pd 4,8). Por isso, tem valor tudo o que é expressão de sincero e fraterno amor. Nada do que fazemos tem valor, se nisso não há sentimento de amor pelos irmãos; pois Deus é Pai e tem no coração, sempre e unicamente, os filhos.
Tão-somente nos amarmos
Vivamos em profundidade o amor mútuo, aperfei-çoando-o a cada dia, de modo a criar um clima tal que possamos declarar esse amor sempre, em cada instante. Mas seria ótimo que o vivêssemos de uma maneira especial: como se não tivéssemos nada mais a fazer. Pois o restante vem por si: o amor ilumina e ilumina bem cada outra incumbência nossa. Portanto, não pensar em outra coisa. Pensar tão-somente em nos amarmos uns aos outros. Tentemos viver assim o dia inteiro. É uma experiência que deve ser feita. À noite, sentir-nos-emos transformados. Talvez cansados, mas com um novo entusiasmo pela maravilhosa vida divina que Deus nos deu. E um ardor no coração que abrasará, literalmente.
03 fevereiro 2019
Existe amor e amor
Procurando amar a Deus e aos irmãos, compreendi que nós cristãos somos realmente o que devemos ser se amamos, ou seja, se não pensamos em nós mesmos, mas em Deus, em sua vontade, que é principalmente esta: que amemos o próximo.
Deus nos pede isto: para sermos, para sermos de fato o que devemos ser, para nos “realizarmos” como cristãos, devemos “não ser”, devemos viver fora de nós, viver, por modo de dizer, “extáticos”. Viver não a nossa vontade, mas a de Deus. Viver o irmão. Então, somos realmente o que devemos ser.
Eu também procurei viver desse modo, procurei amar. Mas percebi que existe amor e amor.
Percebi que ter certa compreensão dos outros, interessar-se um pouco por seus sofrimentos, procurar carregar, de algum modo, seus problemas, enfim, amar mais ou menos, não basta para ser como Jesus quer. Deus pede um amor, atos de amor que, ao menos na intenção e na determinação, tenham a medida do seu amor: “Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros” (Jo 13,34).
Portanto, é necessário estarmos sempre prontos a morrer pelo irmão. E tudo o que fizermos, momento por momento, para demonstrar-lhe concretamente nosso amor, deve ser animado, sustentado, por essa vontade, por essa determinação.
Só um amor assim agrada a Jesus. Não um amor qualquer, não um verniz de amor, mas um amor tão grande a ponto de pôr nossa vida em jogo.
Amando dessa maneira, vivemos completamente “fora de nós”, abdicamos inteiramente de nós mesmos. E se somos mais de um agindo assim, podemos esperar abdicar em favor do Ressuscitado, que poderá viver entre nós. De fato, Ele não se faz presente de modo total onde existe apenas um pouco de amor, mas onde estamos unidos em seu nome, ou seja, unidos Nele, de acordo com sua vontade, que é amar como Ele amou.
02 fevereiro 2019
Martírio branco
O amor mútuo, como Jesus o pede, implica um verdadeiro martírio. De fato, Ele pede que nos amemos a ponto de estarmos prontos a morrer um pelo outro. Isso é martírio, um martírio branco, se assim preferirmos, mas verdadeiro, porque pede a vida. É um martírio diário, ou melhor, um martírio de momento por momento. Talvez, apesar de toda a nossa boa vontade, não o tenhamos vivido exatamente assim. Mas somente desse modo somos verdadeiros cristãos, alcançamos a perfeição, justamente como os mártires. E, com ela, alcançamos a união com Deus, a presença plena de Cristo em nós.
01 fevereiro 2019
As exigências Dele
Nem sempre se exige de nós dar a vida pelos outros a ponto de imolá-la totalmente, como fez Jesus. Mas, para amar realmente o próximo, temos de viver bem todas as pequenas ou grandes “mortes” que a mútua caridade exige: esquecermo-nos de nós mesmos, desapegarmo-nos das coisas, dos nossos pensamentos, dos nossos interesses, para estarmos inteiramente projetados nos outros — “fazer-se um” com quem sofre e, com isso, a dor do outro diminui, ou “fazer-se um” com quem se alegra, e a alegria se multiplica. Isso é verdadeiramente morrer. “Viver para os outros”, “viver os outros”, acarreta a abdicação de si mesmo, a morte espiritual de si. Quando, então, começamos a amar os outros assim e, dessa forma, somos, por nossa vez, também amados, experimentamos passar de um plano da vida do espírito para um plano superior; notamos um salto na vida interior. Conhecemos, de maneira nova, os dons do Espírito: uma alegria jamais sentida, uma paz, uma benevolência, uma magnanimidade… Adquirimos uma nova luz, que ajuda a ver cada acontecimento em Deus. E ainda, o amor mútuo testemunha Cristo ao mundo. Foi Jesus quem disse: “Nisso reconhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros” (Jo 13,35). Como sabemos, é o início da revolução cristã, aquela revolução que os primeiros cristãos irradiaram em todo o mundo então conhecido, motivo que fez Tertuliano dizer: “Nascemos ontem e invadimos o mundo”